segunda-feira, 26 de maio de 2025

CBF tem novo presidente

Rodolfo Juarez

No domingo, dia 25 de maio de 2025, 26 das 27 federações estaduais de futebol, 10 dos 20 clubes da série A e 10 dos 20 clubes da série B, através dos seus respectivos presidentes, compareceram e votaram definindo a eleição do novo presidente da Confederação Brasileiro de Futebol (CBF).

O colégio total de votantes da CBF é de 27 federações estaduais, com o voto de cada uma valendo 3 (três); 20 clubes da série A, com o voto de cada um valendo 2 (dois) e 20 clubes da série B, cada voto valendo 1 (um).

Samir Xaud foi eleito presidente da CBF por 46 eleitores, sendo 26 federações e 20 clubes, 10 da Série A e 10 da série B.

O total do corpo eleitoral da CBF é de 67 membros, os quais há dois meses, aclamaram Ednaldo Rodrigues por unanimidade.

 

Entre as federações, só a Federação Paulista, que tem como presidente Reinaldo Carneiro Bastos não votou. Com isso se esperava uma votação 108 votos de um total para pleno colégio de 141 votos, o que equivale a 76,59%. de  78 votos das 26 federações + 20 votos dos 10 clubes da série A presente  e + 10 votos, dos 10 clubes da série B presentes.

Se pode afirmar, assim, que a eleição de Samir Xaud para presidente da CBF foi marcada pelo esvaziamento dos clubes de elite. Em troca, houve presença de familiares dos novos cartolas da CBF, lotando o plenário onde se realizou a votação.

Os clubes da Série A que vieram e votaram na eleição de domingo: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, Santos, Vasco e Vitória. Os clubes da Série B que apareceram e votaram na eleição: Amazonas, Athletic, Avaí, CRB, Criciúma, Operário, Paysandu, Remo, Vila Nova, Volta Redonda.

A CBF atravessa um histórico recente de problemas institucionais. Nos últimos anos, ex-presidentes como Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo se afastaram ou foram banidos do futebol por denúncias de corrupção ou assédio, o que fragilizou a credibilidade da entidade.

O histórico dos últimos presidentes da CBF recomenda pelo menos mudanças profundas nos procedimentos e na forma de gestão, senão vejamos:

Ednaldo Rodrigues foi o 5º presidente da CBF a ser removido do cargo nos últimos 7 mandatos. Apenas Coronel Nunes, que ocupou a presidência interinamente entre 2017-2019 e em 2021, não foi afastado.

Ricardo Teixeira comandou a CBF de 1989 a 2012, renunciou alegando problemas de saúde e depois foi banido pela Fifa por receber cerca de US$ 8 milhões em propinas. José Maria Marin assumiu em 2012, mas foi preso na Suíça em 2015 no escândalo “Fifagate” e condenado nos EUA em 2017.

Marco Polo Del Nero presidiu a entidade entre 2015 e 2017, foi banido pela Fifa por corrupção e afastado preventivamente. Rogério Caboclo liderou de 2019 a 2021, mas foi afastado após denúncias de assédio, as quais ele negou.

Embora sem interferir diretamente no pleito, Fifa e Conmebol acompanharam de perto o processo, especialmente diante do risco de intervenção judicial ou de conflitos entre clubes e a Confederação, como já aconteceu em outras federações nacionais pelo continente.

O presidente da CBF, logo no dia seguinte à eleição, acompanhou  a primeira convocação da Seleção Brasileira por Carlo Ancelotti, o novo técnico.

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