quinta-feira, 22 de maio de 2025

Como torcida desorganizada aplaudindo derrotas, defeitos e erros

Rodolfo Juarez

A polarização direita-esquerda que está alimentando a política, a gestão, a administração e as decisões públicas, socialmente instalada no Brasil há algum tempo, vem prejudicando o desempenho das autoridades em suas funções públicas e o resultado prática alcançado pelas administrações públicas em todos os níveis, levando a população ao enfrentamento desvantajoso dos preços das mercadorias e dos serviços, muito devido a uma taxa de juros incomum e uma inflação que, sem controle prático, assusta a todos, mas, principalmente aqueles que têm menos condições financeiras.

Essa situação deságua no que pode ser chamado de polarização ideológica que, quando se refere ao aumento da distância entre diferentes grupos de indivíduos, especialmente no contexto político e social, com base em crenças e opiniões divergentes. 

Isso significa que as pessoas tendem a se afastar de opiniões mais moderadas e a se aproximar de extremos opostos, criando grupos com posições ideológicas cada vez mais distantes. 

A polarização ocorre quando a divergência de opiniões e crenças entre diferentes grupos políticos e sociais aumenta significativamente. Ao aumento concomitante da polarização há o aumento da distância, nascendo uma tendência para que o centro político onde, teoricamente, estariam as posições moderadas, seja menos representado.

Na polarização há uma tendência dos grupos de indivíduos se afastarem de opiniões intermediárias e se aproximar de posições ideológicas extremas, que sempre têm consequências significativas, como a dificuldade de encontrar pontos em comum para a resolução de problemas, o aumento de conflitos e a erosão da confiança nas instituições. 

Em resumo, a polarização ideológica é um fenômeno social que se manifesta quando as diferenças de opinião e crença entre grupos e indivíduos aumentam, levando a uma maior distância entre as posições ideológicas e a uma possível dificuldade de diálogo e consenso.

A importância do diálogo e o consenso em qualquer plano de gerência ou gestão é indiscutível, então, sem o diálogo e sem o consenso, nada feito, não se avança, por mais objetiva que seja uma proposta de desenvolvimento. Não há acordo, não há avanço e objetivo final não é alcançado.

Apesar do emaranhado de leis, o Brasil patina, muito devido a posição em que os grupos decisórios se colocam e, mais ainda, por esses grupos estarem se engalfinhando na busca de uma verdade que ninguém tem.

A população, que fica apenas na posição de expectadora, vira torcida desorganizada, aplaudindo as derrotas, os defeitos e os erros, procurando com isso punir aqueles que deixaram, de lado, a autoridade que lhe foi outorgada para, nas filigranas da Administração, da Constituição e das Leis, criar mais dificuldades, mais obstáculo, em nome de um procedimento que não serve para ninguém, até para o atolado ideológico pouco serve.   

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