Rodolfo Juarez
A
polarização direita-esquerda que está alimentando a política, a gestão, a
administração e as decisões públicas, socialmente instalada no Brasil há algum
tempo, vem prejudicando o desempenho das autoridades em suas funções públicas e
o resultado prática alcançado pelas administrações públicas em todos os níveis,
levando a população ao enfrentamento desvantajoso dos preços das mercadorias e
dos serviços, muito devido a uma taxa de juros incomum e uma inflação que, sem
controle prático, assusta a todos, mas, principalmente aqueles que têm menos
condições financeiras.
Essa
situação deságua no que pode ser chamado de polarização ideológica que, quando
se refere ao aumento da distância
entre diferentes grupos de indivíduos, especialmente no contexto político e
social, com base em crenças e opiniões divergentes.
Isso significa que as
pessoas tendem a se afastar de opiniões mais moderadas e a se aproximar de
extremos opostos, criando grupos com posições ideológicas cada vez mais
distantes.
A polarização ocorre quando a
divergência de opiniões e crenças entre diferentes grupos políticos e sociais
aumenta significativamente. Ao aumento concomitante da polarização há o aumento
da distância, nascendo uma tendência para que o centro político onde,
teoricamente, estariam as posições moderadas, seja menos representado.
Na polarização há uma tendência
dos grupos de indivíduos se afastarem de opiniões intermediárias e se aproximar
de posições ideológicas extremas, que sempre têm consequências significativas,
como a dificuldade de encontrar pontos em comum para a resolução de problemas,
o aumento de conflitos e a erosão da confiança nas instituições.
Em resumo, a polarização ideológica é um fenômeno
social que se manifesta quando as diferenças de opinião e crença entre grupos e
indivíduos aumentam, levando a uma maior distância entre as posições
ideológicas e a uma possível dificuldade de diálogo e consenso.
A importância do diálogo e o consenso em qualquer
plano de gerência ou gestão é indiscutível, então, sem o diálogo e sem o
consenso, nada feito, não se avança, por mais objetiva que seja uma proposta de
desenvolvimento. Não há acordo, não há avanço e objetivo final não é alcançado.
Apesar do emaranhado de leis, o Brasil patina,
muito devido a posição em que os grupos decisórios se colocam e, mais ainda,
por esses grupos estarem se engalfinhando na busca de uma verdade que ninguém
tem.
A população, que fica apenas na posição de
expectadora, vira torcida desorganizada, aplaudindo as derrotas, os defeitos e
os erros, procurando com isso punir aqueles que deixaram, de lado, a autoridade
que lhe foi outorgada para, nas filigranas da Administração, da Constituição e
das Leis, criar mais dificuldades, mais obstáculo, em nome de um procedimento
que não serve para ninguém, até para o atolado ideológico pouco serve.
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