terça-feira, 5 de abril de 2011

SAÚDE NA VERSÃO DO SECRETÁRIO

Rodolfo Juarez

No final de semana tive oportunidade de participar de entrevista com o secretário de Estado da Saúde, Evandro Gama, que falou de gestão, de administração e de execução dos programas do Estado, inclusive deixando claro que já elegeu o principal problema de sua gestão – o sucateamento físico que encontrou na Secretaria.

Como responsável pelo comando do sistema estadual, deixou claro que compreende que precisa ser o comandante das ações estaduais que o setor precisa empreender e falou, também, das dificuldades que vem encontrando para começar, sendo que as iniciativas até agora tomadas são, todas elas, levadas pela emergência de cada ocorrência.

Foi assim no caso do sequestro do bebê na maternidade, no caso da contratação, não pelo menor preço, de fornecedores e prestadores de serviço para a Secretaria de Saúde, como está sendo na ação para o combate do avanço da dengue em Macapá e Santana, os dois centros urbanos mais habitados do Estado.

Fez questão de destacar que durante a sua gestão não se vê obrigado a continuar com o sistema que foi adotado até dezembro de 2010 e que está disposto a mudar os contratados, nem que seja para trazer empresas de fora do Estado.

Com relação às empresas locais de prestação de serviço e fornecedora de material, principalmente medicamentos e equivalentes, não vai aceitar aquelas que não têm o certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, eliminando essas empresas na primeira parte dos certames licitatórios.

Com relação à administração, mostrou-se consciente de que ainda precisa de melhora adaptação ao sistema e que precisa contar com pessoas que tenham os mesmos princípios que os seus quando olha a administração da saúde no Estado do Amapá, uma questão que é grave em todo o país, com falta de leitos, falta de médicos e prédios para atendimento.

A execução dos programas de saúde própria do Estado e aqueles que têm participação do Estado garante que ainda precisa melhorar muito e que os planos, apesar de repetidos todos os anos, precisam ser atualizados para poder melhorar a sua eficácia.

O desafio de enfrentar a dengue, a febre tifóide, a malária, a catapora e tantas outras moléstias que desafiam o setor de saúde no Estado do Amapá deve contar com o apoio dos prefeitos, dos vereadores e das comunidades que moram nas diversas partes do Estado.

Obras inacabadas, manutenção inadequada dos prédios e falta de equipamentos de ponta (e até de macas), entraram na lista de prioridade da Secretaria da Saúde. Esse, pelo menos, é o anúncio do secretário Evandro Gama.

Com relação ao boato que correu os quatro cantos do Estado falando da exoneração de Evandro Gama do cargo de Secretário de Estado da Saúde, ele mesmo garantiu que a origem poderia estar relacionado aos recentes enfrentamento que teve com alguns empresários, contumaz fornecedor de serviço e material para a secretaria, que poderiam estar descontentes com as decisões que tomou logo que assumiu o cargo de secretário de saúde.

A Secretaria de Estado da Saúde tem se revelado uma das mais complexas secretarias de estado e palco de diversos escândalos que abalaram diversas gestões que passaram por ali nos últimos anos.

O Orçamento Anual do Estado do Amapá não destina mais do que os 12% obrigatórios para o setor e, com as dificuldades do SUS para o Amapá, os resultados não têm sido os melhores.

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