sexta-feira, 5 de agosto de 2011

OUTROS TEMPOS?

Rodolfo Juarez
Agora, segundo nota que foi publica no site oficial do Governo do Estado (www4.ap.gov.br), o governador Camilo “completou, nesta terça-feira, 2 de agosto, sua equipe de secretários efetivos com a posse de seis novos gestores, dadas pelo governador Camilo Capiberibe, que empossou ainda o diretor da Companhia de Gás do Amapá (Gasap).”
Sinceramente!?
Eu pensava que os secretários que saíram faziam parte efetiva do governo, completando-o. Tanto que todos os resultados foram avaliados pela imprensa e pela população, tendo como base que as tomadas de decisão daqueles secretários, tinham a força e o apoio de toda a equipe de governo.
Mas apenas agora, passados sete meses, o governo declara que a equipe está completa.
Ainda bem!
Agora não vai ter mais argumentação com relação ao grau de comprometimento e muito menos, de interinidade de um auxiliar.
Os tempos parecem ser outros.
E é bom que sejam. Não dá mais para esperar, pois, se assim for, o ano termina e tudo vai começar, outra vez, pelo processo de tentativa, onde o erro e o acerto é a principal referência para a medida da efetividade governamental.
Pelo menos três, dos seis auxiliares efetivados e que completaram a equipe, são de relação muito próxima com a população: o secretário de Educação, o secretário de Saúde e a secretária da Receita Estadual.
Esses três importantes órgãos tiveram muitos e diferentes problemas e todos os três secretários foram substituídos.
Na educação, uma greve que começou em maio e só terminou na última semana do mês de junho, contribuiu com o escândalo da fita de vídeo, com direito a queixa-crime na Polícia Federal, para o afastamento da secretária Mirian Correa.
Na saúde os entraves que impediam a melhora no atendimento à população e as dificuldades alegadas pelo secretário Evandro Gama em uma carta-lamento, acusava políticos, empresários e a imprensa, pelo falta de condições para que os resultados esperados aparecessem.
E na Receita Estadual, alegando condições de saúde, o secretário Claudio Pinho, saiu de mansinho, deixando no primeiro semestre uma queda na arrecadação do ICMS superior a 6%, complicando os orçamentos dos municípios do Estado.
Não foi, realmente, o resultado que o governo esperava para os primeiros seis do ano de 2011. Mesmo assim, esperou todo o mês de férias (julho) com a paciência de Jó.
Mas agora são outros tempos, estão estes três Secretarias de Estado com novos comandos e com novas propostas, apesar de contar com menos “bala na agulha”. Mesmo para os que dizem que é só uma, há a certeza que ainda há reserva acumulada para gastar no momento certo.
O fato é que tudo começa outra vez. Mesmo depois de ficar para traz mais de um bilhão e meio de Reais em gastos. Muito para o resultado que foi obtido.
Mesmo assim a confiança está renovada e todos estão torcendo (é o que resta fazer) para que os problemas com os contratos dos vigilantes, com o atendimento dos pacientes e com a queda da arrecadação do ICMS sejam resolvidos e que tudo volte, pelo menos ao tempo antes da “mudança” que, até agora, ainda não deu certo.
Ah! Ainda não falei do caso da Companhia de Gás do Amapá.
Bem, este assunto fica para outra oportunidade.

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