domingo, 7 de agosto de 2011

PROCURA-SE UM LÍDER

Rodolfo Juarez
Já faz algum tempo que o Estado do Amapá se recente de um líder. E poderíamos ter alguns, desde que se sentissem preparados para desenvolver as atitudes próprias de um líder.
Aqueles que poderiam assumir o bastão, por um motivo ou outro, preferiram desenvolver esse potencial a favor de outros lugares e a serviço de outro ente da República, deixando o Estado do Amapá sem a referência que pudesse fazer valer os seus verdadeiros interesses.
A principal característica que distingue os líderes é seu discurso.
Facilidade para falar, para interagir com seus liderados, exige conteúdo, geralmente capaz de interpretar fatos e comover quem os ouvem.
Quem determina o tempo do pronunciamento é o assunto e não o desejo de falar simplesmente. É preciso que se comunique ou tudo não passa de um falatório sem objetivo e enfadonho.
Um dos parâmetros importantes para se aferir o teor de uma liderança é a quantidade de vezes que é citado nos discursos dos outros. Sua fala determina regra geral o pensamento que irá dominar. A partir desta constatação, obviamente, os demais oradores se fixarão nos pontos de maior relevância citados.
O líder deve falar sempre para a mente e o coração de seus liderados, seja qual for a posição funcional deles no mesmo Estado ou no mesmo Município. A emoção que deve transmitir serve de força para impulsionar positivamente as atitudes de todos.
Alguns cuidados devem ser observados. E o maior deles gravita entre o empolgante e o ridículo, fronteira que não é muito fácil de ser identificada. Para tanto, algumas regras são mandatárias.
As pessoas capazes de ter uma melhor comunicação não nascem feitas, são frutos da persistência. As manifestações servem para expor seus pontos de vista. O líder nunca deixa faltar a integridade, a clareza e a honestidade, condições essenciais para convencer.
Humildade é a senha!
De outra parte o caminho mais curto para o fracasso é a arrogância. O arrogante já começa perdendo, avaliado com má vontade, prepotente e chato. Perde a admiração dos que o ouvem e dificilmente se sairá bem.
O líder não deixar que se confunda respeito com popularidade. Mostra desde o início uma interação de respeito mútuo, onde não procura ser o dono da verdade.
Ao falar o líder demonstra o seu caráter. Uma regra interessante é ajustar o que está dizendo com sua prática habitual. O desajuste percebido tira muito do brilho.
O líder não economiza bom senso.
Por isso o líder faz muita falta para um povo que sempre precisou ser guiado, principalmente quando não conhece o caminho, quando tem dificuldade para confiar e quando sabe que precisa encontrar um novo rumo para satisfazer as suas necessidades.
As eleições mostram-se como boas oportunidades para que um líder seja revelado, mas não são apenas através de eleições que eles são revelados. Outras oportunidades e as mais diversas, também são propicias para esse reconhecimento.
É possível até que entre as autoridades públicas existam o líder que o Estado precisa, entretanto a atitude acanhada que provavelmente comanda o seu comportamento está inibindo ou impedindo que faça prevalecer a presença do líder.
A falta de um líder faz com que todos se lancem na procura dele. Uma busca as vezes silenciosa mas cuidadosa pois todos sabem que é importante encontrá-lo.

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