sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A reserva

A RESERVA
Rodolfo Juarez
Basta alguém demonstrar que está disposto a fazer alguma coisa pela cidade de Macapá que cai nas graças da população.
Não se trata de nada administrativo ou muito menos político e ainda, bem menos de tendência partidária. Trata-se, em verdade, do amor que a população daqui tem por Macapá.
Não fossem os desleixados administradores e, também, a vontade que têm em transformar tudo o que fazem pela cidade em voto, certamente que Macapá estaria bem melhor tanto de aspecto como de estrutura.
O período de abandono da cidade prolongou-se por muito mais tempo do que poderia suportar e, agora, por pequenas que sejam as intervenções, elas aparecem como uma promissora novidade, um motivo para festas, voltar aos pátios das residências ou as janelas das casas.
Isso é pura expectativa e muito mais do que uma simples intervenção de melhoria em um ambiente que está maltratado e em descompasso com as esperanças de todos aqueles que acostumaram com os cantos e as proclamações das belezas macapaenses.
Todos concordam que já chega de ver os visitantes reclamando da forma como Macapá está sendo tratada. Apesar de não nos caber a imputação à população, tudo vem na direção da cidade, inclusive as mazelas que resultam das administrações mal feitas ou dos entendimentos distorcidos, tudo contribuiu para o resultado.
Percebe-se que ninguém mais fala na falta do esgoto, da iluminação pública, dos passeios, das calçadas, das praças, até da água tratada. Tudo isso está encoberto pelo manto das ruas maltratadas, do meio fio desalinhado e desnivelado, sem qualquer linha d’água e sem a coleta de águas pluviais.
É um estágio que precisa ser superado urgentemente!
Alegar que não há dinheiro para realizar as obras de recuperação, reconstrução e construção de vias é “chover no molhado” muito embora, todos os anos os gordos orçamentos públicos sejam aprovados, mesmo com as reclamações de que não há dinheiro para tudo o que precisa ser feito.
Está claro que não dinheiro para tudo ser feito, ou mesmo calculado para ser feito de uma vez só.
Ora, ninguém precisa ter a pretensão de fazer dessa forma, de uma vez só, pois se assim fosse faltariam mão de obra e material para realizar tudo o que precisa ser realizado nas ruas e avenidas, desde o asfalto para a massa, até a tinta para a sinalização.
Note-se, por exemplo, que a Rua Mato Grosso, alternativa para quem vem da zona norte para o centro da cidade, precisa ser recuperada. No momento é uma das mais importantes vias da cidade e em pior condição de utilização para o tráfego de veículos e mobilidade pelas calçadas. É, portanto, aquela que precisaria receber as obras e a alegação de que será feita pela prefeitura com dinheiro de emenda parlamentar está contrariando os usuários da via, pois, a mesma história se repete, depois de quatro anos.
Ainda com as ruas dos bairros mais afastados e em situação muito pior do que as do centro, os moradores estão usando as suas reservas de paciência para esperar pelas obras.

Não sabem, entretanto, até quando e onde a reserva pode ir! 

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