sábado, 17 de agosto de 2013

Intervenção no Sesi e no Senai do Amapá

Rodolfo Juarez
O Conselho de Representantes da Federação das Indústrias do Estado do Amapá não tem conseguido encontrar um caminho para conduzir a instituição e os órgãos que lhes são diretamente vinculados – Sesi e Senai -, em paz gerencial e em obediência às regras que orientam as administrações desses órgãos.
A Fieap é uma organização sindical de grau superior, formada pelos sindicatos patronais das categorias econômicas da indústria e comunicação, dirigida por presidente eleito por conselheiros, que formam o conselho de representantes, indicados pelos sindicatos filiados e que assume a responsabilidade de orientar a gestão do Departamento Regional do Sesi e do Departamento Regional do Senai, além das atividades do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Recentemente a Federação entrou em uma disputa de grupos, com forte vertente da política partidária, que provocou contendas judiciais e até físicas, para saber quem dirigiria a Federação e, em consequência os departamento s regionais do Sesi e do Senai.
As notícias incompletas ou distorcidas acabaram não dando oportunidade para que houvesse divulgação do que acontecia na Federação, mesmo para o consumo interno, pois, externamente era travada uma briga sem quartel em flagrante prejuízo para a instituição e os sindicatos filiados.
O resultado veio a galope.
Por decisão dos conselhos nacionais do Sesi e do Senai, houve intervenção administrativa, gerencial e financeira nos regionais respectivos pelo prazo de 120 dias, prorrogáveis, o que significa que os dois órgãos não deixarão de cumprir o papel que lhes cabe como instituição, mas, diretamente supervisionado pelos respectivos departamentos nacionais.
Um grupo de 21 pessoas, todas dos departamentos nacionais respectivos, assumiu a gestão dos dois departamentos regionais e afastou toda e qualquer ingerência administrativa da atual gestão da Federação.
A Federação, ao contrário do que chegou a ser anunciado, não está sob intervenção, pois é uma organização sindical com vida e gestão próprias, o que está sob a gestão dos departamentos nacionais é a administração das duas casas, inclusive com um único interventor que responde pelo comando do Sesi e do Senai.
Uma situação anômala que anuncia reparos para as duas administrações, mas que, certamente, não atende os interesses da indústria local, uma vez que, sendo a intervenção uma situação sustentada por anormalidades, carrega vícios técnicos insuperáveis, muito embora sejam especialistas em gestão da administração para os dois departamentos.
A lição principal do episódio fica para os próprios empresários do setor industrial e de comunicação, pois agora contam com uma equipe absolutamente estranha e que terá a dificuldade natural para relacionar-se de acordo com as necessidades da indústria local, além do que, fica a diferença da desconfiança ou mesmo, da certeza da falta de relação.
Por mais esforçados e compreensíveis que sejam aqueles que exercem a intervenção nas duas casas, terão dificuldades para ajustar o conhecimento às urgentes necessidades das empresas que, em tese, seriam as principais usuárias tanto do Sesi como do Senai.

Nenhuma intervenção é agradável para as gerencias, nem para as que são afastadas, pois se sentem prejudicadas e, muito menos, para aqueles que assumem o rótulo de interventores, pois, sentem-se invasores dos interesses.

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