sábado, 3 de agosto de 2013

Bonita por natureza

BONITA POR NATUREZA
Rodolfo Juarez
As autoridades precisam tomar cuidado da dama. E a dama é uma cidade – a Cidade de Macapá.
Ruas largas, traçado favorável, canais naturais de drenagem, ventilação frontal, banhada pelo maior rio do mundo, tudo para ser uma das cidades com melhor qualidade de vida do Brasil ou do Mundo.
Doutra parte um povo paciente, confiante no futuro, respeitador dos seus dirigentes, com espírito democrático e com vontade imensa de contribuir, provas de que quer ver Macapá como uma cidade em cuidada para que possa oferecer aos seus habitantes a oportunidade do prazer de viver.
Dito assim parece até fácil ou se tem a impressão de que não se faz porque não se quer.
Nada disso. A pregação de todos os gestores que já passaram pela Prefeitura de Macapá é de amor incondicional à cidade e declarações de confiança na população.
E o que é que não tem dado certo?
O que é que tem faltado para os gestores demonstrarem que o que desejam é o que realmente querem fazer?
O que está se passado?
A impressão que se tem é que somos um barco ancorado e quase abandonado, sujeito às intempéries agressoras que assim se comportam por uma espécie de descaso que, há mais de uma década tomou conta de Macapá.
Por isso os moradores da cidade reclamam!
Sabem eles que basta um pouco de atenção com as pessoas, um pouco de cuidado com os orçamentos, e um pouco de confiança dos outros gestores para que essa cidade levante os ferros e siga o seu caminho pelas belezas da vida, levando um povo feliz.
Convive-se com uma espécie de constrangimento para falar da cidade. Em todos os lugares se percebe que com pouco esforço poderia estar melhor.
Quando não são as obras inacabadas, são as ruas e avenidas em precárias condições, o sistema de transporte confuso e a acessibilidade prejudicada por antigas propostas que permanecem intocáveis, apesar das promessas dos agentes públicos e do desejo da população.
O importante é que todos acreditam que situação ainda pode ser controlada com o esforço da própria administração municipal. Ninguém ainda está na zona do desespero, muito embora nem todos concordem com isso. Muitos acham até que a linha demarcatória entre o desespero e a satisfação já foi ultrapassada há muito tempo.
Macapá é bonita por natureza, toma banho todos os dias com as águas do rio Amazonas e se enxuga com a brisa forte que invade desde onde começou a cidade até aos lugares recentemente ocupados, mostrando que, além de tudo, Macapá é uma cidade viva e predisposta ao desenvolvimento.
Nem o passar do tempo e as dificuldades que os administradores têm tido para compreender a importância de Macapá para sua população tem evita que a esperança permaneça no coração de todos, como se algo repetisse, permanentemente, que tudo é uma questão de tempo, uma questão de paciência.
Estamos outra vez, com a janela de agosto aberta para que os trabalhadores entrem, mudem a cara da cidade, restabeleçam o orgulho dos seus moradores e devolva o prazer que faz a gente bater no peito e gritar: eu amo viver aqui!

O pedido, ou rogo e a suplicação é da população procurando mostrar para todos que, independente de qualquer argumento, quer ver Macapá tratada com zelo, pode ser até pobre, mas limpa, cheirosa e, se puder, perfumada.

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