BONITA POR NATUREZA
Rodolfo Juarez
As autoridades precisam tomar cuidado da
dama. E a dama é uma cidade – a Cidade de Macapá.
Ruas largas, traçado favorável, canais
naturais de drenagem, ventilação frontal, banhada pelo maior rio do mundo, tudo
para ser uma das cidades com melhor qualidade de vida do Brasil ou do Mundo.
Doutra parte um povo paciente, confiante no
futuro, respeitador dos seus dirigentes, com espírito democrático e com vontade
imensa de contribuir, provas de que quer ver Macapá como uma cidade em cuidada
para que possa oferecer aos seus habitantes a oportunidade do prazer de viver.
Dito assim parece até fácil ou se tem a
impressão de que não se faz porque não se quer.
Nada disso. A pregação de todos os gestores
que já passaram pela Prefeitura de Macapá é de amor incondicional à cidade e
declarações de confiança na população.
E o que é que não tem dado certo?
O que é que tem faltado para os gestores
demonstrarem que o que desejam é o que realmente querem fazer?
O que está se passado?
A impressão que se tem é que somos um barco
ancorado e quase abandonado, sujeito às intempéries agressoras que assim se
comportam por uma espécie de descaso que, há mais de uma década tomou conta de
Macapá.
Por isso os moradores da cidade reclamam!
Sabem eles que basta um pouco de atenção
com as pessoas, um pouco de cuidado com os orçamentos, e um pouco de confiança
dos outros gestores para que essa cidade levante os ferros e siga o seu caminho
pelas belezas da vida, levando um povo feliz.
Convive-se com uma espécie de
constrangimento para falar da cidade. Em todos os lugares se percebe que com
pouco esforço poderia estar melhor.
Quando não são as obras inacabadas, são as
ruas e avenidas em precárias condições, o sistema de transporte confuso e a
acessibilidade prejudicada por antigas propostas que permanecem intocáveis,
apesar das promessas dos agentes públicos e do desejo da população.
O importante é que todos acreditam que
situação ainda pode ser controlada com o esforço da própria administração
municipal. Ninguém ainda está na zona do desespero, muito embora nem todos
concordem com isso. Muitos acham até que a linha demarcatória entre o desespero
e a satisfação já foi ultrapassada há muito tempo.
Macapá é bonita por natureza, toma banho
todos os dias com as águas do rio Amazonas e se enxuga com a brisa forte que
invade desde onde começou a cidade até aos lugares recentemente ocupados,
mostrando que, além de tudo, Macapá é uma cidade viva e predisposta ao
desenvolvimento.
Nem o passar do tempo e as dificuldades que
os administradores têm tido para compreender a importância de Macapá para sua
população tem evita que a esperança permaneça no coração de todos, como se algo
repetisse, permanentemente, que tudo é uma questão de tempo, uma questão de
paciência.
Estamos outra vez, com a janela de agosto
aberta para que os trabalhadores entrem, mudem a cara da cidade, restabeleçam o
orgulho dos seus moradores e devolva o prazer que faz a gente bater no peito e
gritar: eu amo viver aqui!
O pedido, ou rogo e a suplicação é da
população procurando mostrar para todos que, independente de qualquer
argumento, quer ver Macapá tratada com zelo, pode ser até pobre, mas limpa,
cheirosa e, se puder, perfumada.
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