quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A eleição de domingo dia 30.10.2016

Rodolfo Juarez
O eleitor macapaense está prestes a demonstrar como quer que o município de Macapá, e principalmente a cidade de Macapá seja administrada.
A escolha do prefeito é um momento de rara responsabilidade da coletividade, que através dos seus eleitores, vai às urnas, para votar, depois de ter analisado tudo o que foi dito no rádio, na televisão, nas caminhadas, nas reuniões pelos aliados daqueles que pretendem exercer o comando do orçamento de quase um bilhão de reais já em 2017.
Os mais de 277 mil eleitores que votam na 2.ª e na 10.ª zonas eleitorais e que têm a responsabilidade de escolher, em segundo turno, o prefeito de Macapá, não podem deixar de interpretar tudo o que foi, e o que não foi, dito na campanha eleitoral que preparava o eleitor para esta votação.
Desde novembro de 1985 quando o eleitor de Macapá foi às urnas para escolher o prefeito e elegeu Raimundo Azevedo Costa para o mandato tampão de 3 anos, que há uma busca por um administrador que tenha habilidade e competência para ser exatamente isso: administrador.
Às vezes até que o eleitor consegue aproximar a Administração daqueles que escolheu para exercê-la. Mas, na maioria das vezes a escolha tem sido feita por candidatos que não sabem qual o verdadeiro papel de um administrador municipal, confundindo tudo e, principalmente, querendo o cargo de prefeito como degrau para se eleger para um cargo cujo exercício é em Brasília ou uma espécie deteste para ser candidato ao cargo de governador do Estado.
A estratégia, para alguns, deu até certo. Já teve quem saísse da prefeitura de Macapá para ser Governador do Estado. Quem saísse da prefeitura para ser deputado federal ou mesmo senador. Nenhum deles, desde 1985 até agora, deixou de usar a prefeitura para ser um laboratório político, onde partidos pequenos ficam grandes à custa do prestígio que o eleitor possibilitou para o prefeito.
Desde quando foi permitida a reeleição que todos, todos mesmo, se candidataram à renovação do mandato. Veja o caso João Henrique (que conseguiu), o caso Roberto Góes (que não conseguiu) e agora Clécio Luiz que vai “tirar a prova”.
É claro que cada eleição municipal tem a sua história e essa, de 2016 terá a sua.
O segundo turno está sendo aplicado desde quando o município de Macapá passou a contar com um número de eleitor apto a votar superior a 200 mil. Nessa realidade o candidato mais votado, para ser prefeito, precisa de 50% dos votos válidos mais um voto. Assim não haverá segundo turno de votação.
Desde quando passou a fazer parte da regra o segundo turno para municípios com mais de 200 mil habitantes, ou seja, desde quando João Henrique era prefeito, que nenhum candidato tem obtido a maioria simples dos votos válidos. Isso mostra a dificuldade que o eleitor encontra para escolher um líder.
A histórica virada havida em 2012, quando o segundo colocado superou o primeiro colocado em um resultado pouco provável, que realmente se tem duas eleições, como agora em 2016, pois, a diferença entre os candidatos que foram classificados em 1.º e 2.º lugares, foi significativa e mesmo assim, não apaga a esperança de uma virada no segundo turno.
A eleição muda as prioridades da administração municipal, principalmente quando um dos que disputa o cargo, nele já está.
As potenciais novas lideranças que poderiam ter se firmado na eleição de 2016, acabaram se comprometendo e agindo como os políticos em decadência, agarrando-se em elos apodrecidos, prejudicando a sua carreira em troca sabe-se lá do que.

Dia 30 encerra a eleição para prefeito e no dia 31 alguns já começam a aplicação do projeto para 2018, ensaiando as campanhas para deputado estadual, deputado federal, duas vagas no senado, governador e vice-governador do Estado, muito embora nem todos que começam completam a jornada.

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