Rodolfo Juarez
O
eleitor macapaense está prestes a demonstrar como quer que o município de
Macapá, e principalmente a cidade de Macapá seja administrada.
A
escolha do prefeito é um momento de rara responsabilidade da coletividade, que
através dos seus eleitores, vai às urnas, para votar, depois de ter analisado
tudo o que foi dito no rádio, na televisão, nas caminhadas, nas reuniões pelos
aliados daqueles que pretendem exercer o comando do orçamento de quase um bilhão
de reais já em 2017.
Os mais
de 277 mil eleitores que votam na 2.ª e na 10.ª zonas eleitorais e que têm a
responsabilidade de escolher, em segundo turno, o prefeito de Macapá, não podem
deixar de interpretar tudo o que foi, e o que não foi, dito na campanha
eleitoral que preparava o eleitor para esta votação.
Desde
novembro de 1985 quando o eleitor de Macapá foi às urnas para escolher o
prefeito e elegeu Raimundo Azevedo Costa para o mandato tampão de 3 anos, que
há uma busca por um administrador que tenha habilidade e competência para ser
exatamente isso: administrador.
Às
vezes até que o eleitor consegue aproximar a Administração daqueles que
escolheu para exercê-la. Mas, na maioria das vezes a escolha tem sido feita por
candidatos que não sabem qual o verdadeiro papel de um administrador municipal,
confundindo tudo e, principalmente, querendo o cargo de prefeito como degrau
para se eleger para um cargo cujo exercício é em Brasília ou uma espécie
deteste para ser candidato ao cargo de governador do Estado.
A
estratégia, para alguns, deu até certo. Já teve quem saísse da prefeitura de
Macapá para ser Governador do Estado. Quem saísse da prefeitura para ser
deputado federal ou mesmo senador. Nenhum deles, desde 1985 até agora, deixou
de usar a prefeitura para ser um laboratório político, onde partidos pequenos
ficam grandes à custa do prestígio que o eleitor possibilitou para o prefeito.
Desde
quando foi permitida a reeleição que todos, todos mesmo, se candidataram à
renovação do mandato. Veja o caso João Henrique (que conseguiu), o caso Roberto
Góes (que não conseguiu) e agora Clécio Luiz que vai “tirar a prova”.
É claro
que cada eleição municipal tem a sua história e essa, de 2016 terá a sua.
O
segundo turno está sendo aplicado desde quando o município de Macapá passou a
contar com um número de eleitor apto a votar superior a 200 mil. Nessa
realidade o candidato mais votado, para ser prefeito, precisa de 50% dos votos
válidos mais um voto. Assim não haverá segundo turno de votação.
Desde
quando passou a fazer parte da regra o segundo turno para municípios com mais
de 200 mil habitantes, ou seja, desde quando João Henrique era prefeito, que
nenhum candidato tem obtido a maioria simples dos votos válidos. Isso mostra a
dificuldade que o eleitor encontra para escolher um líder.
A
histórica virada havida em 2012, quando o segundo colocado superou o primeiro
colocado em um resultado pouco provável, que realmente se tem duas eleições,
como agora em 2016, pois, a diferença entre os candidatos que foram
classificados em 1.º e 2.º lugares, foi significativa e mesmo assim, não apaga
a esperança de uma virada no segundo turno.
A
eleição muda as prioridades da administração municipal, principalmente quando
um dos que disputa o cargo, nele já está.
As
potenciais novas lideranças que poderiam ter se firmado na eleição de 2016,
acabaram se comprometendo e agindo como os políticos em decadência,
agarrando-se em elos apodrecidos, prejudicando a sua carreira em troca sabe-se
lá do que.
Dia 30
encerra a eleição para prefeito e no dia 31 alguns já começam a aplicação do
projeto para 2018, ensaiando as campanhas para deputado estadual, deputado
federal, duas vagas no senado, governador e vice-governador do Estado, muito
embora nem todos que começam completam a jornada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário