Rodolfo Juarez
Desde o
domingo do primeiro turno da eleição municipal, que o eleitor macapaense
conhece os candidatos que continuam na busca dos votos necessários para ocupar
o cargo de prefeito municipal de Macapá.
Também
desde aquele momento uma corrida de velocidade, mantendo a tradição, se deu na
busca de alianças com nomes que disputaram a eleição, mesmo aqueles que não
conseguiram os cargos e até que não votam em Macapá, foram procurados para
aderir a fase decisiva da eleição.
No
primeiro momento o eleitor foi esquecido e não despertou a atenção dos
concorrentes habilitados, demonstrando que muitos ainda não compreenderam o
momento, apesar dos recados dados, de forma direta e objetiva, para alguns
daqueles que esperavam obter um resultado e que saíram da apuração sem saber
explicar o que tinha acontecido.
Aline
Gurgel, Ruy Smith e Dora Nascimento foram escolhidos pelos eleitores para
demonstrar que eles estão atentos, querendo alterar o quadro de mando. A
começar pelos municípios.
Parece
que as mal explicadas atitudes do deputado Vinícius Gurgel, o principal líder
do grupo de apoio da candidata Aline Gurgel; as avaliações equivocadas do
senador João Capiberibe, principal líder do grupo de apoio ao candidato Ruy Smith;
e o menosprezo pelo que vem acontecendo, em todo o Brasil, a partir de
Curitiba, onde se concentram as ações da Operação Lava-Jato, complicou a
votação da candidata Dora Nascimento.
Nem
mesmo o cenário mais desfavorável para os candidatos Ruy Smith e Dora
Nascimento indicava que a votação dos dois – somadas -, seria inferior à
votação do candidato Genival Cruz.
Isso
mostra, entretanto, que o eleitor já começou a ser mais exigente, não se
conformando mais com as promessas e com métodos já testados e que não deram
certo.
O
eleitor do segundo turno é o mesmo do primeiro turno e as campanhas serão mais
densas, com mais tempo para expor os pontos positivos e negativos de cada um
dos candidatos, e os que estarão na linha de apoio a cada um deles.
Está
sendo desenhando uma disputa do “velho” contra o “novo”, apesar do candidato
Gilvan não ser tão velho, e nem o candidato Clécio não ser tão novo. Mas pode
ser assim classificado pelos principais apoiadores de um e de outro.
Senão
vejamos:
Os dois
principais apoiadores do candidato do PMDB, Gilvan Borges, são José Sarney
(PMDB) e Waldez Góes (PDT); os dois principais apoiadores do candidato da REDE,
Clécio Luis, são Randolfe Rodrigues (REDE) e Davi Alcolumbre (DEM).
Tanto
José Sarney, como Waldez Góes estão em pleno declínio político e administrativo
– o primeiro muito mais que o segundo -, enquanto que Randolfe Rodrigues e Davi
Alcolumbre estão em plena ascensão. Esses são os dois núcleos em torno dos
quais se juntam deputados federais, deputados estaduais, vereadores e
lideranças localizadas.
O
eleitor, então, vai dispor no dia 30 de outubro, dia do segundo turno de
votação, das duas vertentes. A do “velho”, com práticas bem conhecidas e
resultados também conhecidos; e o “novo” do qual ainda está em busca de consolidação.
Não se
trata de sorte. O caso é sério e está nas mãos, ou melhor, na ponta dos dedos
do eleitor.
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