Rodolfo Juarez
Analisamos
em dois artigos anteriores, escrito logo depois do resultado das eleições
municipais no Estado do Amapá, o desempenho do PSB no artigo “O que aconteceu
com o PSB?” e os concorrentes que se habilitaram ao segundo turno de votação,
no dia 30 de outubro, com o artigo “O ‘velho’ e o ‘novo’”.
A
repercussão foi interessante e, em alguns casos, emocionada, mas nada além do
que se pode esperar após resultados desfavoráveis, no caso de PSB, ou de “carimbagem”
no caso do ‘velho’ e o ‘novo’.
Mesmo
com a campanha curta, entendo que os candidatos poderiam ter adotado o mesmo
procedimento havido em municípios que também dependem do 2.º turno para
conhecer o próximo prefeito. Naqueles municípios os concorrentes, em respeito
ao telespectador e ao ouvinte, reduziram o tempo que lhe oferecia o Tribunal
Superior Eleitoral, por entender que a repetição se torna enfadonha,
desinteressante e sem a capacidade de atrair o eleitor para o seu programa de
campanha no rádio e na TV.
Quando
se tinha os sete candidatos, com a divisão do tempo entre todos de forma
desigual e baseada em representação na Câmara Federal, ou seja, no poder
político do partido, se observava o zelo do candidato não perder tempo, dizer o
que pretendia de forma objetiva e, de certa forma, chamava a atenção dos
eleitores, que sempre esperavam novidades diárias de um dos sete candidatos.
Agora,
com apenas dois candidatos, há muita repetição de programas para atender a
exigência dos próprios concorrentes que, sem ter o que falar, repete
insistentemente, propostas que não convencem ou se posicionam em assuntos que
nada tem a ver com a campanha ou a futura administração.
Além
disso, ainda tem as inserções, que são mostradas nos intervalos da programação,
com spots com mais vezes repetidos do que os próprios programas apresentados
nos horários eleitoral gratuito no rádio e na televisão.
O
eleitor, mesmo sendo obrigado a comparecer no dia 30 de outubro na sua seção
eleitoral, ele precisa ser motivado a fazê-lo e, neste caso, a motivação não
pode ser a obrigatoriedade de votar, mas a vontade de escolher um dos dois
concorrentes. E, convenhamos, os candidatos estão passando longe do ponto de
motivação esperada.
Não é
possível que em um tempo de tantas dificuldades sociais e financeiras,
dificuldade de emprego e trabalho, os postulantes ao importante cargo de
prefeito de Macapá não encontrem condições que permita mostrar ao eleitor algo
diferente e que possa motivá-lo a ir votar?
A crise
não pode ser de competência. A crise precisa ser dominada e para isso precisa
de pessoas com condições de fazê-lo e, ainda mais, demonstrar que tem condições
para tal. Não basta mais ficar olhando pelo retrovisor, seja para lamentar o
que não foi feito ou destacar, também, o que foi feito.
As
equipes de coordenação de campanha precisam ser mais competentes na abordagem
dos temas, mais criativas na apresentação das propostas e inventivas para o
enfrentamento dos próximos 4 anos, senão acabam comprometendo o candidato.
Por
enquanto nada a destacar nem na campanha de um, nem da campanha do outro.
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