Rodolfo Juarez
É
importante analisar a campanha política, a poucos dias das eleições,
considerando o ponto de vista do eleitor.
Mesmo
sendo o objetivo principal da campanha, os marqueteiros e os coordenadores da
campanha insistem em pouco ou nada se importar com o que o eleitor está
pensando e, obviamente, se ele está satisfeito com as mensagens e as promessas
que são levadas na busca do voto na rua, no rádio e na televisão.
Os
candidatos, os aliados, os partidos e as coligações recebem, como dádiva do
processo, o espaço livre na rua, no rádio e na televisão para dizer o que
entendem importante para motivar o eleitor a votar, e mais propriamente, votar
de forma consciente neste ou naquele candidato.
Aparentemente,
ou propositadamente, não é isso que acontece. As coordenações de campanha dão
muito mais importância a uma adesão do que ao eleitor, a uma promessa do que a
um programa; a um fato fortuito do que a um projeto.
Criam
um ambiente hostil entre os militantes, fazendo de conta que ainda não
esqueceram a máxima de que “os fins justificam os meios” e que em uma disputa
política “só não vale perder”.
Estas
duas máximas, condutoras do processo de militância, representam o que está
sendo negado pela população de todo o Brasil nesta mudança que se demonstrar
necessária na formação do grupo de representantes sociais e naqueles que
recebem a incumbência de bem aplicar os resultados do que recebem dos tributos.
A escolha daqueles que vai cuidar dos interesses da população, administrando os
recursos, é que está em curso no momento.
Está
claro que nem mesmo a administração dos 20 minutos de cada campanha, divididos
em dois tempos de 10 minutos, estão sendo bem administrados, tanto que a
repetição sistemática - e em profusão -, dos programas do horário eleitoral
gratuito, está tornando repetitivo e provocando queda na audiência das
emissoras.
Como o
eleitor nada pode fazer restam-lhe duas alternativas básicas: ver o programa
com o ânimo completamente adverso, ou desliga o aparelho de rádio ou de
televisão e espera o horário passar.
A
proposta teórica dos programas é dar a oportunidade para o candidato divulgue
as suas propostas, explique o que vai fazer se for autorizado pelo eleitor a
assumir o cargo de prefeito e de vice-prefeito, de forma que o eleitor possa
projetar o futuro avaliando se é isso que quer.
Os
candidatos, entretanto, dão ênfase para o passado, destacando o ruim e o
péssimo e o eleitor sendo forçado a relembrar o ruim e o péssimo, sem ter
espaço para avaliar o que interessa como a competência e a habilidade atual dos
pretendentes.
Esse
cenário desmotiva o eleitor, retira-lhe a vontade de participar e, em
consequência opta por pagar as prendas decorrentes do fato de não comparecer
para votar e, assim, não participar do processo de escolha.
As
adesões dos perdedores da primeira parte da disputa precisam ser analisadas com
cuidado, pois, sempre são “defuntos” que querem ser ressuscitados, mas também
quer em troca o que eles chamam de “participação no governo”, uma vergonha
sobre todos os aspectos, pois, o eleitor já o rejeitou deixando fora da
disputa.
Como o
processo eleitoral está sempre em busca de aprimoramento, quem sabe um dia isso
seja rejeitado também pelas regras trabalhadas pelos organizadores das eleições.
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