Rodolfo Juarez
Os
militantes políticos, mesmo os mais experimentados, e os que analisam o
comportamento da sociedade e de seus entes formadores, não entenderam o anúncio
feito pelos dirigentes do PSB e do PT, quando em momentos diferentes, mas não
muito distante um do outro, comunicaram que ficariam neutros durante a campanha
do segundo turno de votação, quando será escolhido o prefeito de Macapá.
E
precisava?!
O
desempenho eleitoral no primeiro turno de votação das eleições municipais de
2016, tanto do PSB, quando do PT, é para ser esquecido pelos seus dirigentes,
pelos filiados e por aqueles que mesmo não sendo dirigentes ou filiados, deram,
em passado recente, densidade eleitoral importante para os dois partidos.
O fraco
desempenho das duas siglas, de muito sucesso no Estado do Amapá, desta feita
pode ser comparado ao desempenho de partido pequeno, contrariando o que diziam
os seus dirigentes até às vésperas da eleição.
Para se
ter uma ideia do fiasco eleitoral das duas siglas em Macapá, na eleição
majoritária ficaram nas últimas posições e na eleição proporcional, a que
escolhe os 23 vereadores para a Câmara, puderam sentir o que ninguém
imaginaria: nem o PSB e nem o PT entram 2017 com representante na edilidade da
Capital.
Vai ser
sentida a ausência do PSB e do PT na Câmara de Macapá? Claro que vai! Mas esse
é um trabalho para os seus dirigentes que precisam arranjar força e motivação
sabe-se lá onde.
Certamente
que os dirigentes dos dois partidos, tanto através dos diretórios estaduais,
como através dos respectivos diretórios municipais, terão que buscar forças,
sabe-se lá de onde, para motivar a militância, conquistar novos filiados e,
até, dirigentes.
O mais
grave é que os problemas não terminarão quando terminar a eleição municipal de
2016, aliás, esses problemas se agigantarão logo quando começar 2017 e os dois
partidos perceberem que o ano de 2018 já não demora e que precisarão trabalhar
muito para continuar com os mandatos que detêm por algum tempo, no caso o PSB,
pois o PT já está vivendo esse momento, faz mais tempo.
As
perguntas repercutem no meio político e vai testar a força que resta PSB para
manter os mandatos que tem na Assembleia Legislativa do Amapá, na Câmara
Federal e no Senado da República.
Esta
posição de debilidade mostrada pelos dois partidos, o PSB e o PT, nas eleições
de 2016, está animando outros partidos, dispostos a lutar pelas vagas que são
ocupadas pelos partidos que até pouco tempo, governaram o Amapá, tendo o
governador e o vice.
O que
deu errado? O que falhou?
Nenhum
dos dois partidos imaginava que somariam tão poucos votos na votação do dia 2
de outubro de 2016. Nem mesmo os adversários poderiam acreditar em uma votação
onde os dois somados não alcançariam a votação do antepenúltimo, em uma escala
onde tinham sete disputantes.
Pois
bem, depois destas observações, persiste a questão sobre a decisão dos
dirigentes dos dois partidos quando a comunicação aos seus filiados e eleitores
que ficariam neutros nas disputas do segundo turno.
Adiantou?
Mudou alguma coisa?
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