quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Adiantou? Mudou alguma coisa?

Rodolfo Juarez
Os militantes políticos, mesmo os mais experimentados, e os que analisam o comportamento da sociedade e de seus entes formadores, não entenderam o anúncio feito pelos dirigentes do PSB e do PT, quando em momentos diferentes, mas não muito distante um do outro, comunicaram que ficariam neutros durante a campanha do segundo turno de votação, quando será escolhido o prefeito de Macapá.
E precisava?!
O desempenho eleitoral no primeiro turno de votação das eleições municipais de 2016, tanto do PSB, quando do PT, é para ser esquecido pelos seus dirigentes, pelos filiados e por aqueles que mesmo não sendo dirigentes ou filiados, deram, em passado recente, densidade eleitoral importante para os dois partidos.
O fraco desempenho das duas siglas, de muito sucesso no Estado do Amapá, desta feita pode ser comparado ao desempenho de partido pequeno, contrariando o que diziam os seus dirigentes até às vésperas da eleição.
Para se ter uma ideia do fiasco eleitoral das duas siglas em Macapá, na eleição majoritária ficaram nas últimas posições e na eleição proporcional, a que escolhe os 23 vereadores para a Câmara, puderam sentir o que ninguém imaginaria: nem o PSB e nem o PT entram 2017 com representante na edilidade da Capital.
Vai ser sentida a ausência do PSB e do PT na Câmara de Macapá? Claro que vai! Mas esse é um trabalho para os seus dirigentes que precisam arranjar força e motivação sabe-se lá onde.
Certamente que os dirigentes dos dois partidos, tanto através dos diretórios estaduais, como através dos respectivos diretórios municipais, terão que buscar forças, sabe-se lá de onde, para motivar a militância, conquistar novos filiados e, até, dirigentes.
O mais grave é que os problemas não terminarão quando terminar a eleição municipal de 2016, aliás, esses problemas se agigantarão logo quando começar 2017 e os dois partidos perceberem que o ano de 2018 já não demora e que precisarão trabalhar muito para continuar com os mandatos que detêm por algum tempo, no caso o PSB, pois o PT já está vivendo esse momento, faz mais tempo.
As perguntas repercutem no meio político e vai testar a força que resta PSB para manter os mandatos que tem na Assembleia Legislativa do Amapá, na Câmara Federal e no Senado da República.
Esta posição de debilidade mostrada pelos dois partidos, o PSB e o PT, nas eleições de 2016, está animando outros partidos, dispostos a lutar pelas vagas que são ocupadas pelos partidos que até pouco tempo, governaram o Amapá, tendo o governador e o vice.
O que deu errado? O que falhou?
Nenhum dos dois partidos imaginava que somariam tão poucos votos na votação do dia 2 de outubro de 2016. Nem mesmo os adversários poderiam acreditar em uma votação onde os dois somados não alcançariam a votação do antepenúltimo, em uma escala onde tinham sete disputantes.
Pois bem, depois destas observações, persiste a questão sobre a decisão dos dirigentes dos dois partidos quando a comunicação aos seus filiados e eleitores que ficariam neutros nas disputas do segundo turno.

Adiantou? Mudou alguma coisa?

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