Rodolfo Juarez
Há 46
anos, em 1971, em uma solenidade inesquecível realizada no Teatro da Paz, em
Belém do Pará, eu recebi das mãos do Reitor da Universidade Federal Pará, o
diploma de Engenheiro Civil e das mãos de minha mãe o anel de formatura tão
desejado e como símbolo da luta que todos travamos, minha família e eu, para
chegar ao grau de Engenheiro Civil.
Éramos
73 formandos em um tempo em que a Amazônia esperava por aqueles profissionais e
o Amapá, por dois de nós, Manoel Dias e eu, para poder contribuir com o desenvolvimento
a partir do então Governo do Território ou na gestão de empresas de engenharia
que são importantes para desenvolvimento social de uma comunidade,
especialmente como a amapaense daquela época que, vivendo uma área federal
distante da Administração Central, se encontrava submetida a limites que exigia
técnica e muita dedicação para conquistar pequenos espaços que possibilitasse a
transformação daquele do espaço federal em uma Unidade Federada.
Naquele
momento já estávamos sob as ordens da Lei n.º 5.194, em vigor desde 24 de
dezembro de 1966, regulando o exercício da profissão de Engenheiro, Arquiteto e
Engenheiro Agrônomo de então, dando-lhes atribuições definidas no Decreto Lei
n.º 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regulamentava e oficializada as
profissões de Engenheiro, Arquiteto e Agrimensor no Brasil.
Para
quem entrou na Escola de Engenharia em 1967 e lá estudou até 1971 quando
concluiu o Curso, o patriotismo aflorou em quem tinha que aflorar, e o
entreguismo, também foi obervado naqueles que não se mostravam dispostos a
construir um Brasil democrático e uma Amazônia Brasileira.
Hoje,
46 anos depois, percebo que a Engenharia desenvolveu-se ao ponto de
possibilitar a todos ver os resultados no seu entorno e em qualquer direção,
desde à habitação onde cada mora, à calçada por onde anda, o meio fio, o
sistema de coleta de água e esgoto, as vias, os carros, os aviões, os
equipamentos, o celular, a roupa, tudo tem a ver com a engenharia e,
naturalmente, com os engenheiros.
Tudo o
que melhora a qualidade de vida das pessoas são resultados da engenharia que
imprime melhoria nas outras ciências, sempre tendo como objetivo final o homem
e o seu bem estar.
Esses
parâmetros, fim específico da Engenharia operado por engenheiros, vem sendo
ignorados pelos próprios engenheiros, tornando esses profissionais invisíveis,
provavelmente pela inação dos próprios engenheiros que deixaram de considerar
que o seu ofício está sustentado em uma série de conhecimentos que se completam
e de imensurável importância.
Os próprios
profissionais resolveram abrir mão da importância do seu conhecimento e
passaram não colocar o seu título na vanguarda de suas ações, deixando
desprezado quando comparado com funções públicas que exercem ou o resultado
empresarial que alcançam.
Hoje,
11 de dezembro, os gestores dos interesses dos engenheiros, recebiam da
sociedade, através do que ficou conhecido como Decretão, as regras que lhe
davam atribuições e que, em forma de regulamento, entregou para a sociedade a
responsabilidade de que cada profissional engenheiro.
Onze de
dezembro foi por muito tempo um dia de comemorações no Amapá, mas nestes tempos
de agora poucos são aqueles que aproveitam essa oportunidade para mostrar a
importância da Engenharia e, sequer mencionam a responsabilidade social que tem
o engenheiro.
O Clube
de Engenharia e o Sindicato dos Engenheiros, principalmente estas duas
instituições, são habilitadas para integrar os engenheiros como agentes sociais
importantes e decisivos para organizar o meio onde cada um vive, devolvendo
para a sociedade o investimento que fez em cada um dos profissionais.
É
preciso melhorar o entendimento do conceito de Engenharia e reconhecer a sua
importância com as diversas participações dos profissionais.
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