Rodolfo Juarez
Os
pré-candidatos ao governo do Estado do Amapá já devem estar preparando sua
proposta de governo.
Trata-se
de um item obrigatório para ser apresentado ao partido político ou coligação
que o indicará em convenção para disputar o cargo, devidamente digitalizado e
junto ao pedido de registro da candidatura.
Desde
quando a proposta de governo passou a ser item obrigatório na documentação do
pedido de registro candidatura para governador, que os candidatos se
propuseram a construir a proposta a partir de especialistas, na maioria das
vezes não conectados com o eleitor ou com a população e, por isso, com
conhecimento teórico (para quem tem) e empírico para os “adivinhões” das
necessidades do povo.
Tem se
repetido propostas de governo impossíveis, irreais, longe da realidade da
população e de suas necessidades.
Tenho a
impressão que o postulante ao cargo de governador que não se aproximar das
massas jamais terá condições de entender que o povo quer e, em consequência, o
que o terá que fazer no governo.
O
eleitor que tivesse tempo poderia pesquisar no site do Tribunal Regional
Eleitoral do Amapá as propostas de governo apresentadas pelos últimos
candidatos, inclusive aqueles que foram eleitos, para observar a distancia que
ficou a proposta de governo da gestão que realizou com seus aliados.
Uma
peça tão importante como a proposta de governo não poderia ser ignorada como é,
exatamente pelos seus autores. Propõe atividades e investimentos que não são
prioridades para a população, mesmo em um estágio em que, quase tudo o que for
proposto tem espaço e cabimento.
Queria
ver nas propostas do modo de governar a indicação de que seria adotada uma
espécie de paridade estadual, onde todos os municípios, proporcionalmente,
receberiam as atividades e os investimentos do Estado, definidos pelo
contribuinte, o único responsável pela sustentação das finanças do Estado, de
suas próprias esperanças, mas, também, a mordomia e os gordos salários dos
governantes, dos seus colaboradores e de suas ambições.
Queria
ver nas propostas a disposição de fazer com que os investimentos fossem
definidos em assembleias populares, com conhecimento antecipado de tudo o que
seria feito, quanto custaria e quando estaria pronto.
Queria
ver também nas propostas a disposição em diminuir os custos com a máquina
pública, diminuindo o número de órgãos, alguns criados para atender
necessidades de aliados ou para dispor de condições para responder àqueles que
não entenderam que campanha é campanha e que governar é diferente.
Não
queria ver a proposta como se fosse apenas um documento para cumprimento de
exigência para registro de candidatura, sem argumentos convincentes e longe da
realidade da população do Amapá.
Não
queria ver a proposta cheia de números e argumentos copiados de livros e que
são feitas, apenas, para cumprir uma exigência.
Cuidar
para que a proposta para governar o Estado seja adequada à realidade, além de
ser uma obrigação, teria que ser uma referência verdadeira, sem as fantasias
que são frequentes na maioria das que foram até agora apresentadas.
Dá para
fazer certo!
Mas é
preciso começar logo para que os erros sejam minimizados. A verdade e a
sinceridade dos candidatos ao governo do estado precisam ser medidas a partir
da proposta para governar.
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