Rodolfo Juarez
O
sucesso da campanha para conquista de um dos cargos oferecidos em uma eleição
tem forte componente no momento da decisão, tomada durante as convenções
partidárias que deliberam sobre coligações e escolha de candidatos.
As
coligações precisam ser muito bem trabalhadas e nada têm a ver com a
administração ou a gestão. Confundir esses dois momentos sempre resulta no
insucesso da campanha e na derrota de candidatos que até teriam chances, mas
que não souberam ou nãoi tiveram condições de administrar a decisão do partido,
no momento da escolha dos seus coligados.
Não é o
número de partido em uma coligação que define o sucesso da campanha, as
eleições anteriores oferecem dados para reflexão que levaram a resultados
inesperados depois de concluída a apuração.
Vamos
tomar como exemplo as eleições majoritárias de 2014, uma eleição regional como
a de 2018. Pois bem, os vencedores foram uma coligação de 3 (três) partidos
para o cargo de Governador do Estado, e uma coligação de 4 (quatro) partidos
para o cargo de Senador da República.
Naquela
eleição regional (2014) havia, também, uma coligação de 9 (nove) partidos e uma
coligação de 8 (oito) partidos e, as duas coligações não atingiram, tanto para
o cargo de Governador, como para o cargo de Senador, 15% (quinze por cento) dos
votos válidos, ou seja, ficaram muito distantes daqueles que foram eleitos,
apoiados por coligações com menor número de partidos.
Ainda
na eleição de 2014 ficaram demonstradas as dificuldades criadas dentro de uma
das coligações que, mesmo contando com 8 (oito) partidos coligados, decidiu
apresentar 4(quatro) candidatos ao cargo de Senador, pois bem, tanto a votação
do candidato ao Governo do Estado daquela coligação (7,06% dos votos válidos),
como cada um dos 4 (quatro) candidatos ao cargo de Senador da República (2,05%,
1,38%, 0,98% e 0,41 dos votos válidos) demonstraram que a divisão além de
empurrar o resultado para distante dos vencedores, provavelmente diminui a
quantidade de votos se houvesse a unidade durante a campanha.
Os
reflexos ficaram bem claros quando analisado, detidamente, o resultado das
eleições proporcionais daquele mesmo ano (2014), quando o eleitor pode não ter
entendido a mensagem durante a campanha e fez a sua escolha fugindo das
confusões indesejadas criadas no momento do voto.
Esses
exemplos podem ajudar no processo de reflexão dos pré-candidatos, colocando
nesse conjunto os interesses da população, uma vez que as eleições de 2018 são
apontadas como aquelas que podem mudar o rumo do País e do Estado do Amapá,
trazendo a realidade socioeconômica através da realidade política.
Não
seria exigir muito do eleitor que se vai defrontar, mais uma vez, com uma massa
grande de candidatos e com algumas propostas miraculosas apresentadas por
candidatos que têm pouca noção do cargo ao qual se candidata.
O
pré-candidato precisa ficar atento nas novas regras que foram incorporadas com
a minirreforma eleitoral aprovada no Congresso, e que trouxe novidades para o
pleito de 2018, e uma das principais é o caso da cláusula de barreira que tira
do páreo os candidatos, nas eleições proporcionais que não alcançarem 10% (dez
por cento) dos votos do quociente eleitoral. É preciso fazer conta!
O tempo
está ficando reduzido e os pré-candidato não podem se deixar seduzir pela
ilusão do provável ou pelo lema de que “o importante é participar”.
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