Rodolfo Juarez
Depois
de saber que houve tantas vitórias que foram impulsionadas pela corrupção, pela
propina, pela condescendência de autoridades e, em muitos casos, com a
participação delas, ainda estou tendo a oportunidade de acreditar que posso ver
o outro lado da moeda, que foi enterrado, escondido e que está sendo revirado
pela força do novo comportamento dos brasileiros.
O
quadro pintado por autoridade do mais alto escalão da república e dos mais
importantes estados do Brasil tinha tons escuros, cheios de fantasmas,
entremeados de ilusões que chamavam a atenção e prendia os menos avisados para
servir de escudo ou testa de ferro de um comportamento completamente cruel e
criminoso.
O
convencimento era tanto que havia coopção de importantes personagens que
atuavam na disseminação da informação, depois da tentativa de repartir, como
num consórcio fechado, os canais de televisão e de rádio, entre eles e ainda,
repassado para alguns que consideravam seus, de muita confiança, desde que
estivesse disposto a fazer o seu jogo, jogando à sua maneira.
A
opinião pública foi arrumada para ser conduzida por algum meio de comunicação,
entretendo com uma programação adequada ao “projeto” e ganhando assento
preferencial na mesa de “negócios” daqueles que estavam no Poder.
O
Brasil, a cada eleição para presidente da República, começou a colocar
contrapeso objetivando que o “outro lado” colocasse peso e assim os
“carregadores de pesos” fossem se apoderando daquilo que era para o povo
brasileiro e que passou a engordar a conta bancária daqueles que deveriam fazer
ou conhecer a contabilidade.
O
caminho estava perfeito. O “feitor” já podia dizer que colocava na cabeceira da
mesa - que já considerava sua - até um poste, desde que ficasse sem falar, sem
ouvir, cheirar ou sentir.
O povo
foi profundamente enganado quando escolheu, pela segunda vez, o mesmo “poste”
e, desta vez, reagiu com a firmeza suficiente para derrubar o tal “poste”,
mesmo com importantes escoras.
Esta
centelha mexeu com o eleitor que resolver ficar atendo e conseguiu perceber que
mais rápido que os meios de comunicação social - rádio, TV, revista e jornal
impresso -, se apresentavam as redes sociais depois da popularização da
internet.
Essa
nova ferramenta foi suficiente para permitir que os eleitores brasileiros
elegessem um político, que apesar dos seus 28 anos de parlamento, não
despontara para o eleitor brasileiro como um líder e era sempre tratado como
sem chance pela grande mídia nacional confiante de que poderiam indicar três ou
quatro nomes para que o eleitor escolhesse um.
As
redes sociais foram, então, o meio que o deputado federal Jair Bolsonaro
utilizou para lançar suas ideias. Os partidos que estavam nas manchetes da
grande mídia não conversaram com aquele que tinha vontade de ser candidato a
presidente do Brasil. Então, um partido considerado muito pequeno, o PSL
aceitou e o resto da história todos nós conhecemos.
Antes,
na lista dos novos eleitos para a Câmara Federal e o Senado da República
surpreendeu aos que duvidaram das redes sociais.
Veio o
tempo da posse e, logo depois, a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado.
Enquanto
o tempo passava os “analistas” já cravavam os políticos conhecidos como
presidente da Câmara e presidente do Senado, não acreditavam que a história
poderia ser muito diferente. Mas foi!
Pelo
menos no Senado da República, cujo presidente é também o presidente do
Congresso, a história surpreendeu aqueles que estão ficando distante do eleitor
e do povo brasileiro. Davi Alcolumbre, do Amapá, foi eleito em primeiro turno
de votação, presidente do Senado da República e passou a formar na linha de
frente do comando da República Federativa do Brasil.
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