Rodolfo Juarez
Faz tempo que o Estado do Amapá não dispõe de uma
oportunidade que permita definir um ponto de inflexão e, a partir desse ponto,
retomar o desenvolvimento que o potencializa como uma das áreas mais promissoras
e em condições de modificar, para melhor, os seus índices de desenvolvimento
humano e de oferta de emprego.
O Amapá dispõe de uma equipe técnica capaz e com
suficiente conteúdo para atender todas as exigências técnico-administrativas da
gestão, seja no Executivo, seja no Legislativo e no Ministério Público.
O Legislativo local ainda experimenta uma depuração que,
apesar de demorada, já apresenta resultados e indica que, pela comparação, pode
juntar-se às outras instituições públicas e todos caminharem com um objetivo
definido, além do respeito, e com a harmonia necessária para que os resultados
indiquem a melhoria da qualidade de vida da população.
O Judiciário acumula prêmios na qualidade de atendimentos
e serviços e o Ministério Público está pronto para atender as demandas sociais
de todas as áreas, obediente às regras legais existentes, mas também testando
comportamentos e ações para enfrentar etapas não tão comuns do cotidiano.
O setor privado tem mostrado a sua competência obtendo
resultados que admiram, mesmo em um ambiente onde o comércio é o modo mais
forte de empreender.
Todos esses elementos, entretanto, não estão conseguindo
ser complementares.
A competição intrainstituições é uma realidade e o setor
privado, então, torna-se pouco contributivo e experimenta passos que o colocam
à margem suas ações, prejudicando a todos, especialmente ao próprio
desenvolvimento.
Mesmo assim temos bons shoppings, boas redes de lojas e
atacarejos de boa qualidade na exposição e no atendimento, garantindo assim que
o espaço bem tratado contribuiu para a satisfação do cliente.
Agora com a escolha de uma amapaense para ser o
presidente do Senado da República há, naturalmente, uma face do Brasil voltada
para o Amapá e os dirigentes públicos e privados locais não podem perder essa
oportunidade para refletir sobre o que pode fazer.
É preciso, entretanto, que todos olhem para o nascente e
vejam o mesmo sol.
É preciso que todos saibam que o importante é o Estado e
não apenas o Poder que comanda, o órgão que dirige, o shopping que administra
ou a rede de loja do qual é proprietário.
O Estado precisa ter uma diretriz. Precisa acabar com as
divisões e logo. O tempo é curto e não há qualquer prorrogação que possibilite
consertar erros.
O Amapá precisa de um só plano para ser seguido por todos
do setor público e do setor privado, de cada uma das esferas de Poder, acabando
com essa competição que não leva a qualquer lugar, a não ser garantir a
manutenção na rabeira de todas as escalas de comparação.
A compreensão dessa necessidade pode alcançar os órgãos
federais, alguns deles encravados e dando palpite sem qualquer análise das
questões locais.
O Amapá tem jeito, mas precisa que os seus dirigentes e
representantes se apliquem e encontrem o melhor caminho.
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