Rodolfo Juarez
Depois
de um tempo que deixou os brasileiros em dúvida sobre tudo e tendo a certeza de
que teria que ser “esperto” para se dar bem, é incrível como tem gente que está
tendo dificuldades para voltar a acreditar nos dirigentes brasileiros.
Os mais
ressentidos continuam inconformados, afinal perderam as referências que tinham
e que satisfaziam os seus interesses e de alguns dos seus. Não conseguem
entender os motivos que mudaram a decisão daqueles mesmos que acreditaram neles
noutros tempos, em outras eleições.
Para
aqueles ficou complicado. Parece que se tem um “banzeiro” de pessoas dispostas
a enfrentar a mudança, muito embora tenham certeza do que o “outro lado” jamais
volta para a posição em que esteve durante muito tempo e que perdeu
completamente o rumo e não entendeu o que estava acontecendo.
O
brasileiro experimenta um novo rumo e que se propõe a não ser igual ao que foi
usado até pouco tempo. Muitos costumes, sustentados por conhecido procedimento
precisa mudar, mais isso implica e novo comportamento e nova interpretação de
realidade.
A
imprensa, principalmente a engajada com o Poder, está tendo dificuldades para
se adaptar, e isso se explica: depois de um longo tempo sem ter que atualizar
comportamentos, se preocupou apenas em melhorar equipamentos e, agora, os erros
aparecem com facilidade em vários pontos onde a fragilidade não foi reforçada.
Não é
só a chamada grande imprensa, aquela feita pelos “grandes veículos”, que está
tendo problema com a mudança. Os pequenos veículos também e isso afeta
diretamente o “dono” da informação.
Além
disso, são notáveis as modificações comportamentais devido às redes sociais e
quem ignorar essa realidade entra para a lista daqueles que terão problemas
novos para resolver e propostas novas para continuar e sobreviver.
Aqui no
Amapá os veículos que se apoiam nas mídias oficiais estão cada vez com mais
dificuldades para manter o que havia planejado. Há uma busca de motivos para
que o veículo entre para a pauta estabelecida pelos governos (federal, estadual
e municipal).
No caso
da imprensa a seleção não é pelo nível de audiência da emissora, nem, tão
pouco, pelo número de leitores de jornais ou sites, mais sim pela linha
editorial proposta, às vezes mudadas para atender às necessidade econômicas do
veículo, outras vezes para engessar a linha editorial desse mesmo veículo.
Está
situação está levando a cada órgão público ter a sua base de informação social
nos mesmos moldes de um veículo de comunicação, em uma clara disposição de
prestar a informação à comunidade sem submetê-la à análise dos profissionais,
facilitando a compreensão por parte da população.
No
passo que vai cada órgão público e cada núcleo privado prestará a “sua”
informação, exigindo uma ação mais eficaz por parte dos órgãos de controle
social para que a manipulação social não seja a parte mais influente do que
pretendem os anunciantes e que a própria sociedade tenha que filtrar a informação.
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