terça-feira, 22 de outubro de 2019

Competitividade: Amapá fica com zero nos pilares Educação e Máquina Pública.


Rodolfo Juarez
Saiu na semana passada o Ranking de Competitividade dos Estados, Edição 2019, publicada pelo Centro de Lideranças Públicas que, desde 2008, desenvolve líderes públicos empenhados em promover mudanças transformadoras por meio da eficácia da gestão e da melhoria da qualidade de políticas públicas.
Segundo a mesma publicação, a necessidade de mais líderes no setor público é notada em todas as hierarquias. O setor público tem dificuldades na mobilidade, por estar mergulhado em burocracias, exige ações objetivas que, por sua vez, só podem ser tomadas por verdadeiros líderes públicos.
As marcas dessa crise de lideranças se fazem presentes na falta de uma agenda local e nacional de desenvolvimento, na grande burocracia e nos projetos sem fim, que tanto marcam a política de infraestrutura nos estados e nacionalmente.
A divisão da análise em 10 pilares temáticos possibilita identificar, dentro de cada um dos 10 pilares, quais os pontos fortes e os pontos fracos que posicionam em um ranking nacional, permitindo a classificação de cada estado considerando 69 indicadores que são avaliados na pesquisa.
Aliado à vontade política, essa análise se constitui em uma poderosa ferramenta para balizar as ações dos governos estaduais e garantir a melhoria de padrões socioeconômicos pela atração de capitais que implicarão na oferta de empregos e o desenvolvimento fiscal do estado.
É certo que a competitividade de um Estado está diretamente ligada à capacidade de ação dos seus líderes públicos, partindo da base para a construção do legado da competitividade para aqueles governos que assim desejarem fazer.
Um ambiente onde existe competição saudável entre pessoas, equipes e organizações, é natural que ocorram maiores incentivos para a melhoria de resultados, bem como para a inovação em instrumentos e métodos que possibilitam a superação de desafios.
O setor privado é uma esfera social competitiva por natureza. Já o setor público, tornou-se, para muitos, um ambiente não competitivo e, por isso, não ser regido por leis de mercado, o setor público deveria ser guiados por critérios como justiça e equidade,  princípios que não são objetos fins do setor privado.
O elemento competitivo é compatível com a ideia de uma república federativa, como a que se propõe o Brasil. A competição saudável faz com que estados e municípios busquem melhorar seus serviços públicos, atraindo empresas, trabalhadores e estudantes para ali viverem e se desenvolverem social e economicamente.
Em suma, as comparações entre estados e entre municípios possuem grande potencial para melhorar a eficácia das políticas públicas, fornecendo um mapeamento dos fatores de competitividade e de fragilidade em cada unidade da federação ou mesmo em cada município de um mesmo estado.
A seleção de indicadores e dos pilares de sustentação é uma escolha que deve estar na estratégia para obtenção dos resultados desejados.
O Estado do Amapá, no Ranking de Competitividade dos Estados brasileiros, como os outros estados, foi avaliado em 10 pilares e 69 indicadores, agora em 2019, e ficando em 24.º lugar entre os 27 estados da Federação.
Foram considerados, para essa análise, 10 pilares. São eles: segurança pública, sustentabilidade social, infraestrutura, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, inovação, potencial de mercado e sustentabilidade ambiental.
O Estado do Amapá obteve as seguintes posições na comparação com todos os estados brasileiros: Infraestrutura, 19.ª posição (26,1%); sustentabilidade social, 25.ª posição (17,2%); segurança pública, 18.ª posição (50,4%); Educação, 27.ª posição (0,0%); solidez fiscal, 7.ª posição (81,4%); eficiência da máquina pública, 27.ª posição (0,0); capital humano, 3.ª posição (66,7%); sustentabilidade ambiental, 16.ª posição (47,8%); potencial de mercado, 21.ª posição (14,5%); e Inovação, 15.ª posição (29,7%).
Na classificação utilizada o maior percentual é de 100% e o menor 0%. O Amapá ficou na 27ª (0,0%) posição em dois pilares, Educação e eficiência da máquina pública. Duas sustentações decisivas para as aspirações de competitividade no mercado.

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