Rodolfo Juarez
Toda
vez que somos desafiados a enfrentar um problema, a primeira providência é
laçar mão dos meios conhecidos para equacioná-lo e resolvê-lo. Mesmo nessas
circunstâncias, a primeira providência é equacionar. Não é resolver!
Quando
se tem um problema para resolver e não se conhece a fórmula e a estratégia para
encontrá-la, o racional é que se estabeleça uma linha lógica para elaborar a
fórmula para aplicá-la na solução do problema. É o lógico!
Agora,
quando não se dispões da fórmula e nem do conhecimento para elaborá-la não
adianta dar nada como definitivo, senão os resultados serão desastrosos e o
cenário fica cada vez mais complicado, não admitindo tentativas. É o racional!
O novo
coronavírus se trouxe alguma situação conhecida, além da agressividade da
covid-19, está toda concentrada no vocábulo “novo” e na exata forma definida
nos mais simples dos dicionários.
O novo
coronavírus foi o desafio do século para os gestores públicos de todo o mundo. Que
sendo oportunistas, viram na primeira hora uma oportunidade de se mostra para a população e angariar créditos
políticos futuros para a próxima eleição.
Irresponsáveis,
cada um saiu com uma regra preventiva e salvadora, para enfrentar o que foi
definido como “maior inimigo”. Os governantes brasileiros mostraram,cada um,
sua credencial e começou o maior quebra-pau.
Quebra-pau
ai no sentido de briga virtual, cada um no seu púlpito, sentado ou de pé,
completamente despido do que entendem por respeito, hierarquia e compromisso
com a população que passou a ser usada como massa de manobra, mais uma vez.
Quando
espocou a bolha e se definiu a questão como um problema de saúde, se passou a
ouvir as orientações de outra fonte, tida como boa e oficial, mas também despreparada
e oportunista – o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Não
sabia de nada. Sabia só que estava ali pelos conchavos políticos e demorou em
declara que o assunto era de pandemia, quando mais de 100 países se debatiam
para salvar o que pudessem, inclusive o Brasil.
Ai os
governadores fizeram carta de apoio, carta de repúdio, desentenderam-se sobre o
comportamento, e voltaram para o lugar comum – declarar dificuldades e dizer
que precisavam de dinheiro da União para fazer alguma coisa.
Afinal,
o que é um governar?
Segundo
o dicionário da Língua Portuguesa, governar é exercer o governo, ser
responsável pela administração dos vários setores de um Estado, de um país, ou
de uma organização; administrar, gerir, dominar, imperar, conduzir, dirigir,
pilotar.
Não tem
nenhuma referência em pedir dinheiro da União para fazer o que deve ser feito
por obrigação funcional, para honrar o cargo que recebeu da maioria de uma
população que confiou no dia da escolha.
Mão é
isso que quer. Quer gastar e gastar sem regra a seguir!
A
primeira providência que toma, antes mesmo de lavar a boca quando acorda, é
orientar para que seja feito um decreto, com a máxima urgência, para assinar e
publicar, tendo o decreto nas suas permissividades, aceitar, permitir ou tolerar
o que, normalmente, em outros documentos públicos não seria tolerado, permitido
ou aceito.
Abre-se
a porta para superfaturamento, entre outros tipos de ilícitos, nas compras com
dinheiro público e, de preferência aquele que vem da União porque o que já está
na caixa do Tesouro do Estado, ou já está destinado, ou já foi gasto com o
tacho ficando totalmente raspado.
E o
vírus? Bem, desse salve-se quem puder!
Povo
sem trabalho fica sem dinheiro e a ajuda oficial vem pelo banco. Para receber
tem que ter e saber operação avançada para baixar o aplicativo, tem que ir ao
caixa do banco para receber. Isso sem aglomeração – como se fosse possível -,
pois o “dono” do Tesouro Nacional não confia em entregar o dinheiro para o
“dono” do Tesouro Estadual (???).
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