Rodolfo Juarez
Hoje
vou prestar homenagens àqueles que foram bravos na defesa dos interesses do
Estado do Amapá e que se tornaram vítimas desse maldito vírus que a China
exportou para o Brasil e o resto do mundo.
Eles se
tornaram referência da população contemporânea devido à sua dedicação
profissional nos setores públicos ou privados onde atuaram, sempre merecendo
consideração da população que via, em cada um deles, dedicação e amor pelo
Amapá, mesmo quando nem aqui nascidos.
São
verdadeiros representantes de todas as vítimas do desconhecido vírus, que se
tornou objeto de duas “guerras”, uma dos profissionais da saúde, sem apoio, sem
instrumentos, sem espaço para proteger a população e, cara-a-cara enfrentar o
vírus; outra dos dirigentes públicos, escancarando o seu egoísmo, sua
imprudência e seu oportunismo, qualificativos que atraem a irresponsabilidade e
a corrupção.
Nesse
cenário e em nome de todas as mais de 300 vítimas da covid-19, causa primeira
do vírus chinês, quero reconhecer a importância pública que cada um teve para a
população do Amapá, desde quando começaram a ter a responsabilidade para
trabalhar uma das etapas do desenvolvimento do Amapá.
Vou
destacar, referenciando ao serviço público e ao serviço privado que foram
prestados por estas pessoas que não resistiram ao ataque da covid-19, comandado
pelo vírus chinês, e ao desconhecimento de uma arma capaz de enfrentá-lo de
igual para igual. Estão fixados na minha lembrança e eternizados nos melhores
registros: João Brasão da Silva Neto, Bernardino Sena Ferreira Filho, José do
Rosário Pastana, Regina Gurgel Medeiros, Ana Raquel Oliveira da Cosa Passos,
Ederaldo Coelho Pantoja, Guilherme Jarbas Barbosa de Santana, Raimundo Malcher
Pinon Filho.
João Brasão da Silva Neto, Engenheiro Mecânico, Professor, foi reitor da nascente
Universidade Federal do Amapá, morreu no dia 9 de maio, aos 77 anos de idade. Era
formado em Engenharia Mecânica e de Produção (PUC/RJ-1967) e Engenheiro
Civil (UFPA-1984), além de Matemática e Física (UFPA-1969) e Direito
(UFPA-1994). Tinha Pós-Graduação em Planejamento Global e Análise de Projetos
(CEDEC/Brasília-1973) e Inferência Estatística (UFPA-1980). Ingressou no
serviço público em 1974.
Bernardino Sena Ferreira Filho, empresário, foi presidente da Associação Comercial e
Industrial do Amapá, do Clube de Diretores Lojistas e da SPC, desportista, foi
presidente da Federação Amapaense de Futebol e da Federação Amapaense de
Voleibol, morreu aos 80 anos, por complicações causadas pela covid-19.
José do Rosário Pastana, Engenheiro Civil com especialidade em Sistemas Urbanos,
professor, morreu aos 72 anos, vítima da covid-19, deixando um grande serviço
prestado ao município de Macapá e especialmente à cidade de Macapá, fazendo
parte do grupo que implantou o Plano de Desenvolvimento Urbano de Macapá,
Santana e Porto Grande. Foi secretário municipal da Prefeitura de Macapá, e
diretor de urbanismo, da Secretaria de Obras, do Território do Amapá.
Atualmente era engenheiro do quadro efetivo do Governo do Estado, desempenhando
as suas funções na Secretaria de Infraestrutura. Por duas vezes foi presidente
do CREA/AP
Regina Gurgel Medeiros, empresária, proprietária do Quiosque Rola Papo, na
Beira- Rio, em Macapá, morreu aos 74 anos.
Ana Raquel Oliveira da Costa Passos, professora universitária, morreu aos 70 anos.
Professora da Universidade Federal do Amapá, por onde se aposentou no ano
passado, e onde foi chefe do Laboratório de Ensino de Matemática.
Edevaldo Coelho Pantoja, Engenheiro Agrônomo, com registro no CREA/AP morreu aos
72 anos, aposentado como fiscal federal agropecuário, também vítima da
covid-19.
Guilherme Jarbas Barbosa de Santana, professor universitário, advogado, morreu aos 72 anos,
sem ver um dos seus sonhos realizados. Dizia sempre que queria ver o Estado do
Amapá com o serviço público de saúde organizado.
Raimundo Malcher Pinon Filho, médico pediatra, foi duas vezes presidente do Conselho
Regional de Medicina no Amapá, morreu aos 73 anos. Com o Pinon convivi na casa
do estudante, em Belém, em 1971, eu cursando Engenharia e ele Medicina. Tinha
como companheiro inseparável um saxofone.
São
esses senhores e senhoras que já estão fazendo muita falta. Poderiam estar
ainda entre nós, na labuta, independentemente de estar ou não aposentados,
sempre estavam disponíveis para comparar o Amapá de 50, 40 e 30 anos atrás com
o Amapá de hoje.
Agora
descansando, fazendo muita falta, não apenas para os familiares, mas para todos
nós que ainda estamos por aqui e sempre contamos com eles para nos ajudar.
Eternizá-los
é a nossa obrigação!
Nenhum comentário:
Postar um comentário