Rodolfo Juarez
Começou
o ano de 2021 sem que o Governo do Estado apresente um plano emergencial para
enfrentar o tempo de pandemia.
Não se
trata apenas do plano de enfrentamento à Covid-19, mas sim de um plano que
informe como vai ser enfrentado essa atualidade extraordinária de pandemia que
influencia diretamente no desenvolvimento econômico, no aumento da inflação e
na queda do valor do Dólar Americano, entre questões mais evidentes onde estão
a saúde e a educação.
Até
agora as propostas anunciadas são muito setorizadas. Propostas que terão
dificuldades para evoluir, dar certo e alcançar os seus objetivos. O Estado
precisa de uma estrada por onde possa seguir.
Ao
contrário dessa realidade o comportamento da Administração Estadual é como se
houvesse normalidade em todos os outros setores que não o da Saúde. Não. Não é
assim! Todos os outros setores são influenciados fortemente pela Covid-19,
desde as restrições de aglomeração, até à presença dos trabalhadores de outros
poderes, como o Legislativo e o Judiciário, no seu ambiente de trabalho.
Quando
não se sabia a dimensão do ataque do vírus chinês, até que dava para esperar os
acontecimentos para ver que posição poderia ser tomada. Agora não. Já se sabe o
poder letal e destrutivo do vírus e, por isso requer-se mais objetividade no
processo de manutenção de emprego, no poder de compra das famílias, no
funcionamento das atividades e na avaliação do atendimento simultâneo e
relacionado para elaboração do plano de emergência socioeconômico.
Mas não
se vê nada disso!
A
administração estadual conta com mais de 50 unidades de custos, entre
secretarias, companhias, fiscalizadoras e agências, cada uma voltada para um
público específico e com projetos que são executados apenas para justificar a
sua existência.
Repetir
os projetos que dão certos na captação de apoiamento eleitoral, na assistência
social, na infraestrutura, na economia local, entre outros não vai dar certo. O
momento é extraordinário, excepcional, exigente de procedimentos diferenciados
o que, seguramente, não vem acontecendo.
Em
tempo de pandemia, tudo muda.
Não
adianta ficar apenas baixando decretos que limitam atividades que produzem
aglomeração no sentido de evitar a contaminação de mais gente no Amapá.
Todas
as intromissões do poder público na atividade privadas deveriam vir
acompanhadas de medidas compensatórias, seja no incentivo tributário, seja
compensação financeira e em prêmios por manutenção de emprego.
Muita
gente está informada de que o Estado do Amapá é, proporcionalmente, o estado
que tem mais desempregados de todo o País. Mesmo assim os procedimentos
adotados pelo governo não se voltam para esse enfrentamento importante que está
deixando muitas famílias desestruturadas e famintas.
Por
exemplo, quando proíbe o estacionamento de veículos é absolutamente necessário
que se, pelo menos, pense na compensação que deverá ser dado para o setor
prejudicado. Mas isso passa longe e, ao invés de resolver um problema, cria
problemas para cada família afetada pela interrupção da atividade.
Não
precisa ser surpreendente. Precisa ser inteligente.
Um
grupo de trabalho poderia estar fornecendo informações para os gestores que
reservaram tempo para limitar, em função do coronavírus, as atividades de
setores econômicos.
Além do
estacionamento, temos outros setores que são afetados por esta e por outras
medidas como fechamento do comércio, definição de atividade essencial, entre
tantas que são afetadas pelas medidas autoritárias dos dirigentes que nem
sequer se explicam.
Esperar,
sem uma ação específica, o tempo passar não é a melhor decisão dos executivos
públicos.
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