Rodolfo Juarez
O atual momento da
política partidária brasileira está trazendo para nível indesejado os outros
agentes públicos que se esforçam para mudar o que está recrudescido e
amalgamado pelos vícios que se perpetuaram ao longo do tempo.
Está difícil de os
agentes públicos da linha de frente do país, se comportarem como esperado desde
o resultado das eleições de 2018, quando muitos brasileiros voltaram a vestir,
sem qualquer culpa, o verde e o amarelo, e a falar de liberdade. Essa mesma
liberdade que a população cubana, depois de 70 anos, começa a querer respirar.
O povo brasileiro
não esperava uma pandemia de longa duração e os agentes públicos dos estados e
dos munícipios, principalmente seus governadores e prefeitos, viram nos
acontecimentos, a oportunidade de “tirar o atraso” e resolver seus problemas de
futuras campanhas, como também, aqueles que tornavam os orçamentos
insuficientes frene às necessidades urgentes da população.
Foram 26 governadores
estaduais, 1 governador distrital, e 5.568 prefeitos municipais tendo sonhos
mirabolantes e planejando resolver os problemas dos municípios e dos estados no
sentido de se perpetuarem no executivo dos estados, do distrito federal e dos
municípios, mesmo sabendo da limitação de dois mandatos.
Os governadores das
maiores concentrações populacionais nos limites dos estados que governam,
passaram a sonhar e querer criar ambiente, não para enfrentar a pandemia, mas
para enfrentar a próxima eleição para presidente da República. Diziam: “ora,
seu deu para o Bolsonaro, dá para mim que sou melhor que ele”.
E deu no que deu!
Mesmo quem morria
de outras doenças ia para a estatística como morte por covid-19 ou com
influência direta da doença provocada pelo coronavírus. Imagina a confusão que
deu. Até importantes órgãos de comunicação entraram na disputa, estes em dizer
para aqueles sonhadores que está pronto para apoiar, desde que assumissem o
compromisso de manter o volume de mídia de antes de 2019 e, se puder ainda
aumentar e, mais, não pensar em cobrar os tributos que esses agentes
empresariais teriam que pagar.
Os outros poderes
queriam mais luzes e entraram na confusão e deu no que deu, mais de 540 mil
brasileiros mortos até a semana que findou.
Ainda bem que, depois
de discussões sobre “sexos dos anjos”, veio a vacina que já mostra reflexos
crescentes à medida que o tempo vai avançando. Até o fim do ano fala-se em vida
quase normal, sem deixar de estar assustando a população com “variantes” e
anedotas.
Para não ficar sem
luz os congressistas instalaram a CPI da covid-19, um teatro para representação
de poucos. Agora os atores estão na coxia, mas voltam em agosto.
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