Rodolfo Juarez
Uma eleição, como
tudo na vida, tem começo, meio e fim.
No começo, ficam em
evidência aqueles ou que têm maiores chances, devido ao partido, à história
política, ou ao momento que atravessa ou atravessou recentemente; no meio os
sonhadores, aqueles que ainda não disputaram uma eleição e superestimam a sua
capacidade de votos, sonham exercendo o mandato; e, no fim, os eleitos e os
reeleitos. Os primeiros querendo mudar tudo, e os reeleitos querendo deixar
como está para ver como é que fica, está pronto para negociar cargos, relação e
projetos pessoais.
Esse tom é mais
forte nas eleições proporcionais e ainda mais concentrado quando a eleição
proporcional é para vereador com assento na Câmara Municipal do município com o
maior contingente eleitoral do Estado, no caso local, o município de Macapá.
Os atuais
vereadores que representam a população do município de Macapá na Câmara
Municipal ainda não completaram os primeiros seis meses de mandato e já não são
lembrados pela massa eleitoral do município.
Parecem que são
invisíveis ou não existem!
O eleitor é o
primeiro que nega sua existência uma vez que se posiciona a uma distância tão
grande do seu representante que nem consegue vê-lo e, o vereador, não consegue
ver o eleitor, muito embora as informações importantes estejam com os eleitores
que espera que o seu representante cuide das urgências e emergências sociais
que conhece e convive.
Mas não, o eleitor prefere
ignorar, deixar pra lá, não mais procurar, pois, imagina que não adiante nada,
não vai resolver nada e ainda vai enrolar.
Foram tantas as
tentativas que a “casa do povo”, como um dia foi chamada a Câmara de Vereadores
de Macapá, se transformou em uma espécie de endereço das ilusões perdidas,
independentemente das esperanças que estão congeladas no seu coração.
Mesmo neste cenário
mal assombrado, os representantes eleitos e dispondo do mandato não se tocam,
não ligam para essa realidade, não procuram aproximação com o eleitor, mas
desde o primeiro momento imagina o modelo de abordagem que vai adotar na
próxima eleição que disputar.
Aqui e acolá, muito raramente, se descobre um ponto fora da curva e se dá de cara com uma ação política importante de um vereador na exploração de um problema até que encontre a solução. Mas como disse, isso é raro, muito raro!
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