sexta-feira, 23 de julho de 2021

São invisíveis ou não existem

Rodolfo Juarez

Uma eleição, como tudo na vida, tem começo, meio e fim.

No começo, ficam em evidência aqueles ou que têm maiores chances, devido ao partido, à história política, ou ao momento que atravessa ou atravessou recentemente; no meio os sonhadores, aqueles que ainda não disputaram uma eleição e superestimam a sua capacidade de votos, sonham exercendo o mandato; e, no fim, os eleitos e os reeleitos. Os primeiros querendo mudar tudo, e os reeleitos querendo deixar como está para ver como é que fica, está pronto para negociar cargos, relação e projetos pessoais.

Esse tom é mais forte nas eleições proporcionais e ainda mais concentrado quando a eleição proporcional é para vereador com assento na Câmara Municipal do município com o maior contingente eleitoral do Estado, no caso local, o município de Macapá.

Os atuais vereadores que representam a população do município de Macapá na Câmara Municipal ainda não completaram os primeiros seis meses de mandato e já não são lembrados pela massa eleitoral do município.

Parecem que são invisíveis ou não existem!

O eleitor é o primeiro que nega sua existência uma vez que se posiciona a uma distância tão grande do seu representante que nem consegue vê-lo e, o vereador, não consegue ver o eleitor, muito embora as informações importantes estejam com os eleitores que espera que o seu representante cuide das urgências e emergências sociais que conhece e convive.

Mas não, o eleitor prefere ignorar, deixar pra lá, não mais procurar, pois, imagina que não adiante nada, não vai resolver nada e ainda vai enrolar.

Foram tantas as tentativas que a “casa do povo”, como um dia foi chamada a Câmara de Vereadores de Macapá, se transformou em uma espécie de endereço das ilusões perdidas, independentemente das esperanças que estão congeladas no seu coração.

Mesmo neste cenário mal assombrado, os representantes eleitos e dispondo do mandato não se tocam, não ligam para essa realidade, não procuram aproximação com o eleitor, mas desde o primeiro momento imagina o modelo de abordagem que vai adotar na próxima eleição que disputar.

Aqui e acolá, muito raramente, se descobre um ponto fora da curva e se dá de cara com uma ação política importante de um vereador na exploração de um problema até que encontre a solução. Mas como disse, isso é raro, muito raro! 

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