Rodolfo Juarez
O Fundo Especial de
Assistência Financeiras aos Partidos Políticos, conhecido como Fundo
Partidário, nestes primeiros anos de prestação de contas junto ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), 2019, 2020 e 2021, já mostra o rastro que os
“caciques” ou “donos” dos partidos políticos, sem qualquer respeito ao
contribuinte, estão deixando à mostra do contribuinte brasileiro.
De acordo com o TSE
os gastos totais do Fundo Partidário, apenas em 2021, foram superiores da R$
939 milhões. Para este ano os partidos políticos terão R$ 1,1 bilhão, sem
contar com os R$ 4,9 bilhões de reais previstos no Orçamento para o Fundo
Eleitoral.
O relato dos
diretórios nacionais dos 35 partidos políticos regularizados junto ao Tribunal
Superior Eleitora (TSE) informa que pelo menos R$ 280 milhões foram gastos para
sustentar as suas operações em 2021. Quase a totalidade desses recursos é de
dinheiro público que as legendas recebem por meio do Fundo Partidário.
Os balanços mostram
que parte deste dinheiro é transferido diretamente para os dirigentes das
legendas que recebem salários para exercer cargos como presidente, tesoureiro,
diretor ou mesmo pré-candidato.
As fundações,
ideologicamente ligadas às legendas são as que mais recebem os valores. Também
recebem valores do Fundo Partidário escritórios de advocacia, e empresas de
marketing e que ocupam as primeiras posições nas listas, muito embora nomes de
destaques nos partidos também estão identificados como recebendo polpudos
salários.
O PT, por exemplo,
mantém a Fundação Perseu Abramo que tem como presidente o ex-ministro Aloisio
Mercadante. A atuação da organização está direcionada para a formação política
no sentido de capacitar gestores públicos de esquerda. Entre 2019 e 2021 o PT
destinou à Fundação Perseu Abramo a importância de R$ 48,7 milhões para cobrir
despesas daquela fundação.
O Partido Social
Liberal (PSL) declarou que entre 2019 e 2021 gastou com o Instituto de Inovação
e Governança, presidido por Luciano Bivar, R$ 57,6 milhões.
A Fundação Ulisses
Guimarães é a que mais recebe verba do MDB. Presidida pelo ex-ministro do
governo Michel Temer, Wellington Moreira Franco, a fundação atua para fornecer
cursos para o desenvolvimento democrático do País e recebeu, desde 2019, R$
29,4 milhões do partido.
O PSDB mantém o
Instituo Teotônio Vileta e gastou desde 2019 a importância de R$ 29 milhões.
Entre os nomes
conhecidos temos o ex-presidente Lula que é funcionário do PT (Partido dos
Trabalhadores) que recebe R$ 22.000,00 de salários; Ciro Gomes recebe, também,
como funcionário do PDT, salário de R$ 21,300,00, mais que Carlos Lupi,
presidente do partido, que recebe R$ 19.200,00. O maior salário, entretanto, é
do presidente do PV, José Luis Penna, que recebeu, em 2021, R$ 319.400,00.
É assim que está sendo gasto o dinheiro do contribuinte que este ano viu reservado no Orçamento da União nada mais nada menos do que R$ 1,1 bilhão para ser gasto com o Fundo Partidário, e R$ 4,9 bilhões, com o Fundo Eleitoral. A soma destes dois valores supera o Orçamento Fiscal do Estado do Amapá para 2022.
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