Rodolfo Juarez
Outra vez todos nós
estamos assustados e somos assustados pelo coronavírus e suas variantes, cada
uma com nomes e sobrenomes que se tornam familiar, tantas vezes repetidas e
tantas vezes combatidas sem armas específicas e com muita fé.
O brasileiro, e o
amapaense especialmente, é crédulo nas forças da natureza e na força de Deus.
Não fosse isso provavelmente estaríamos em situação muito pior dado o momento
de grande preocupação de uns e nenhuma preocupação de outros, exatamente
aqueles que, mais rápido, vão para a fila das casas de saúde.
Essa situação por
ter sido resultado das aglomerações do Natal e do final do ano.
Há quem não creia
nisso, assim como há aqueles que não acreditam em Deus, na vacina, no contágio
do vírus e, em consequência, acreditam que podem tudo e que tudo não passa de
mais um modismo.
O fato é que as
casas de saúde pelo Brasil estão lotando, a cada dia, mais e mais, com os
afetados pelas variantes da Covid-19, vírus indesejados que chegam, se instalam
no corpo, produzem sofrimento para o afetado e para todos aqueles com os quais
convive.
Não há como
concordar com aqueles que não se cuidam, não há como aceitar posições que
prejudiquem a maioria. Todos precisamos encontrar uma forma de não contribuir
com a transmissão desse vírus que, até agora, ninguém tem certeza de onde veio,
como apareceu e porque é tão preocupante.
As mais diversas
elocubrações já foram ditas, detalhadas e concluídas, mas nenhuma delas pode
ser aceita como verdadeira tal a complexidade do assunto e a dificuldade para
se dispor de tempo para essa definição.
Aqui para o Amapá,
nestes tempos do período chuvoso, sempre nos preparávamos, isso faz tempo, para
enfrentar a forte gripe dos filhos, sempre com febre alta e a compreensão que
logo seria superada pela ação dos profissionais da saúde que tinha um histórico
para sustentar os seus receituários.
Hoje isso não tem
mais, ao ponto de não lembrarmos das típicas doenças da época como a gripe, a
dengue e tantas outras transmitidas por mosquitos e que se tornavam os motivos
da preocupação de pais e responsáveis.
O que tem é uma
grande incerteza, uma mistura explosiva da pandemia com a política, pouco
importando se, por causa disso, estão levando o país a aumentar o número de
mortos pela covid.
O que se vê na
cabeça e no coração de importantes figuras públicas é a canalização do assunto
pandemia para o resultado das urnas. Nem percebem eles que o povo observa,
avalia e vai responder bravamente no dia 2 de outubro, quando for (ou não for)
exercer o direito e a obrigação do voto.
Tenho a impressão
que algumas das autoridades públicas não estão mais com os olhos tão nervosos,
vendo no dinheiro público que vem (ou veio) para o combate aos efeitos da
pandemia, como uma possibilidade de exercer a corrupção ou mesmo resolver
outros assuntos que nada têm a ver com a pandemia.
Os efeitos sociais são avassaladores. As dificuldades econômicas são desastrosas. Salvar-se na “tempestade” malfazendo as suas obrigações é um tiro no pé.
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