Rodolfo Juarez
A seleção
brasileira, desde o planejamento da viagem para o Catar, sede da Copa do Mundo
de 2022, já apresentava pouco interesse pelos treinamentos entendendo que os
jogadores que atuavam na Europa, a maioria deles, vinha cansado pela disputa da
primeira fase da Champion Ligue.
Alegação logística
e procurando aumentar o grau de satisfação dos jogadores, a comissão técnica da
seleção escolheu Turim, uma grande cidade da Itália, para juntar os jogadores e
ali fazer o que chamou a primeira parte da preparação.
Os jogadores
provavelmente não entenderam nada, principalmente que se tratava do início da
preparação da etapa final para estrear na Copa.
E por que se diz
que os jogadores convocados para compor a seleção brasileira de futebol não
entenderam?
Foi a impressão que
ficou para os jogadores e membros da comissão técnica que compunham a delegação
uma vez que todos sabia se tratava de uma das fazes mais importantes da
preparação para a estreia em uma Copa do Mundo que poderia quebrar o jejum que
todos levavam na bagagem: o fardo de não participar de uma final de copa desde
2002.
Então, os jogadores
levaram os familiares para a Turim desviando o foco da Copa para turismo em
família e, depois de cinco dias seguidos, fazendo de conta que treinavam no
centro de treinamento da Juventus, a Velha Senhora, os jogadores ainda ganharam
folga na sexta-feira, antes da viagem para o Catar, liberando todos os
jogadores para dormirem fora da concentração, sendo que antes deveriam passar
em uma churrascaria brasileira de sucesso na cidade italiana.
A reapresentação
ficou marcada para sábado logo pela manhã para, em seguida, embarcarem em um
voo fretado para o Doha, no catar, com previsão e chegada 15 minutos depois das
17 horas, pelo horário de Brasília. Na quinta-feira a seleção brasileira
estrearia, contra a Sérvia, na Copa do Mundo.
Um técnico
demissionário, uma convocação derradeira contestada por grande parte da crônica
especializada, uma fase final de preparação que nada preparou e a preocupação
da emissora que detinha a exclusividade para transmitir a copa, preocupada em
justificar o que afirmou no momento da assinatura dos contratos de patrocínio,
deixou o torcedor desorientado e apenas com as meias verdades sobe a seleção.
Como ganhou os dois
primeiros jogos, apostou em uma prova usando os atletas reservas para jogar a
3.ª partida. O resultado de 1 X 0 para o adversário, a seleção de Camarões,
mostrou para todos que, pelo menos no banco, a seleção brasileira não tinha
solução para atender uma emergência.
Sabendo disso, o técnico
demissionário foi para o jogo eliminatório das oitavas de final, ganhou bem por
4 x 1 o time da Coreia do Sul. No jogo seguinte, pelas quartas de final, perdeu
para a Croácia nos pênaltis, depois de empatar em 1 x 1 no tempo normal.
O fracasso da seleção
deixou os brasileiros muito triste e, desta vez, não foi difícil encontrar o
responsável: o técnico.
O técnico,
demissionário desde muito, fez tudo errado, chegando inclusive a convocar um
jogador lesionado e outro que, há meses, não jogava.
Acabou sedo a copa
para os brasileiros, houve queda na audiência da emissora detentora da
exclusividade e, o pior, tristeza para o torcedor que já estava triste.
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