quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

O absurdo aumento de 36,08% na tarifa de energia elétrica no Amapá

Rodolfo Juarez

Pronto!

Você que imaginava que a situação da energia elétrica em todo o Estado do Amapá não pioraria, piorou!

Na terça-feira que passou, dia 13 de dezembro de 2022, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), durante a reunião pública ordinária da Diretoria da Agência, em Brasília, homologou e autorizou a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) a praticar novos preços para a tarifa de energia elétrica, a partir daquele mesmo dia 13 em diante.

E não foi um aumento que tenha qualquer relação com os índices inflacionários verificados em 2022, foi absurdamente maior, sendo fixado o valor médio do aumento em 36,08%. Imagine: trinta e seis virgula zero oito por cento (36,08%), indo de 33,29% para os consumidores de Baixa Tensão, até 44,87% para os consumidores de Alta Tensão.

Note-se que a luta dos dirigentes da Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA, quando ainda estava como uma autarquia que tinha o Estado do Amapá e os municípios de Macapá, Mazagão, Amapá, Calçoene e Oiapoque como sócios e, até mesmo quando CEA prestava serviço para a Eletrobrás, não conseguiram o aumento tarifário que não chegava a esse patamar.

Agora, privatizada, a Agência (ANEEL) pauta para a 47ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria exatamente o aumento tarifário que pode devolver a escuridão para muitos consumidores, caso não haja reversão desse aumento absurdo, completamente fora de propósito e, veja muito bem, a favor de uma empresa privada que pretende enriquecer às custas da pobreza da população amapaense.

O aumento da tarifa vai alcançar os mais de 212 mil consumidores que dependem do fornecimento da energia distribuída pela CEA, agora CEA Equatorial.

De forma estimativa e com parâmetros bem-comportados e utilizando o nada comportado aumento de 36,08% autorizado, o faturamento da CEA, a partir de janeiro (lembre-se que o aumento já está valendo desde o dia 13/12) deve crescer na “bagatela” de R$ 30,5 milhões por mês ou R$ 366 milhões por ano.

A situação é grave e precisa ser enfrentada pelas autoridades do Estado, inclusive os representantes (senadores e deputados federais) no Congresso Nacional e os deputados estaduais, eleitos este ano e que precisam, na qualidade de representantes do povo, em conjunto com os administradores-executivos do Estado, dar resposta para uma população que está assustada com o valor que projeta para as suas contas mensais de energia elétrica.

A mesma situação precisa ser enfrentada pelas organizações empresariais, pois, dessa forma, nenhum investidor vai atravessar o grande rio e chegar à margem esquerda para fincar os seus objetivos, gerando emprego e desenvolvendo essa parte do Brasil e, mesmo as já instaladas, mandarão parte dos seus lucros, que poderiam gerar mais empregos, para uma empresa que pagou R$ 50.000,00 pelo espólio da CEA Amapaense.

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