Rodolfo Juarez
Pronto!
Você que imaginava
que a situação da energia elétrica em todo o Estado do Amapá não pioraria,
piorou!
Na terça-feira que
passou, dia 13 de dezembro de 2022, a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), durante a reunião pública ordinária da Diretoria da Agência, em
Brasília, homologou e autorizou a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) a
praticar novos preços para a tarifa de energia elétrica, a partir daquele mesmo
dia 13 em diante.
E não foi um
aumento que tenha qualquer relação com os índices inflacionários verificados em
2022, foi absurdamente maior, sendo fixado o valor médio do aumento em 36,08%.
Imagine: trinta e seis virgula zero oito por cento (36,08%), indo de 33,29%
para os consumidores de Baixa Tensão, até 44,87% para os consumidores de Alta
Tensão.
Note-se que a luta
dos dirigentes da Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA, quando ainda estava
como uma autarquia que tinha o Estado do Amapá e os municípios de Macapá,
Mazagão, Amapá, Calçoene e Oiapoque como sócios e, até mesmo quando CEA
prestava serviço para a Eletrobrás, não conseguiram o aumento tarifário que não
chegava a esse patamar.
Agora, privatizada,
a Agência (ANEEL) pauta para a 47ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria
exatamente o aumento tarifário que pode devolver a escuridão para muitos
consumidores, caso não haja reversão desse aumento absurdo, completamente fora
de propósito e, veja muito bem, a favor de uma empresa privada que pretende
enriquecer às custas da pobreza da população amapaense.
O aumento da tarifa
vai alcançar os mais de 212 mil consumidores que dependem do fornecimento da
energia distribuída pela CEA, agora CEA Equatorial.
De forma estimativa
e com parâmetros bem-comportados e utilizando o nada comportado aumento de
36,08% autorizado, o faturamento da CEA, a partir de janeiro (lembre-se que o
aumento já está valendo desde o dia 13/12) deve crescer na “bagatela” de R$
30,5 milhões por mês ou R$ 366 milhões por ano.
A situação é grave
e precisa ser enfrentada pelas autoridades do Estado, inclusive os
representantes (senadores e deputados federais) no Congresso Nacional e os
deputados estaduais, eleitos este ano e que precisam, na qualidade de representantes
do povo, em conjunto com os administradores-executivos do Estado, dar resposta
para uma população que está assustada com o valor que projeta para as suas
contas mensais de energia elétrica.
A mesma situação
precisa ser enfrentada pelas organizações empresariais, pois, dessa forma,
nenhum investidor vai atravessar o grande rio e chegar à margem esquerda para
fincar os seus objetivos, gerando emprego e desenvolvendo essa parte do Brasil
e, mesmo as já instaladas, mandarão parte dos seus lucros, que poderiam gerar
mais empregos, para uma empresa que pagou R$ 50.000,00 pelo espólio da CEA
Amapaense.
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