Rodolfo Juarez
A população
amapaense, consumidora de energia elétrica, vem tendo sobressalto em cima de
sobressalto toda vez que recebe a fatura do consumo mensal de energia elétrica
em sua residência e/ou no prédio onde tem um pequeno comercio, ali localizado
recentemente ou de longa data.
Também, esta mesma
população, se assusta quando lá chega um agente, representante da
concessionária local de energia elétrica e levam o medidor, com a alegação de
que vão fazer uma inspeção no aparelho antigo e colocar um novo que, diga-se e
repita-se, é propriedade da concessionária e o consumidor nada tem a ver com o
equipamento.
Doutra vez, nas
casa onde tem o “olho grande” montado em vários postes levantados na Capital,
chegam, agentes da concessionária, alegando que aquele equipamento “não
presta”, “não mede corretamente o consumo” e ainda balança a cabeça afirmando
que precisa ser trocado. Em tempo, a instação, a troca e vistoria do
equipamento é de inteira responsabilidade da concessionário, uma vez que a ela
pertence e, quando venceu o leilão, assumiu essa responsabilidade.
Está ocorrendo
também que, na troca do equipamento, dizem que levam o medidor para laboratório
e, quando da verificação, sempre tem sobrado um “troco” para o consumidor
pagar. Ressalte-se: o consumidor não pediu para trocar, sempre pagou em dia a
fatura de consumo apresentada pela concessionária, não acompanhou ou foi
informado para acompanhar a aferição no órgão público competente.
Nesta caso a fatura
é apresentada e o modo “compreensivo” como o consumidor encarar esses assuntos
e entendendo que pode pagar, lá vai ele efetuar o pagamento. Conforme
“calculado” pela concessionária.
Quando não, os
anúncios de mutirões, tanto com cooperação do Judiciário, como, mais
recentemente, com a cooperação da advocacia pública, através da Defensoria
Pública do Estado, onde o consumidor reconhece a dívida, parcela e paga. E isso
aparece como um favor para o consumidor que paga duas vezes: uma para a
concessionária e outra para a Defensoria Pública, uma vez que a advocacia
pública já é paga por todos, inclusive o consumidor de energia através dos
tributos que recolhe em tudo o que compra ou vende.
Um porrete está sob
a cabeça dos consumidores. Em dezembro, a concessionária de distribuição de
energia local, está esperando a autorização da Agência Nacional de Energia
Elétrica – ANNEL, para aumento absurdo de mais de 40% na tarifa de energia.
Muitos não vão
aguentar. Considerar que, em
novembro de 2022, a proporção de beneficiários por trabalhador com carteira
assinado atingiu, pela 1ª vez, chegou aos 50%. Isso significa que, para cada 2
trabalhadores com carteira assinada, há uma família recebendo o auxílio do
governo. A taxa chegou ao recorde histórico em janeiro (51,5% de beneficiários
em relação aos empregados). Em fevereiro de 2023 (último dado disponível),
ficou em 51,1%.
No Amapá estes registros já chegam a 166,13%.
Estão registrados 76.690 trabalhadores com carteira assinada e 127.408 registrados
com benefício do Bolsa Família. Estes não aguentarão o sopapo da cobrança da
energia.
O programa Luz para Viver
Melhor, do Governo do Amapá, garante
energia elétrica por meio do abastecimento de combustível para geração de
energia em 152 comunidades rurais isoladas sem energia convencional.
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