quinta-feira, 23 de novembro de 2023

O preço da energia elétria no Amapá está expulsando a população.

Rodolfo Juarez

A população amapaense, consumidora de energia elétrica, vem tendo sobressalto em cima de sobressalto toda vez que recebe a fatura do consumo mensal de energia elétrica em sua residência e/ou no prédio onde tem um pequeno comercio, ali localizado recentemente ou de longa data.

Também, esta mesma população, se assusta quando lá chega um agente, representante da concessionária local de energia elétrica e levam o medidor, com a alegação de que vão fazer uma inspeção no aparelho antigo e colocar um novo que, diga-se e repita-se, é propriedade da concessionária e o consumidor nada tem a ver com o equipamento.

Doutra vez, nas casa onde tem o “olho grande” montado em vários postes levantados na Capital, chegam, agentes da concessionária, alegando que aquele equipamento “não presta”, “não mede corretamente o consumo” e ainda balança a cabeça afirmando que precisa ser trocado. Em tempo, a instação, a troca e vistoria do equipamento é de inteira responsabilidade da concessionário, uma vez que a ela pertence e, quando venceu o leilão, assumiu essa responsabilidade.

Está ocorrendo também que, na troca do equipamento, dizem que levam o medidor para laboratório e, quando da verificação, sempre tem sobrado um “troco” para o consumidor pagar. Ressalte-se: o consumidor não pediu para trocar, sempre pagou em dia a fatura de consumo apresentada pela concessionária, não acompanhou ou foi informado para acompanhar a aferição no órgão público competente.

Nesta caso a fatura é apresentada e o modo “compreensivo” como o consumidor encarar esses assuntos e entendendo que pode pagar, lá vai ele efetuar o pagamento. Conforme “calculado” pela concessionária.

Quando não, os anúncios de mutirões, tanto com cooperação do Judiciário, como, mais recentemente, com a cooperação da advocacia pública, através da Defensoria Pública do Estado, onde o consumidor reconhece a dívida, parcela e paga. E isso aparece como um favor para o consumidor que paga duas vezes: uma para a concessionária e outra para a Defensoria Pública, uma vez que a advocacia pública já é paga por todos, inclusive o consumidor de energia através dos tributos que recolhe em tudo o que compra ou vende.

Um porrete está sob a cabeça dos consumidores. Em dezembro, a concessionária de distribuição de energia local, está esperando a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANNEL, para aumento absurdo de mais de 40% na tarifa de energia.

Muitos não vão aguentar. Considerar que, em novembro de 2022, a proporção de beneficiários por trabalhador com carteira assinado atingiu, pela 1ª vez, chegou aos 50%. Isso significa que, para cada 2 trabalhadores com carteira assinada, há uma família recebendo o auxílio do governo. A taxa chegou ao recorde histórico em janeiro (51,5% de beneficiários em relação aos empregados). Em fevereiro de 2023 (último dado disponível), ficou em 51,1%.

No Amapá estes registros já chegam a 166,13%. Estão registrados 76.690 trabalhadores com carteira assinada e 127.408 registrados com benefício do Bolsa Família. Estes não aguentarão o sopapo da cobrança da energia.

O programa Luz para Viver Melhor, do Governo do Amapá, garante energia elétrica por meio do abastecimento de combustível para geração de energia em 152 comunidades rurais isoladas sem energia convencional.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário