quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

A liderança e o lider precisam estar na mesma pessoa

Rodolfo Juarez

Há mais de dois mil anos, as pessoas buscam inspiração no antigo clássico chinês, o Tao Te Ching. Escrito pelo venerável sábio Lao-tse, quando ele atravessou as fronteiras da civilização para adentrar ao que chamou de Paraiso Ocidental. Esse pequeno livro contendo 81 poemas, já foi mais traduzido que qualquer outro livro, com exceção da Bíblia.

Estas e outras reflexões estão no livro ‘O Tao da Liderança Pessoal’, a combinação da sabedoria do Tao Te Ching com lições de líderes bem-sucedidos e tem a autoria de Diana Dreher, com tradução de Roberto Raposo, do original The Tao of Personal Leadership, publicado inicialmente nos Estados Unidos. A publicação no Brasil é da Ediouro Publicações S.A., no Rio de Janeiro.

Os 81 poemas contidos no Tao The Ching tem servido de inspiração a líderes em campos diversos como filosofia, política, artes marciais, psicologia humanistas, entre outros campos igualmente importantes e atuais.

Hoje, teóricos e práticos, têm a certeza de que a liderança é uma necessidade em qualquer projeto, desde os mais simples aos mais complexos, tornando-a tão importante que, muitas vezes, torna-se indispensável.

As características de um bom líder, entretanto, são comuns a todas às necessidades na liderança e demostram que o líder precisa de competências e habilidades daqueles que ocupam - ou pretendem ocupar -, cargos de liderança, como coragem, entusiasmos, equilíbrio, flexibilidade, gratidão, habilidade para se comunicar, humildade, inteligência emocional, legitimidade, proatividade, sabedoria, união, visão e simplicidade, tudo juntado na personalidade firme e com propósito de boa-fé.

Tudo isso implica em sonhar e acreditar, sem deixar de contaminar os colaboradores em torno disso.

Um bom líder se impõe mediante exemplos e trabalho duro, com atitudes que o tornam um bom líder como: assumir responsabilidades, melhorar o ambiente organizacional, liderar pelo exemplo, reconhecer erros e méritos, oferecer feedbacks, respeitar limites, acreditar no trabalho coletivo, tomar decisões e agir com transparência gerando confiança.

Quaisquer desses predicados são indispensáveis e precisam ser exercitados a cada tomada de decisão, a cada definição de metas, a cada responsabilização para colaboradores de um mesmo projeto, seja com relação à uma orientação ou o comando de uma País, de um Estado da Federação, de um Município de um Estado, de uma grande ou de uma pequena empresa.

Um projeto, por exemplo, que se sustenta em gerir interesses de terceiros, como é o caso de, no Brasil, do presidente da República, de um governador de Estado ou de um prefeito de um município com milhões de habitantes ou com poucos residentes, precisa de um lider.

Nessa seara, a do governança pública, quando o gestor escolhido pelo povo não gere, satisfatoriamente, os interesses do contribuinte, o líder precisa de outros predicados, como o da boa escolha dos colaboradores e ser lider dos líderes convidados.

Atualmente, devido às necessidades alegadas de composição, a escolha, que não é feita direta pelo gestor pode, em pouco tempo, se revelar problemática e desalinho com a expectativa do lider. Nesse ambiente, as falhas na escolha têm se mostrado como empecilho decisivo para o fortalecimento da liderança.

Rever os pontos de vista, reavaliar procedimentos, refazer a escolha tem se tornando uma constante necessidade, decepcionando o lider ou mostrando, claramente, os erros.

Mas o lider também pode mudar de comportamento principalmente quando os projetos atuais estão prejudicando os projetos futuros. Se não pensar assim, está perdido e sua carreira de lider, interrompida precocemente.  

 

 

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