quinta-feira, 6 de março de 2025

O ano só começa depois do Carnaval!

Rodolfo Juarez

Mais um carnaval se foi deixando estórias para serem comentadas e, até, confirmadas, dados os seus inacreditáveis motivos, sejam ligados ao próprio Carnaval, seja por nada ter a ver com a folia.

Mesmo assim, o dito popular de que “o ano só começa depois do Carnaval”, está sendo confirmado. Por ser o dito popular uma frase curta que transmite conhecimento e experiências sobre a vida, passando de geração em geração, é importante destaca-lo.

Estes primeiros 25 anos do século XXI, no Brasil e, especialmente no Amapá, tem sido assim. Todos esperam o Carnaval passar para, então, começar a desenvolver os seus projetos, estratégicos ou não, imaginados para todo o ano. Foram mais dois meses de espera pelo começo do ano produtivo, administrativo, fiscalizador, cobrador e tantas outras coisas. Precisamente 68 dias se passaram com as pessoas voltadas muito mais para as celebrações e festas do que para o trabalho.

Está certo que neste período de 68 dias de espera tivemos como polo dias como: o Dia da Confraternização Universal, nove sábados, nove domingos, uma terça-feira gorda para, afinal, chegar a quinta esperada, dia 6 de março, ontem, depois de passados 18,6% do ano de 2025.

Durante estes 18,6% do tempo do ano de 2025, estiveram em função por aqui artistas nacionais, regionais e locais, com as despesas pagas com dinheiro dos tributos cobrados da população, a Justiça parou por um período e com ela os advogados, os promotores, os defensores, entre outros. O governador viajou para Brasília e outras capitais brasileiras e para o exterior, houve férias gerais nos parlamentos. O presidente da república e seus ministros falaram coisas que vivaram memes e viralizaram na internet e, até, uma barreira teria caído e poluído importantes rios do Amapá.

Mas finalmente chegamos à confirmação do dito popular e ao esperado começo produtivo do ano de 2025. Agora sai, por exemplo, o Orçamento Público que os brasileiros esperam.

Agora é “mão na massa”, “arregaçando as mangas” sabendo que “para um bom entendedor, meia palavra basta” e que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.

Podemos esperar, desde agora, então, “cada macaco no seu galho”, pois não dá mais para alegar que “a pressa é inimiga da perfeição”, afinal de contas “águas passadas não movem moinho” e reconhecendo que “cão que ladra não morde”.

Por outro lado e querendo avançar, sei que “gato escaldado tem medo de água fria” e que “cavalo dado não se olha os dentes”, ainda não vale a pena ser daqueles que “antes só do que mal acompanhado”. Nestes tempos de grandes mudanças de uma geração para outra, sei que o “pior cego é aquele que não quer ver”.

Os tempos estão em mudanças rápidas e completas, valendo o dito popular que carimba “quem semeia vento, colhe tempestade”, que “pimenta nos olhos dos outros é refresco” e, por isso, é preciso dar “a Cesar o que é de César, a Deus o que é de Deus”, mas, sabendo que “as aparências enganam”.

As nossa convicções, algumas delas bastante atacadas, estão sustentadas no dito de que “as aparências enganam” e a “voz do povo é a vós de Deus”.

No Amapá um dos ditos mais repetidos é aquele que propõe: “em terra de cego, quem tem um olho é rei” mesmo acreditando nas máximas de que “quem cala consente”, “santo de casa não faz milagre” e de que “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.

Por fim, sei que “não adianta chorar sobre o leite derramado”.

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