Rodolfo Juarez
Mais um
carnaval se foi deixando estórias para serem comentadas e, até, confirmadas,
dados os seus inacreditáveis motivos, sejam ligados ao próprio Carnaval, seja
por nada ter a ver com a folia.
Mesmo assim,
o dito popular de que “o ano só começa depois do Carnaval”, está sendo
confirmado. Por ser o dito popular uma frase curta que transmite conhecimento e
experiências sobre a vida, passando de geração em geração, é importante
destaca-lo.
Estes
primeiros 25 anos do século XXI, no Brasil e, especialmente no Amapá, tem sido
assim. Todos esperam o Carnaval passar para, então, começar a desenvolver os
seus projetos, estratégicos ou não, imaginados para todo o ano. Foram mais dois
meses de espera pelo começo do ano produtivo, administrativo, fiscalizador,
cobrador e tantas outras coisas. Precisamente 68 dias se passaram com as
pessoas voltadas muito mais para as celebrações e festas do que para o
trabalho.
Está certo
que neste período de 68 dias de espera tivemos como polo dias como: o Dia da
Confraternização Universal, nove sábados, nove domingos, uma terça-feira gorda
para, afinal, chegar a quinta esperada, dia 6 de março, ontem, depois de
passados 18,6% do ano de 2025.
Durante
estes 18,6% do tempo do ano de 2025, estiveram em função por aqui artistas
nacionais, regionais e locais, com as despesas pagas com dinheiro dos tributos
cobrados da população, a Justiça parou por um período e com ela os advogados,
os promotores, os defensores, entre outros. O governador viajou para Brasília e
outras capitais brasileiras e para o exterior, houve férias gerais nos
parlamentos. O presidente da república e seus ministros falaram coisas que
vivaram memes e viralizaram na internet e, até, uma barreira teria caído e
poluído importantes rios do Amapá.
Mas
finalmente chegamos à confirmação do dito popular e ao esperado começo
produtivo do ano de 2025. Agora sai, por exemplo, o Orçamento Público que os
brasileiros esperam.
Agora é “mão
na massa”, “arregaçando as mangas” sabendo que “para um bom entendedor, meia
palavra basta” e que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Podemos
esperar, desde agora, então, “cada macaco no seu galho”, pois não dá mais para
alegar que “a pressa é inimiga da perfeição”, afinal de contas “águas passadas
não movem moinho” e reconhecendo que “cão que ladra não morde”.
Por outro
lado e querendo avançar, sei que “gato escaldado tem medo de água fria” e que
“cavalo dado não se olha os dentes”, ainda não vale a pena ser daqueles que
“antes só do que mal acompanhado”. Nestes tempos de grandes mudanças de uma
geração para outra, sei que o “pior cego é aquele que não quer ver”.
Os tempos
estão em mudanças rápidas e completas, valendo o dito popular que carimba “quem
semeia vento, colhe tempestade”, que “pimenta nos olhos dos outros é refresco”
e, por isso, é preciso dar “a Cesar o que é de César, a Deus o que é de Deus”,
mas, sabendo que “as aparências enganam”.
As nossa
convicções, algumas delas bastante atacadas, estão sustentadas no dito de que
“as aparências enganam” e a “voz do povo é a vós de Deus”.
No Amapá um
dos ditos mais repetidos é aquele que propõe: “em terra de cego, quem tem um
olho é rei” mesmo acreditando nas máximas de que “quem cala consente”, “santo
de casa não faz milagre” e de que “mais vale um pássaro na mão do que dois
voando”.
Por fim, sei
que “não adianta chorar sobre o leite derramado”.
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