Rodolfo Juarez
Na próxima quinta-feira, dia 24 de
julho de 2025, a mais tradicional entidade empresarial do atual Estado do
Amapá, a Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIA, completa 80 anos de
fundação. Durante todo esse tempo tem participado ativa e decisivamente na vida
econômica e social dos empreendedores e da população local.
Com o prédio sede localizado no
centro administrativo da capital do Amapá, a ACIA tem mostrado que o
desenvolvimento do comércio, da indústria, do serviço e da agropecuária têm
suas propostas melhoradas, analisadas, debatidas e definidas na entidade em
discussões multilaterais, modelo que já exportou para outros municípios
amapaense como Santana, Laranjal do Jari, Ferreira Gomes, Oiapoque e os demais,
formado o embrião necessário para a criação da Federação das Associações
Comerciais e Industriais do Estado do Amapá.
Estampa, como lema, desde 1995, o
pensamento atribuído à Seneca e endossado pelo Jurista Ruy Barbosa, que pode
ser lido no salão nobre de sua sede, e muitos dos escritórios dos associados,
fixando o lema na mente dos empreendedores, dos colaboradores e dos clientes.
A frase “quem não luta por seus
direitos não é digna de tê-los”, se tornou impactante e passou a ser referida
nos momento das reuniões ordinárias da Diretoria da ACIA, dos membros dos
conselhos Superior e Fiscal, bem como dos associados.
A ACIA, desde então, se tornou o
local de debate para tomada de decisão de meios oficiais que viesse no
resultado da arrecadação tributária do Amapá, além de se tornar passagem
obrigatória dos candidatos aos cargos eletivos a serem definidos nas eleições
nacionais, regionais ou municipais, desde quando, em 1985, foi realizada a
primeira eleição para prefeito de Macapá.
Foi comum, por bastante tempo, nos
momentos de avaliação e reflexão de comportamento mutante da sociedade a frase
famosa de Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a
injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem
chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser
honesto”.
Os pioneiros responsáveis pela
fundação e manutenção da Associação Comercial e Industrial do Amapá - ACIA,
como os irmãos Houat, os irmãos Zagury, os empresários Izaac Menaem Alcolumbre,
José Evangelista Pereira, Bernardino Sena, Rugatto Boettger, a Icomi –
Indústria e Comércio de Minérios do Amapá, entre outros, prestaram e
continuaram prestando grande serviço desde a fundação da ACIA no que podemos
chamar de 1.º ciclo do desenvolvimento da organização.
O 2.º ciclo veio com as
eleições das diretorias que tinham como presidentes, respetivamente: Juracy da
Silva Freitas (1979 e 1980), Rugatto Boettger (1981 e 1982) e Abdallah Houat
(1983 e 1984).
O 3.º ciclo da administração
da ACIA veio com Rodolfo Juarez que por dois mandatos, assumiu a Presidência da
ACIA (1985 e 1986; e 1987 e 1988). Foi durante o segundo mandato de Rodolfo
Juarez, com a publicação da Constituição Federal de 1988, que trouxe, no artigo
14 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, a transformação do
Território Federal do Amapá em Estado do Amapá e, no parágrafo primeiro do
mesmo artigo, mandava que a instalação do novo Estado se daria com a posse do
governador eleito em 1990.
O 3.º ciclo continuou com os
presidentes da Diretoria na seguinte sequência: Pierre Alcolumbre (1989 e
1990), Tarcísio Barbosa de Lima (1991 e 1992), Waldir do Nascimento Carrera
(1993 a 1994) e Jaime Domingues Nunes (1995 e 1996).
Jaime Nunes, com seu tino
administrativo e disposição social, implementou a reforma que atualizou os
estatutos da associação, fazendo-o aprovado em Assembleia Geral Extraordinária,
no dia 7 de outubro de 1996. Além disso fez aprovar o Regulamento Geral das
Eleições da ACIA, o Regulamento para Concessão de Títulos e Comendas e o
Regulamento das Penas.
O 4.º Ciclo, ah este ciclo,
será objeto de outro artigo a ser publicado, aqui mesmo, em data a ser
definida.

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