quinta-feira, 31 de julho de 2025

Importantes programas de saúde pública para a população permanecem fora do Amapá

Artigo

Importantes programas de saúde da população permanecem fora do Amapá

Rodolfo Juarez

Hoje pela manhã, está programada uma coleta de sangue, das minhas veias, para a soroteca, exigência que, na qualidade de paciente renal crônico, preciso atender para continue na fila de transplante de rim, aqui no Hospital Ophir Loyola, do governo do Estado do Pará, em Belém.

Como já declinei outras vezes, faço hemodiálise na Clínica Uninefro, contratada pelo Governo do Amapá, com interveniência do SUS, para atender a demanda crescente de pacientes renais crônicos residentes em Macapá, ou que vêm para a capital e deixam seus afazeres e suas famílias e amigos, para garantir mais algum tempo de vida.

Um levantamento expedido, concluiu que em Macapá e Santana, nas 110 máquinas de hemodiálise instaladas no Hospital de Clínicas Alberto Lima, no Hospital Estadual de Santana, no Hospital São Camilo e São Luis e na Clínica Uninefro, mais de 500 pacientes renais crônicos, fazem hemodiálise continuamente 3 vezes por semana 4 horas por vez.

Como dito a demanda é crescente!

A Estado do Amapá é o único estado brasileiro que não contem dois programas importantíssimo para aqueles que são acometidos de doença renal: o Programa de Prevenção das Doença dos Rins e o Programa de Transplante de Órgãos, preferindo o Programa de Tratamento Fora de Domicílio – PTFD.

O programa de doação de órgãos é um programa que permite a retirada de órgãos e tecidos de pessoas falecidas ou vivas para serem transplantados em pacientes que precisam de um novo órgão para sobreviver ou melhorar sua qualidade de vida. 

No Brasil, o programa é coordenado pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e envolve um processo que inclui identificação de doadores, avaliação médica, retirada dos órgãos e tecidos, e transplante para os receptores. 

A doação de órgãos pode ocorrer tanto em vida (como rim, parte do fígado etc.) quanto após o falecimento, geralmente após a confirmação de morte encefálica ou parada cardiorrespiratória. No caso de doador falecido, a doação só ocorre após a autorização da família. 

A retirada dos órgãos e tecidos é realizada por equipes médicas treinadas e habilitadas pelo Sistema Nacional de Transplantes. Os órgãos são distribuídos para pacientes que estão inscritos em listas de espera, seguindo critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e priorizando casos mais graves. O transplante é realizado nos centros transplantadores, onde a equipe médica fará a cirurgia para implantar o órgão no paciente receptor. 

O programa de doação de órgãos é fundamental para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas que dependem de um transplante. O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos do mundo, sendo referência internacional em transplantes. 

No entanto, a demanda por órgãos ainda é muito alta e a conscientização sobre a importância da doação é essencial para aumentar o número de doadores e reduzir o tempo de espera dos pacientes. 

Para se tornar um doador não é necessário registrar a intenção de doar órgãos em cartório ou em documentos, mas é fundamental conversar com a família sobre sua vontade de ser um doador após a morte. A família é quem autoriza a doação, e o diálogo aberto sobre o assunto é essencial para que a vontade do doador seja respeitada.

O sistema de saúde do Estado do Amapá ainda não despertou e parece não querer despertar para o assunto. Enquanto isso, os que aqui moram, têm que sair daqui para, em outro estado, procurar tudo o que lá tem e aqui não tem, com relação ao transplante de órgãos.  

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