Artigo
Importantes
programas de saúde da população permanecem fora do Amapá
Rodolfo
Juarez
Hoje pela manhã,
está programada uma coleta de sangue, das minhas veias, para a soroteca,
exigência que, na qualidade de paciente renal crônico, preciso atender para
continue na fila de transplante de rim, aqui no Hospital Ophir Loyola, do
governo do Estado do Pará, em Belém.
Como já declinei
outras vezes, faço hemodiálise na Clínica Uninefro, contratada pelo Governo do
Amapá, com interveniência do SUS, para atender a demanda crescente de pacientes
renais crônicos residentes em Macapá, ou que vêm para a capital e deixam seus
afazeres e suas famílias e amigos, para garantir mais algum tempo de vida.
Um levantamento
expedido, concluiu que em Macapá e Santana, nas 110 máquinas de hemodiálise
instaladas no Hospital de Clínicas Alberto Lima, no Hospital Estadual de
Santana, no Hospital São Camilo e São Luis e na Clínica Uninefro, mais de 500
pacientes renais crônicos, fazem hemodiálise continuamente 3 vezes por semana 4
horas por vez.
Como dito a demanda
é crescente!
A Estado do Amapá é
o único estado brasileiro que não contem dois programas importantíssimo para
aqueles que são acometidos de doença renal: o Programa de Prevenção das Doença
dos Rins e o Programa de Transplante de Órgãos, preferindo o Programa de Tratamento
Fora de Domicílio – PTFD.
O programa de
doação de órgãos é um programa que permite a retirada de órgãos e tecidos
de pessoas falecidas ou vivas para serem transplantados em pacientes que
precisam de um novo órgão para sobreviver ou melhorar sua qualidade de
vida.
No Brasil, o
programa é coordenado pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério
da Saúde e envolve um processo que inclui identificação de doadores, avaliação
médica, retirada dos órgãos e tecidos, e transplante para os receptores.
A
doação de órgãos pode ocorrer tanto em vida (como rim, parte do fígado etc.)
quanto após o falecimento, geralmente após a confirmação de morte encefálica ou
parada cardiorrespiratória. No caso de doador falecido, a doação só ocorre
após a autorização da família.
A
retirada dos órgãos e tecidos é realizada por equipes médicas treinadas e
habilitadas pelo Sistema Nacional de Transplantes.
Os órgãos são distribuídos para pacientes que
estão inscritos em listas de espera, seguindo critérios estabelecidos pelo
Ministério da Saúde e priorizando casos mais graves. O transplante é
realizado nos centros transplantadores, onde a equipe médica fará a cirurgia
para implantar o órgão no paciente receptor.
O programa de
doação de órgãos é fundamental para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida
das pessoas que dependem de um transplante. O Brasil possui o maior
programa público de transplante de órgãos do mundo, sendo referência
internacional em transplantes.
No entanto, a
demanda por órgãos ainda é muito alta e a conscientização sobre a importância
da doação é essencial para aumentar o número de doadores e reduzir o tempo de
espera dos pacientes.
Para se tornar um
doador não é necessário registrar a intenção de doar órgãos em cartório ou em
documentos, mas é fundamental conversar com a família sobre sua vontade de ser
um doador após a morte. A família é quem autoriza a doação, e o diálogo
aberto sobre o assunto é essencial para que a vontade do doador seja
respeitada.
O sistema de saúde do Estado do Amapá ainda não despertou e parece não querer despertar para o assunto. Enquanto isso, os que aqui moram, têm que sair daqui para, em outro estado, procurar tudo o que lá tem e aqui não tem, com relação ao transplante de órgãos.
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