Muito
longe, mas muito longe mesmo, de ser um instrumento para o desenvolvimento do
Estado, a Projeto de Lei do Orçamento (Nº 021/2014) de autoria do Executivo,
que será transformado na Lei do Orçamento Anual de 2015, é um monstrengo quando
se procura coerência com as necessidades que são apresentadas, todos os dias,
pela população.
Na peça
não há qualquer indicativo de que haverá melhoria na aplicação da receita anual
prevista, decorrente dos tributos que são pagos pelo contribuinte brasileiro e
que serve para abastecer os programas de políticas públicas do Governo do
Estado.
Obediente
ao princípio da legalidade deixa todos os outros princípios da Administração
sem quaisquer perspectivas de serem seguidos ou visualizados durante o processo
de execução da Lei do Orçamento 2015.
Impessoalidade,
Publicidade, Moralidade e Eficiência ficam longe e algumas dessas quatro vigas
mestras da Administração jamais serão alcançadas, não porque os executores
queiram assim, mas sim, porque não serão dados os elementos necessários nem
para os executores e nem para os que previnem os prejuízos ou contribuem para o
gasto dos recursos públicos com eficiência.
Ao
longo do tempo o orçamento público do estado se tornou a principal peça para
aqueles que cuidam dos gastos públicos e, depois, terem que explicarem as bases
do desenvolvimento local.
Carente
de outra peça técnica ou política para orientar o desenvolvimento do Estado, o
orçamento é uma espécie de muleta que tem deixado em pé a estrutura
administrativa estadual, sempre dependente das ordens do governador.
Como só
tem o orçamento como guia os governantes têm imensas dificuldades para avaliar
o resultado do que estão empenhados em fazer, independentemente do esforço
pessoal ou da política de governo que seja usada na administração.
Como
está todos perdem!
O
governante por estar executando um plano mal feito e a população que não
consegue ver as suas necessidades atuais atendidas. Os resultados são os
desastres que são apurados ao final de cada exercício ou ao final de cada mandato.
Se está
definido que o Orçamento Anual do Estado será a única “bússola” para orientar
os executores das políticas pública, então vamos reavaliar essa peça,
atualizá-la, pois nem tudo o que deu certo há 20 anos continuará dando certo
até agora.
A proposta
orçamentária para 2015, objeto do Projeto 021/2014, que está com os deputados
estaduais para ser analisado e votado, não é um proposta proativa, é uma
proposta viciada, com erros grosseiros e completamente desequilibrada,
orientando mal os executores e que deixará a população, ao final de 2015, mais
descontente e mais carente.
Tentar
disfarçar os erros depois do erro consumado, se valendo de ações dentro do
próprio orçamento, mudando o nome, ou seja lá o que for, é mais perda de tempo
e falta de coragem para enfrentar a realidade.
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