PULANDO FORA DO BARCO
Rodolfo Juarez
Está
complicado, mais do que era para estar, o final do governo do governador
Camilo. São muitas as reclamações e poucas as informações sobre soluções para
problemas que corroem a base do governo e que são considerados como se fosse um
vento mais forte, externo, batendo na estrutura administrativa do Estado.
Assim
como no dia da posse, apenas o governador e o vice-governador tomam posse, no
dia da saída, apenas o governador e o vice-governador saem.
Seria
importante para o presente e para o futuro que a saída fosse pela porta da
frente, com agradecimento do povo, sem a presença dos lambe-botas que, se
acostumaram a enganar o governador que, ao que tudo indica, gostou e deixou-se
enganar por todos.
O Amapá
não é um feudo de quem quer que seja e muito menos terra de ninguém aonde as
pessoas chegam, se apossam e aqui ficam, mesmo que não tenham prestado um bom
serviço.
Reconhecer
que o tempo é próprio para aqueles que sempre quiseram dizer alguma coisa e
temiam a reação. Agora sabem que a reação é impossível e começam a esgoelar-se,
como se fosse assim todos os dias ou todos os tempos.
Isso,
entretanto, prejudica toda a avaliação do dirigente que será retratado por
adversários e vaiado também por esses adversários, sem qualquer proteção ou
direito de explicação.
Apesar
de se saber de tudo isso, os problemas têm mostrado que a situação ainda pode
ser mais difícil do que aquela imaginada.
Não dá
para saber se o próprio governador que sai tinha avaliado tudo isso, levantado
as possibilidades que agora lhe estão sendo posta no colo e na sua conta, sem a
preocupação com o tamanho e a resistência do colo ou a capacidade de absorver
todas as contas que lhes são cobradas.
Seria
uma ilusão imaginar que os problemas criados agora seriam ruins para o
governador que entra. Muito ao contrário. É melhor para ele que vê aumentado o
leque de desculpas e de salvador da pátria. O primeiro empurra o governador que
sai para a floresta dos esquecidos e a segunda tem como reflexo o aparecimento
do salvador da pátria que, por mais que diga que não quer esse título, será
nele colocado quer queira quer não queira.
O que
era chamado de equipe de governo já se percebe destroçada, cada qual procurando
o que lhe parece melhor, mais adequado pessoalmente, com pouco interesse no que
vai acontecer no Estado de nos todos.
Alguns
até, estão pulando fora do barco!
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