sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Os laranjas podres

Rodolfo Juarez
Volto a tratar do assunto da transição de governo. Entendo que deixar como está é arriscar demais a gestão que vai começar.
É muito simples a visão: com informações incorretas ou incompletas, os planos e programas da administração que começa no dia primeiro de janeiro de 2015, podem vir contaminados por vícios insanáveis.
Vícios que servirão de argumento para desculpas, atrasos e falta de eficácia nas ações, prejudicando não só a administração que entra, mas e principalmente, a população que está esperando para ver o comportamento do novo governo.
Até agora as informações que chegam àqueles que se dizem membros da equipe de transição governamental são adquiridas por vias escusas, utilizando maus funcionários, que insistem na tese de que os fins justificam os meios.
Nada disso!
É preciso, necessário e oportuno que esta etapa seja vencida, se deixe de lado os falsos ajudantes, aqueles que entregam os seus atuais chefes em troca da esperança de continuar nos cargos que ocupam ou melhorar com a justificativa da colaboração.
Uma espécie de delação premiada administrativa esquecendo os delatores que, nesse caso, o que merecem é punição e não prêmio. Além do procedimento abominável, esses maus funcionários e maus colaboradores, se ouvidos ou considerados, serão a laranja podre do cesto.
Não há justificativa.
O governador que sai vai ter que entregar o governo, queira ou não, e o governador que entra, vai receber o governo caso queira. Não pode, nesse recebimento, deixar que comportamentos de pessoas sem princípios, contamine o processo e prejudique a população.
A transição não pode ser uma espécie de vingança.
O que foi dito, foi dito. O que não foi feito, não foi feito. A população elegeu um novo governador para fazer e não para reclamar deste ou daquele que não fez por que não quis ou não fez porque não teve auxiliares competentes para fazer.

Nesse momento não dá para acreditar em tudo que recebe o carimbo de oficial. Pode ser que um desses documentos carimbados seja apenas uma informação contaminada pelo ódio ou mesmo pela incapacidade gerencial ou necessidade de manter o seu próprio salário com o dinheiro público.

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