sábado, 22 de novembro de 2014

Sem limites para dificultar

Rodolfo Juarez
Tenho a impressão que o tempo passa, as questões principais mudam, mas os  políticos continuam com a mesma tática: prejudicar o adversário o máximo que puder.
Veja o que está ocorrendo com relação à transição de governo. De um lado os que estão precisando das informações oficiais e corretas, reclamam de que elas não estão chegando; do outro lado, aqueles que teriam que fornecer essas informações, dizem onde elas estão e que basta chegar lá e acessá-las.
Pode até que os que estão chegando estejam exagerando. Agora, os que estão saindo, não estão facilitando nada, como se o governo do Estado fosse uma questão particular ou objeto de estrema vingança, sob a alegação de que, há quatro anos, foi assim mesmo.
É preciso os agentes públicos, tanto os escolhidos pelo povo, como aqueles escolhidos por aqueles que o povo escolheu, entendam que a informação deve ser oferecida de tal forma que possa ser compreendida pelo outro e não da forma que possa prejudicar o entendimento desse outro.
Fica uma brincadeira de esconde-esconde, onde os documentos mais importantes terão que ser achados pela parte da equipe de transição indicada pelo governador que entra, pois a parte da equipe de transição, indicada pelo governador que sai, dá a impressão que está disposta a dificultar tudo.
Aliás, isso é equipe?
Enquanto isso os prestadores de serviço não recebem, os próprios serviços públicos que já não são bons pioram e a população, começo e fim de tudo, fica desconsiderada e, de certa forma, abandonada e já entregue ao governador que entra.
Enquanto não houver um caminho claro a ser seguido, que seja conhecido por todos, claro que não dá para dizer nada, pois, afinal de contas, as pessoas, todas elas, precisam dessa mínima orientação.
Há de ser firmado um protocolo (enquanto não tiver clara a regra) entre as equipes que entram e as equipes que saem, de realizarem uma transição continuada, para que a população não sinta as consequências dos problemas que os governos enfrentam no início dos mandatos.
É uma pena!
Esta compreensão não é uma alternativa das pessoas que estão para cumprir a incumbência é uma obrigação de todos aqueles que fazem os governos, tanto o que entra como o que sai.

Não há transição efetiva e eficiente se não for realizada com boa vontade, responsabilidade e espírito público. Como também não há transição quando os assuntos de governo relativos à mudança vêm por ordem judicial. Isto é usurpação ou trabalho forçado. 

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