Rodolfo Juarez
A
proposta que o Governador Waldez Góes fez aos prefeitos dos 16 municípios do
Estado é, no mínimo, tentadora e corresponde ao eixo sócio e desenvolvimentista
que o governo estadual está buscando nas linhas para cuidar das pessoas e das
cidades.
Não há
lógica quando se raciocina melhoria na qualidade de vida do cidadão, more o
cidadão onde morar, sem imaginar que muito dessa qualidade depende do lugar em
que habita, ou seja, das cidades e vilas onde vive.
Os
municípios são reconhecidamente, os entes federativos com menor poder
financeiro e tendo a responsabilidade de oferecer ao cidadão desde o local para
morar, mas tudo o que lhe permita viver: desde o supermercado à escola; desde as
casas de saúde aos postos policiais, entre tantas obrigações.
As
prefeituras municipais, desaparelhadas em consequência da carência financeira
dos municípios se arrastam, procurando fazer o que pode e esse “que pode” fica
cada vez mais distante do desejado. O possível se distancia a cada ano do necessário,
transformando as prefeituras em caixa de reclamação, os municípios em locais de
depósitos e a população em viventes maltratados, mal cuidados e às vezes, sem
perspectiva de melhoria ou desistindo de melhorar.
Havendo
compreensão dos agentes públicos que atuam no governo e dos agentes públicos
que atuam nas prefeituras municipais é possível aproveitar essa proposta, mas
também, é necessário que as vantagens de uns em relação aos outros fiquem
estacionadas em lugares distantes de onde se realizam as ações que interessam à
população.
Uma
proposta como essa não pode ficar no discurso tão somente. Ela é demais
importante para não ser pelo menos testada, aprimorada e, quem sabe, vire um
programa de governo com o ingresso dos outros agentes que dizem ter o mesmo
interesse e que respondem pela União Federal, seja através dos representantes
nos parlamentos, seja através dos órgãos que completam a Administração
Estadual, aqui mesmo no Estado.
Já
passou da hora do Ministério Público, por exemplo, fiscalizar apenas a
aplicação da lei. Se pretende ser agente proativo, tem que agir
preventivamente, contribuindo para que as administrações fluam e não parando-as
através da utilização de prerrogativas que não se ajustam à aqueles que têm a
responsabilidade de tratar bem das pessoas.
Assim
os outros órgãos administrativos do Estado devem agir. Tribunal de Justiça,
Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa.
É
preciso dar uma vez para o patrão, o povo, que cada vez mais fica distante das
audiências que lhes interessa e que precisa colocar o seu ponto de vista. Essa
história de mostrar que é o bom da boca, honesto e que atua no estrito caminho
definido pelas regras, mostra-se ineficiente, desatualizado e prejudicador dos
interesses da população.
A
proposta do governo é boa.
Cabe
agora desenvolvê-la, organizando-a e transformando-a em um plano de
desenvolvimento que, quem sabe, pode ser a sustentação de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário