quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A proposta é boa.

Rodolfo Juarez
A proposta que o Governador Waldez Góes fez aos prefeitos dos 16 municípios do Estado é, no mínimo, tentadora e corresponde ao eixo sócio e desenvolvimentista que o governo estadual está buscando nas linhas para cuidar das pessoas e das cidades.
Não há lógica quando se raciocina melhoria na qualidade de vida do cidadão, more o cidadão onde morar, sem imaginar que muito dessa qualidade depende do lugar em que habita, ou seja, das cidades e vilas onde vive.
Os municípios são reconhecidamente, os entes federativos com menor poder financeiro e tendo a responsabilidade de oferecer ao cidadão desde o local para morar, mas tudo o que lhe permita viver: desde o supermercado à escola; desde as casas de saúde aos postos policiais, entre tantas obrigações.
As prefeituras municipais, desaparelhadas em consequência da carência financeira dos municípios se arrastam, procurando fazer o que pode e esse “que pode” fica cada vez mais distante do desejado. O possível se distancia a cada ano do necessário, transformando as prefeituras em caixa de reclamação, os municípios em locais de depósitos e a população em viventes maltratados, mal cuidados e às vezes, sem perspectiva de melhoria ou desistindo de melhorar.
Havendo compreensão dos agentes públicos que atuam no governo e dos agentes públicos que atuam nas prefeituras municipais é possível aproveitar essa proposta, mas também, é necessário que as vantagens de uns em relação aos outros fiquem estacionadas em lugares distantes de onde se realizam as ações que interessam à população.
Uma proposta como essa não pode ficar no discurso tão somente. Ela é demais importante para não ser pelo menos testada, aprimorada e, quem sabe, vire um programa de governo com o ingresso dos outros agentes que dizem ter o mesmo interesse e que respondem pela União Federal, seja através dos representantes nos parlamentos, seja através dos órgãos que completam a Administração Estadual, aqui mesmo no Estado.
Já passou da hora do Ministério Público, por exemplo, fiscalizar apenas a aplicação da lei. Se pretende ser agente proativo, tem que agir preventivamente, contribuindo para que as administrações fluam e não parando-as através da utilização de prerrogativas que não se ajustam à aqueles que têm a responsabilidade de tratar bem das pessoas.
Assim os outros órgãos administrativos do Estado devem agir. Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa.
É preciso dar uma vez para o patrão, o povo, que cada vez mais fica distante das audiências que lhes interessa e que precisa colocar o seu ponto de vista. Essa história de mostrar que é o bom da boca, honesto e que atua no estrito caminho definido pelas regras, mostra-se ineficiente, desatualizado e prejudicador dos interesses da população.
A proposta do governo é boa.

Cabe agora desenvolvê-la, organizando-a e transformando-a em um plano de desenvolvimento que, quem sabe, pode ser a sustentação de todos.

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