terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Macapá: orla do Aturiá pede socorro!

Rodolfo Juarez
Os moradores do Bairro do Aturiá, em Macapá, têm toda razão para estarem precavidos contra as informações que lhes são repassadas todas as vezes que ali vai um representante do setor público, seja do Estado ou do Município.
A sensação de abandono vem sendo construída ao longo dos anos e contada desde quando foram encerradas as obras de construção do Parque do Araxá, pois, naquele tempo, já se dizia que o passo seguinte seria dado com a construção do muro de arrimo do Aturiá que já passava por dificuldades.
Pois bem, o tempo passou, o rio avançou e as habitações foram sendo destruídas e os habitantes expulsos do local, deixando para traz toda uma história que precisava ser contada diferente e da qual não contasse com muitos capítulos da falta de consideração do Poder Público com a população do local e para a própria administração que sempre deve estar a postos para resolver esse tipo de questão.
A obra de construção do muro já foi prometida para ser financiada pelos recursos do próprio Tesouro Estadual, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC) e com recurso do contrato de empréstimo feito pelo Governo do Estado junto ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social. Nenhuma delas prosperou.
As licitações chegaram a ser feitas, as ordens e serviços foram entregues para a empresa que se habilitou a fazer a obra e que aceitou firmar o contrato, entretanto o andamento da obra é que não avançou ou quando avançou, não foi o suficiente nem para proteger a cidade do rio ou domar a água revolta que, valente, se joga sobre os barrancos.
Aqueda dos barrancos (em tese o que acontece ali) não é uma novidade para quem quer seja da Região Amazônia e não se trata de qualquer questão que não seja do conhecimento dos técnicos. Ao que parece a questão do Aturiá é de comprometimento dos gestores das áreas urbanas e de engenharia das secretarias afins, tanto do Estado como do Município.
Não pode o Município de Macapá ficar fora dessa discussão por se tratar de uma questão na cidade, onde os interesses precisam ser equacionados. E não pode também é tentar iludir a população (que até aceita os argumentos dos gestores), mas, o Rio Amazonas não entende isso e só conhece a sua regra e não esconde de ninguém.

É preciso e urgente que a área fim dos setores de engenharia, tanto do Governo como da Prefeitura ajam urgentemente, pois, não resta qualquer dúvida, que a situação dos moradores do local precisa de correção e eles, sozinhos, não dão conta de enfrentar o problema criado a partir do rio, mas permitido pelas autoridades públicas.

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