Rodolfo
Juarez
Enquanto o Brasil
ferve pais a fora, com a grande parte da população indo às ruas demonstrar a
sua insatisfação, no Amapá são poucos grupos que se alinham publicamente com o
pensamento nacional, preferindo ficar com metáforas ou trazendo nos braços uma
razão especial para estar ali, apenas participando de uma luta pela reconquista
da confiança nas pessoas que dirigem as instituições públicas nacionais.
Os usuários das
redes sociais fazem questão de definir uma posição, na própria rede que indique
fidelidade a um comando ou ao próprio empregador, deixando distante o interesse
especial pelo bom rumo que o Brasil precisa tomar.
Desta vez, no domingo
dia 13, o grupo foi maior do que das outras vezes e deu para que fossem
pronunciadas tímidas palavras de ordem. Do lado de fora e como observador,
alguns conferiam, balançavam a cabeça, desaprovando o que os poucos vestidos de
verde-amarelo diziam uns para os outros e para os demais.
A timidez,
entretanto, não quer dizer medo e pareceu muito mais receio de desagradar
aquele para o qual está costumeiramente prestando contas de suas ações. Não se
veste do individual e constitucional direito que já lhe foi entregue para
continuar avançando em favor da sociedade e demonstrando a sua individual
vontade.
As instituições
públicas locais passam por desgastes consideráveis e que foram patrocinados por
aliados ou, pelo menos, por pessoas que deveriam estar alinhado com os
interesses do Estado e, por conseguinte, com os interesses do povo.
O que se tem
visto, ouvido e lido nas redes sociais é uma sequência de considerações, por
autoridades, que se acusam entre si, alimentando uma corrente de ódio que
poderá prejudicar a um grupo de pessoas ou algumas daquelas pessoas que têm
hoje a confiança do povo para organizar e modernizar o Estado do Amapá.
A destruição dos
valores leva, inexoravelmente, à destruição das relações necessárias para que
haja eficácia nos resultados bons e indicações de correções nas ações que
levaram a resultados indesejados.
O Estado do Amapá
está com os seus Poderes desequilibrados, seja na sua estrutura interna e cara,
seja nas relações que poderiam começar uma etapa de conserto e reparo para,
quem sabe, daqui a 10 ou 20 anos se tivesse construído um caminho que atendesse
as necessidades da população.
Essa população que
nos referimos é aquela que mais precisa. Não fazem parte do grupo de
funcionários públicos que, não por culpa deles, nem sabem as dificuldades que o
contribuinte passa para recolher os tributos que lhes pagarão os salários,
porque os responsáveis pela equalização dos gastos não encontram os meios para
fazer a melhor e justa repartição.
O Amapá paga
salário que não pode pagar!
Mas isso tem que
ser reconhecido, primeiro por quem recebe, depois por quem paga.
Não basta dizer
que esse ou aquele órgão está gastando muito, ou que falta dinheiro para
medicamentos para a saúde, armas para a segurança, merenda para a escola. É
preciso que as pessoas diretamente envolvidas reconheçam a realidade para poder
participara da intervenção necessária.
Doutra forma os
amapaenses, mesmo que se alinhem na recuperação do Brasil, não terão o
alinhamento com relação ao Estado do Amapá.
As lutas nacionais
são muito importantes, mas o núcleo delas deve estar nos interesses municipais
e estaduais fundamentalmente.
Ignorar as
necessidades do Estado e imaginar que resolvendo o problema do Brasil está
resolvido o problema do Amapá é mera ilusão ou pouco caso e só vale para
aqueles que não têm em seus planos morar no Amapá.
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