segunda-feira, 14 de março de 2016

Os problemas do Estado do Amapá

Rodolfo Juarez
Enquanto o Brasil ferve pais a fora, com a grande parte da população indo às ruas demonstrar a sua insatisfação, no Amapá são poucos grupos que se alinham publicamente com o pensamento nacional, preferindo ficar com metáforas ou trazendo nos braços uma razão especial para estar ali, apenas participando de uma luta pela reconquista da confiança nas pessoas que dirigem as instituições públicas nacionais.
Os usuários das redes sociais fazem questão de definir uma posição, na própria rede que indique fidelidade a um comando ou ao próprio empregador, deixando distante o interesse especial pelo bom rumo que o Brasil precisa tomar.
Desta vez, no domingo dia 13, o grupo foi maior do que das outras vezes e deu para que fossem pronunciadas tímidas palavras de ordem. Do lado de fora e como observador, alguns conferiam, balançavam a cabeça, desaprovando o que os poucos vestidos de verde-amarelo diziam uns para os outros e para os demais.
A timidez, entretanto, não quer dizer medo e pareceu muito mais receio de desagradar aquele para o qual está costumeiramente prestando contas de suas ações. Não se veste do individual e constitucional direito que já lhe foi entregue para continuar avançando em favor da sociedade e demonstrando a sua individual vontade.
As instituições públicas locais passam por desgastes consideráveis e que foram patrocinados por aliados ou, pelo menos, por pessoas que deveriam estar alinhado com os interesses do Estado e, por conseguinte, com os interesses do povo.
O que se tem visto, ouvido e lido nas redes sociais é uma sequência de considerações, por autoridades, que se acusam entre si, alimentando uma corrente de ódio que poderá prejudicar a um grupo de pessoas ou algumas daquelas pessoas que têm hoje a confiança do povo para organizar e modernizar o Estado do Amapá.
A destruição dos valores leva, inexoravelmente, à destruição das relações necessárias para que haja eficácia nos resultados bons e indicações de correções nas ações que levaram a resultados indesejados.
O Estado do Amapá está com os seus Poderes desequilibrados, seja na sua estrutura interna e cara, seja nas relações que poderiam começar uma etapa de conserto e reparo para, quem sabe, daqui a 10 ou 20 anos se tivesse construído um caminho que atendesse as necessidades da população.
Essa população que nos referimos é aquela que mais precisa. Não fazem parte do grupo de funcionários públicos que, não por culpa deles, nem sabem as dificuldades que o contribuinte passa para recolher os tributos que lhes pagarão os salários, porque os responsáveis pela equalização dos gastos não encontram os meios para fazer a melhor e justa repartição.
O Amapá paga salário que não pode pagar!
Mas isso tem que ser reconhecido, primeiro por quem recebe, depois por quem paga.
Não basta dizer que esse ou aquele órgão está gastando muito, ou que falta dinheiro para medicamentos para a saúde, armas para a segurança, merenda para a escola. É preciso que as pessoas diretamente envolvidas reconheçam a realidade para poder participara da intervenção necessária.
Doutra forma os amapaenses, mesmo que se alinhem na recuperação do Brasil, não terão o alinhamento com relação ao Estado do Amapá.
As lutas nacionais são muito importantes, mas o núcleo delas deve estar nos interesses municipais e estaduais fundamentalmente.
Ignorar as necessidades do Estado e imaginar que resolvendo o problema do Brasil está resolvido o problema do Amapá é mera ilusão ou pouco caso e só vale para aqueles que não têm em seus planos morar no Amapá.

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