quinta-feira, 10 de março de 2016

Todos os caminhos levam ao "pai"

Rodolfo Juarez
O Brasil experimenta um dos seus piores momentos quando a referência é economia, a gestão, a inflação, a atividade econômica, a política, a administração, entre outros indicadores que, na década passada apontavam um país pujante e em condições de formar entre as cinco maiores nações do mundo.
Além das informações incorretas que passaram a constituir o núcleo da estratégia para justificação de ações do governo federal, o cenário era favorável àqueles que, maldosamente faziam acontecer o pior e escondiam a realidade, deixando o povo apoiado em falsos argumentos e confiando em alguns bandidos de colarinho vermelho.
A eleição de 2014 foi a virada da consciência do povo brasileiro depois de ser desnudada a verdadeira intenção daqueles que construíram um plano de poder e que tinha no roteiro a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Para não faltar dinheiro foram, sem limites, ao principal poço onde estavam os reais, os dólares e os euros, tudo dinheiro público, mas usado como se pertencesse a uma facção nacional disposta a vencer a eleição a qualquer custo.
A candidata prometeu o que sabia ser impossível cumprir e o ano de 2014 nem terminou para que aparecessem os malfeitos submersos na campanha eleitoral. A mentira foi descoberta, mas de pouco adiantou: o mal estava feito e as consequência teriam que ser suportadas pelo povo brasileiro.
Acontece que o golpe foi profundo. A dor insuportável. Nasceu ai o desejo de mudar o rumo, alterar o quadro e, desde então se instalou no Palácio da Alvorada o Brasil virtual, “cheio” de coisas que não tem e não vai ter em curto prazo.
Os responsáveis procuravam escapar de todas as formas e maneira. Nessa época já estava em curso a operação Lava Jato que, depois das primeiras negações, acabou por descobrir o fio da meada que estava com Nestor Cerveró e  Paulo Roberto. Daí em diante veio o “carretel” trazendo empreiteiros, lobistas e laranjas e, agora, aproxima-se do “pai” que diz que não sabia de nada e que nada tem.
O modo de agir já tinha fiéis copistas no legislativo – nas duas casas em Brasília -, e por mais um monte de diversos lugares por esse país.
No Amapá apenas este ano já foram pelo menos duas operações policias: a dos “créditos podres” e a do “caminho do ferro”, e ainda estamos no terceiro mês do ano...
A força tarefa da Lava Jato e os promotores de São Paulo miram no mesmo alvo, pois consideram que não é possível que tenha havido tantos desvios de recursos pelos indicados e amigos do “pai” e, exatamente o “pai” de nada soubesse e de nada participava.
Recentemente houve um apelo à militância partidária, do seu partido logicamente, para ir às ruas, com o objetivo principal de intimidar aqueles que estão, cada vez mais próximos da realidade que ele conhece e encobre de todas as maneiras.
Em tempos de reinado do aedes aegypti que traz na “carroceria” a dengue a chikungunya e a zica, quase não dá tempo para ficar na defensiva e contra o mosquito, pois outros “mosquitos”, estes de coloridos colarinhos, obrigam os brasileiros voltar a sua atenção para o futuro.
A queda na atividade econômica implica em muitas coisas, entretanto, a parte mais importante é a queda nas transferências constitucionais que tem como carro chefe o Fundo de Participação dos Estados. Minguado, míngua também o orçamento do governo estadual do Amapá que, nesse momento, parece estar sem alternativa e “no porco”.
Resta a TV querer salvar as olimpíadas do Rio de Janeiro apresentando-a como se fosse uma olimpíada do Brasil. E isso não é verdade!

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