terça-feira, 24 de maio de 2016

A gestão está turva

Rodolfo Juarez
O aperto que os administradores estão recebendo por parte dos funcionários efetivos, principalmente os lotados na Secretaria de Estado da Educação e na Secretaria de Saúde, está desnudando o executivo estadual na intimidade de outros ambientes, igualmente importantes, mas não necessariamente referente às relações de emprego.
A administração está turva por causa das dificuldades que enfrenta por questões do dia-a-dia e, também, pela falta de uma diretriz que fique de frente para os problemas atuais, ao mesmo tempo em que poderia indicar saídas para o futuro da gestão.
Como está não vai ficar. Isso é fato.
Ninguém quer o Estado do Amapá encolhendo na sua condição de ambiente para a população que, mesmo nas dificuldades, tem demonstrado paciência que surpreende e compreensão que anima.
Por outro lado o Amapá precisa encontrar um caminho que indique soluções que possam resolver de vez os seus problemas e não deixar o tempo passar e o que de bom ainda tem, ser consumido pelo tempo e pela paciência dos que aqui moram.
As atividades econômicas estão completamente retraídas e o Governo se ocupa totalmente com os seus próprios problemas gerencias e deixa de coordenar uma proposta de desenvolvimento sócio-econômico que venha reinserir no processo todos aqueles que podem contribuir com a melhoria.
As disputas políticas e de egos repartiram demais as forças que estão levando a resultantes próximos da nulidade com o afastamento da cooperação ou da interação de esforços, conforme está previsto nas regras que estrutura o Estado e que oferecem os direitos de cada um dos que aqui habitam.
Senadores para um lado, deputados federais para outro, deputados estaduais seguindo fisiologismo e oportunidades, e vereadores completamente esquecidos, não podem construir um legislativo que possa compor o desenvolvimento do Estado.
Governador próximo dos prefeitos apenas nos discursos e muito distantes na prática, criam um ambiente imprópria para qualquer relação de confiança e “inventam” ambiente que favorecem o predomínio de pessoas que não têm boas intenções e, mais, estão dispostas a explorar as fragilidades para de ela tirar o maior proveito que puder, pouco se importando com os interesses da população.
A cada dia os Poderes do Estado, apesar dos discursos, mostram na prática que, através dos seus dirigentes, preferem exercer as pressões frente às compreensões, ocupando um ao outro em temas que não interessam ao estado e apenas massageiam o ego impulsivo dos seus dirigentes.
Enquanto isso os órgãos federais, que têm representação no Estado, mais se afastam da realidade estadual, evitando a “contaminação” de suas gestões pelos problemas que são próprios do Estado.
Se não houver um esforço muito grande que supere os egos ou a incompreensão dos dirigentes de todas as organizações públicas que têm endereço no Amapá, a ocupação de todos será com o binômio cobrança/obediência (ou desobediência), com profundas marcas na gestão de cada um.
A imprensa também tem papel fundamental na história atual da administração pública local. Acostumada a ter parte dos seus custos mantidos pelo dinheiro público, precisa compreender que deve receber pela sua justa contribuição à sociedade e não pela pressão que faz ou a necessidade que alguns têm de “aparecer bem na foto”.
Ninguém, sozinho, tem possibilidade de ser o “salvador da pátria”.

O povo, entretanto, tem sob seu encargo a sua ação e a possibilidade de começar a corrigir isso, dentro da regra, sem necessitar de qualquer artifício, compreendendo a realidade e escolhendo certo já nas eleições de outubro.

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