quarta-feira, 25 de maio de 2016

Dia da Indústria: um dia para reflexão

Rodolfo Juarez
Esta semana marcou o Dia da Indústria e do Industrial.
Se o momento é de crise no setor industrial nacional é de penúria no setor industrial local, onde houve derrocada da indústria extrativa mineral, dificuldades desafiadoras na indústria da construção civil e na indústria química e de transformação, implicando em paralisia forte do setor e grandes dificuldades para aqueles que fazem da indústria o modo de desenvolvimento da sociedade.
O desacerto atingiu, em cheio, as organizações industriais patronais, principalmente os sindicatos, que com honrosas exceções conseguem manter-se vivo na luta pela organização do setor, mas o grande desfalque do setor no período recente é a Federação das Indústrias do Estado do Amapá, entidade sindical de grau superior, que não conseguiu vencer os embalos políticos a que foi e está, até agora, submetida.
A carência de políticas públicas claras e adequadas ao desenvolvimento desse setor levou ao fechamento de fábricas e ao recuo na oferta de vagas de emprego, levando a situação de pleno emprego no Amapá ao um dos últimos colocados na oferta de oportunidades e sem alternativa, em curto prazo, de fazer constar da lista, vagas no setor industrial.
Os setores da indústria que têm como insumos a madeira, como a indústria de pequenos objetos e de mobiliário em geral, inclusive escolar, foram dizimados e deixando uma grande parcela de industriais e industriários sem ter o que fazer e nem mesmo a especialíssima qualidade de carpinteiros experientes foi apresentada às maquinas modernas que baixam custos e tornam competitivos os seus produtos.
Da mesma “doença” sofreu o setor industrial gráfico, um dos mais importantes do Amapá, que não teve os seus parques modernizados, preferindo deixar-se engolir pela voracidade dos métodos propiciados pelos modernos computadores e pelas formas de comunicação entre pessoas físicas e jurídicas.
A panificação, um dos setores mais avanças de todo o país no item qualidade, demonstra que a indústria de alimentos é uma alternativa viável para quem está disposto a enfrentar o improviso das leis e o humor das fiscalizações, sem as necessárias continuidades e consolidações. Nesse item, indústria de alimentos, houve recuo e a industrialização da carne bovina, da carne suína, do pescado, do frango, entre outros deixou o tempo consumir as oportunidades.
A construção civil, um das indústrias que mais emprega, apesar de ter autonomia e viabilidade no setor privado, com a verticalização e os condomínios privados, não foi correspondido pelo setor público que cortou dos seus programas de gestão os investimentos, adotando a alternativa do aluguel de prédios inadequados para funcionamento de repartições públicas, ao invés de avançar no incentivo à industria da construção civil, conhecida por gerar empregos em altos volumes.
O Dia da Indústria é um dia para reflexão principalmente quando exemplos deixados pela criatividade de um industrial, da indústria da construção civil, Roberto Simonsen, mentor do SESI e do SENAI para universalizar o atendimento social e a educação profissionalizante voltados para os industriários e suas famílias.
No Amapá é preciso restaurar a Federação das Indústrias, fortalecer o Sindicato da Indústria da Construção e revigorar as outras organizações sindicais voltados para idústria, além de prestigiar as empresas e os empresários locais que adotam o setor para servir de força no sentido de propiciar o desenvolvimento do Estado.

As estruturas públicas são importantes nesse viés da economia, dando condições, através de políticas públicas para o desenvolvimento do setor no Amapá de forma organizada e comprometida com os interesses da sociedade.

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