Rodolfo Juarez
Esta semana marcou o Dia da Indústria e
do Industrial.
Se o momento é de crise no setor
industrial nacional é de penúria no setor industrial local, onde houve
derrocada da indústria extrativa mineral, dificuldades desafiadoras na indústria
da construção civil e na indústria química e de transformação, implicando em
paralisia forte do setor e grandes dificuldades para aqueles que fazem da
indústria o modo de desenvolvimento da sociedade.
O desacerto atingiu, em cheio, as
organizações industriais patronais, principalmente os sindicatos, que com
honrosas exceções conseguem manter-se vivo na luta pela organização do setor,
mas o grande desfalque do setor no período recente é a Federação das Indústrias
do Estado do Amapá, entidade sindical de grau superior, que não conseguiu
vencer os embalos políticos a que foi e está, até agora, submetida.
A carência de políticas públicas claras
e adequadas ao desenvolvimento desse setor levou ao fechamento de fábricas e ao
recuo na oferta de vagas de emprego, levando a situação de pleno emprego no
Amapá ao um dos últimos colocados na oferta de oportunidades e sem alternativa,
em curto prazo, de fazer constar da lista, vagas no setor industrial.
Os setores da indústria que têm como
insumos a madeira, como a indústria de pequenos objetos e de mobiliário em
geral, inclusive escolar, foram dizimados e deixando uma grande parcela de
industriais e industriários sem ter o que fazer e nem mesmo a especialíssima
qualidade de carpinteiros experientes foi apresentada às maquinas modernas que
baixam custos e tornam competitivos os seus produtos.
Da mesma “doença” sofreu o setor
industrial gráfico, um dos mais importantes do Amapá, que não teve os seus
parques modernizados, preferindo deixar-se engolir pela voracidade dos métodos
propiciados pelos modernos computadores e pelas formas de comunicação entre
pessoas físicas e jurídicas.
A panificação, um dos setores mais
avanças de todo o país no item qualidade, demonstra que a indústria de
alimentos é uma alternativa viável para quem está disposto a enfrentar o
improviso das leis e o humor das fiscalizações, sem as necessárias
continuidades e consolidações. Nesse item, indústria de alimentos, houve recuo
e a industrialização da carne bovina, da carne suína, do pescado, do frango,
entre outros deixou o tempo consumir as oportunidades.
A construção civil, um das indústrias
que mais emprega, apesar de ter autonomia e viabilidade no setor privado, com a
verticalização e os condomínios privados, não foi correspondido pelo setor
público que cortou dos seus programas de gestão os investimentos, adotando a
alternativa do aluguel de prédios inadequados para funcionamento de repartições
públicas, ao invés de avançar no incentivo à industria da construção civil,
conhecida por gerar empregos em altos volumes.
O Dia da Indústria é um dia para
reflexão principalmente quando exemplos deixados pela criatividade de um industrial,
da indústria da construção civil, Roberto Simonsen, mentor do SESI e do SENAI
para universalizar o atendimento social e a educação profissionalizante
voltados para os industriários e suas famílias.
No Amapá é preciso restaurar a Federação
das Indústrias, fortalecer o Sindicato da Indústria da Construção e revigorar
as outras organizações sindicais voltados para idústria, além de prestigiar as
empresas e os empresários locais que adotam o setor para servir de força no
sentido de propiciar o desenvolvimento do Estado.
As estruturas públicas são importantes
nesse viés da economia, dando condições, através de políticas públicas para o
desenvolvimento do setor no Amapá de forma organizada e comprometida com os
interesses da sociedade.
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