quinta-feira, 28 de julho de 2016

A nobre profissão de engenheiro

Rodolfo Juarez
Na quarta-feira estive participando, como espectador, de um evento organizado e patrocinado pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado do Amapá que contou com convidados, também engenheiros, com experiência em áreas específicas e professor de universidades federais de outras unidades da Federação.
O evento aconteceu no auditório do prédio onde funcionam as Faculdades FAMA que possibilitou a presença de acadêmicos de engenharia na discussão de assuntos de relevante interesse para a atualidade profissional dos que atuam na área tecnológica.
Os engenheiros, preocupados com a situação que atravessa o país e especialmente a Engenharia, estão buscando uma proposta objetiva que possa despertar na população a grande importância que a Engenharia tem para os governos e para as cidades; para as populações e seus respectivos futuros.
Por mais ou menos 20 anos os engenheiros vêm sendo desafiados a mudar o “disco”, repaginar as agendas, encontrar a confiança perdida no meio dos problemas que a sociedade enfrenta todos os dias e que se escancararam com o desmantelamento de um sistema que se implantou em algumas das grandes empresas nacionais e que resultaram em um rio de corrupção jamais visto.
Tudo o que se olha ao redor tem a ver com a Engenharia, que sempre trouxe para a população formas diferentes de aproveitar as condições que estão disponíveis e que servem para o bem estar de cada um e o embelezamento ou funcionalidade das cidades.
Agora os engenheiros têm pressa em mostrar a verdadeira face da Engenharia, aquela que cuida das pessoas, cria soluções e otimiza os preços. Querem retomar a confiança que ficou arranhada por culpa dos próprios engenheiros que não se fizeram vistos, respeitados e indispensáveis.
As eleições municipais pode ser o marco para a retomada dos serviços de engenharia, pois, está se entendendo que não haverá avanço no atendimento à população, se não entregar para os engenheiros questões que lhes são próprias e para as quais está preparado para atender as exigências.
As pequenas cidades, pobres na exata dimensão da palavra, precisam despertar para a elaboração de projetos que deverão estar dentro de um plano de desenvolvimento que contemple todas as exigentes vertentes sociais e que possa entregar mais tarde para os moradores das cidades o resultado do trabalho.
No momento são muitos os problemas. São tantos que deixou de ser uma questão do prefeito ou dos vereadores e passou a ser uma questão de todos. Mas é preciso dar voz e vez para aqueles que têm a ciência como aliada para o desenvolvimento de projetos e a elaboração de planos que possa modificar o modo de ver as administrações por parte da população.
Não dá mais para trabalhar planos de educação, de saúde, de segurança, ambiental e qualquer outro plano sem que cada um deles faça parte de um todo harmônico, divisível e avaliável.
As dificuldades dos prefeitos são maiores que a sua vontade de resolver, entretanto, eles precisam encontrar um caminho novo para seguir diferente daqueles que se acostumou a encontrar, fundado na governabilidade a partir de aliados políticos e não a partir das necessidades da população.
Se os engenheiros se entenderem, sentirem mais uma vez o prazer da brisa nas janelas de trabalho, outra vez o Brasil pode retomar o seu rumo, reconquistar as referências perdias e reencontrar o desenvolvimento.

Vi a esperança nos olhos dos acadêmicos de engenharia, mas vi também disposição nos veteranos professores em querer mudar a história recente dessa que uma das mais nobres profissões dos homens.

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