Rodolfo Juarez
Na
quarta-feira estive participando, como espectador, de um evento organizado e
patrocinado pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado do Amapá que contou com
convidados, também engenheiros, com experiência em áreas específicas e
professor de universidades federais de outras unidades da Federação.
O
evento aconteceu no auditório do prédio onde funcionam as Faculdades FAMA que
possibilitou a presença de acadêmicos de engenharia na discussão de assuntos de
relevante interesse para a atualidade profissional dos que atuam na área
tecnológica.
Os
engenheiros, preocupados com a situação que atravessa o país e especialmente a
Engenharia, estão buscando uma proposta objetiva que possa despertar na população
a grande importância que a Engenharia tem para os governos e para as cidades;
para as populações e seus respectivos futuros.
Por
mais ou menos 20 anos os engenheiros vêm sendo desafiados a mudar o “disco”,
repaginar as agendas, encontrar a confiança perdida no meio dos problemas que a
sociedade enfrenta todos os dias e que se escancararam com o desmantelamento de
um sistema que se implantou em algumas das grandes empresas nacionais e que
resultaram em um rio de corrupção jamais visto.
Tudo o
que se olha ao redor tem a ver com a Engenharia, que sempre trouxe para a
população formas diferentes de aproveitar as condições que estão disponíveis e
que servem para o bem estar de cada um e o embelezamento ou funcionalidade das
cidades.
Agora
os engenheiros têm pressa em mostrar a verdadeira face da Engenharia, aquela
que cuida das pessoas, cria soluções e otimiza os preços. Querem retomar a
confiança que ficou arranhada por culpa dos próprios engenheiros que não se
fizeram vistos, respeitados e indispensáveis.
As
eleições municipais pode ser o marco para a retomada dos serviços de
engenharia, pois, está se entendendo que não haverá avanço no atendimento à
população, se não entregar para os engenheiros questões que lhes são próprias e
para as quais está preparado para atender as exigências.
As
pequenas cidades, pobres na exata dimensão da palavra, precisam despertar para
a elaboração de projetos que deverão estar dentro de um plano de
desenvolvimento que contemple todas as exigentes vertentes sociais e que possa
entregar mais tarde para os moradores das cidades o resultado do trabalho.
No
momento são muitos os problemas. São tantos que deixou de ser uma questão do
prefeito ou dos vereadores e passou a ser uma questão de todos. Mas é preciso
dar voz e vez para aqueles que têm a ciência como aliada para o desenvolvimento
de projetos e a elaboração de planos que possa modificar o modo de ver as
administrações por parte da população.
Não dá
mais para trabalhar planos de educação, de saúde, de segurança, ambiental e
qualquer outro plano sem que cada um deles faça parte de um todo harmônico,
divisível e avaliável.
As
dificuldades dos prefeitos são maiores que a sua vontade de resolver,
entretanto, eles precisam encontrar um caminho novo para seguir diferente
daqueles que se acostumou a encontrar, fundado na governabilidade a partir de
aliados políticos e não a partir das necessidades da população.
Se os
engenheiros se entenderem, sentirem mais uma vez o prazer da brisa nas janelas
de trabalho, outra vez o Brasil pode retomar o seu rumo, reconquistar as
referências perdias e reencontrar o desenvolvimento.
Vi a
esperança nos olhos dos acadêmicos de engenharia, mas vi também disposição nos
veteranos professores em querer mudar a história recente dessa que uma das mais
nobres profissões dos homens.
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