Rodolfo Juarez
O
Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, responsável pela organização das eleições
aqui no Estado, vem preparando seus funcionários no sentido de buscar a
eficiência nas ações que tem que desenvolver em todos os anos de eleição.
O
Estado, de um modo geral, vem se destacando no ambiente nacional de forma
positiva, inovando seus procedimentos e demonstrando capacidade em trabalhar as
questões mais difíceis de uma forma tecnicamente profissional e longe das
influências apaixonadas dos dirigentes partidários.
O tempo
tem permitido aperfeiçoamentos extraordinários e o entendimento prático para
que a eleição se torne um peso para eleitor que é obrigado a votar, mas o que
se pretende, de verdade, é o despertar da cidadania.
É
interessante como evoluiu, com o tempo, a forma de encarar a realidade,
inclusive o entendimento de que, nem sempre a melhor solução está com os
técnicos ou o comando do Tribunal. Pode estar, perfeitamente, com um chefe de
cartório eleitoral ou com um dirigente de partido político, compreendendo que
as máquinas apenas falham menos que os homens, mas falham.
As
eleições municipais de 2016, que vão mostrar para a sociedade o que o eleitor
quer para representá-lo ou administrar os seus interesses, já se mostram muito
mais compreendidas pelos eleitores devido à sensibilidade dos técnicos e dos
magistrados que forma o plenário, em relação às seções de votação.
Percebe-se,
entre outros pontos, a preocupação de se dar tranquilidade para o eleitor por
ocasião de votar, ao considerar – e é mesmo – um momento tenso em que o eleitor
tem que assumir a responsabilidade da escolha, interpretando o que faz naquele
momento e as consequências que pode causar se errar.
A
grande maioria das urnas está com se aproximando do número ideal para uma única
seção eleitoral – 320 eleitores. Com essa quantidade de eleitores evita-se a
fila, além do que se tem a tranquilidade do encerramento da votação sem a
necessidade de distribuição de senhas e confinamento de eleitores contrariando
um dos principais princípios constitucionais que norteia a eleição – a
liberdade.
Já não
se discute a infalibilidade das urnas eletrônicas, tema que sempre tomou boa
parte dos debates pela imprensa entre dirigentes partidários, candidatos e os
técnicos responsáveis pela segurança técnica das urnas.
Só o
fato de admitir que pode haver erro se dá um passo espetacular para aprimorar o
conceito de que o voto do eleitor não é distorcido, mesmo sabendo que boa parte
das reclamações de que quando “votou apareceu a foto de outro candidato que não
aquele que queria”.
O
eleitor ainda não confia na urna eletrônica como os técnicos da Justiça
Eleitoral esperam. Mesmo assim já deixaram a intransigência de lado e já adotam
as precauções para os causos de fraude, caso sejam detectados.
As
eleições de 2016 no Amapá, com 100% dos eleitores sendo identificados por
biometria, poderão deixar no eleitor a certeza de que, nesse momento, o sistema
pode ser considerado aprovado, mesmo que se reconheça que são mínimas as
possibilidades de erros na computação dos votos dos eleitores.
Quanto
mais verdadeiras forem as eleições de 2016, maiores serão as chances de o
eleitor perceber que a escolha feita pela maioria foi a melhor.
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