terça-feira, 30 de agosto de 2016

2016: A eleição em Santana, Estado do Amapá

Rodolfo Juarez
A escolha do eleitor nas eleições de 2016, em Santana, vai ser mais trabalhosa do que nos outros pleitos. Dos seis candidatos apenas um, a primeira vista, aparenta ter chances muito reduzidas, os demais estão com chances moderadas na disputa, e cada grupo pode até apontar favoritismo para o seu candidato que não seria nenhum exagero.
E como dispões de pouco tempo o eleitor da 6.ª Zona Eleitoral (Santana), provavelmente vai precisar acelerar a sua definição para que se acostume com a escolha e não chegue indeciso no dia 2 de outubro e adote a teoria do “voto útil”.
Acontece que o cenário da disputa é espetacular, com a participação de todos os “caciques locais” e algumas novidades que vão embaralhar a cabeça dos eleitores até uma tomada de decisão.
O período de construção das alianças levaram alguns partidos a formarem coligações improváveis considerando o histórico das negociações até maio deste ano.
Esta situação criou novas forças e diluiu outras.
Essa desobediência à tradição, com alianças de partidos considerados antagônicos até poucos dias, deu uma espécie de nó na cabeça do eleitor que, agora, tem como principal referência para a escolha, o histórico pessoal do candidato a prefeito, pouco importando quem está como seu companheiro de chapa.
O eleitor da 6.ª Zona, que vai escolher entre 6 candidatos ao cargo majoritário, também é levado a procurar entender o motivo da atração para que tantos eleitores se interessem a ser candidato a vereador para a Câmara Municipal.
O vereador eleito para a próxima legislatura municipal vai contar com outros 14 parlamentares na composição da Câmara Municipal de Santana, exatamente porque o número de cadeiras na casa de leis municipais passou de 13 para 15 e essa condição fez renascer esperanças para alguns que já tentaram ser eleito e para outros que ainda não experimentaram a disputa.
Este cenário levou a uma corrida por candidatura a vereador em Santana, onde o grau de dificuldade, que é o índice obtido a partir da divisão do número de candidatos pelo número de vagas é o maior de todo o Estado, chegando a 16 candidatos para uma vaga.
São 232 pretendentes a uma das 15 cadeiras no palácio da Ubaldo Figueira, em Santana.
Devido ao aumento das duas vagas, o quociente eleitoral diminuiu de 4.172 votos válidos para 4.010 votos válidos por vaga, muito embora tenha havido, de 2012 para cá um aumento de eleitora aptos a votar equivalente a 6.785 eleitores, ou seja um aumento realtivo de 10,23% nos últimos quatro anos.
A eleição em Santana, diferentemente de Macapá, tem a certeza que terá apenas um turno de votação, isto é, já no começo da noite do dia 2 outubro a população conhecerá o resultado e o nome do próximo prefeito do município e dos 15 vereadores.
Sabe também que um candidato a prefeito poderá gastar até R$ 413.485,05, nenhum centavo a mais e que esse dinheiro não poderá vir de empresas e nem de doadores pessoas físicas que não obedeçam ao limite de 10% do que declarou em 2015 à Receita Federal.
Todas as coligações já deram a largada para a campanha e alguns candidatos já surpreenderam e colocaram em dúvidas o número de participantes, principalmente no caso dos “bandeirantes”, muito mais do que os 343 contratados, número máximo previsto pela Justiça Eleitoral.
A campanha está só começando e a esperança dos eleitores é que os candidatos - seja ele quem for -, obedeçam os limites da Lei e se mostrem dispostos a cumpri-la agora, para que possam entender assim no eventual mandato.

Está fora de moda (e da Lei) a máxima de que em eleição “só não vale perder”.

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