quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Os indicadores eleitorais do Estado do Amapá

Rodolfo Juarez
Apesar de toda a crise social e econômica que os analistas oportunistas insistem em dizer que se instalaram no Amapá, os indicadores, também sociais e econômicos, seguem a sua evolução, na mesma cadência, contrariando as expectativas daqueles analistas oportunistas e confirmando que há espaço para que o desenvolvimento local não seja interrompido.
Um desses indicadores é a solidez como caminha a curva do crescimento do eleitorado que é uma consequência da curva do crescimento da população.
Está claro, entretanto, que um setor fraquejou no enfrentamento dos problemas que lhes foram postos para serem resolvidos: o setor público, principalmente o Governo do Estado que não encontrou, pelo menos até agora, uma alternativa para compensar as perdas e não deixar que aqueles que se relacionam diretamente com o Executivo Estadual tenham prejuízos.
O Executivo não acertou o passo e não demonstrar ter as condições profissionais para colocar os interesses do Estado acima dos interesses do Governo, ou melhor, continuou na espera do “milagre” que não veio, pois, nesses casos as temporadas de milagres são adiadas.
Com a tendência de gastador o Executivo Estadual continua gastando o que não tem e não deixando o suficiente para pagar os seus compromissos que já têm os seus pagamentos invadindo o futuro e deixando o que pode para um passado impossível de não ser resgatado – as dívidas.
Aqui e agora dá para demonstrar como o indicador eleitoral faz frente àqueles analistas oportunista da crise que fabricam e fazem questão de divulgar como instrumento do seu próprio trabalho, nem percebendo que está muito mais para o ambiente da incompetência gerencial e a falta de profissionalismo na governança.
Comparando 2012, ano da última eleição municipal, com 2016, ano da próxima eleição municipal (o primeiro turno acontece no dia 2 de outubro), o aumento do eleitorado seguiu o mesmo ritmo dos outros anos e mantém os 8,8% de crescimento em todo o Estado, sendo que nas eleições deste ano temos 39.428 eleitores aptos a votar a mais do que os que estavam nessa condição em 2012.
Isso significa dizer que, em 4 anos, só o aumento do número de eleitores aptos a votar  no Estado do Amapá precisariam de 112 novas urnas de 350 eleitores cada. Um dos maiores aumentos em todo o país.
Em todo o Estado o número de eleitores saiu de 448.018, em 2012, para 487.446, em 2016.
Este ano os eleitores estarão elegendo 16 prefeitos, 16 vice-prefeitos e 170 vereadores, 4 vereadores a mais do que elegeram em 2012 devido os aumentos de duas cadeiras nas câmaras municipais de Porto Grande e Santana.
O sólido crescimento da população e do número de eleitor mostra que a tendência de crescimento desta parte do Brasil não modificou e que o setor público, todo ele, precisa entender a lógica do local e, principalmente, a capacidade de responsabilizar-se por salários de profissionais que atuam no Amapá que estão fora da realidade devido a sua comparação com os salários pagos por outros estados que enfrentam o crescimento de frente e com propostas para o desenvolvimento.

É preciso entender essa questão o quanto antes, ainda no espaço que o tempo permite para reparos de rumo. Se não agir e, pior, ficar esperando que as coisas se acomodem por elas mesmas, nenhum resultado virá, pelo menos enquanto não acontecer as eleições de 2018.

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