Rodolfo Juarez
É
chocante constatar que o pai de todos os corruptos vivos e de muitos mortos,
Emílio Odebrecht, vá para a televisão e, sorridente, relate os relações
absurdas e irresponsáveis que mantinha com o Poder sob as mais diferentes
formas de corrupção.
Ele
construiu e comandou um Brasil Particular, com a capacidade de influir nas
principais decisões do Brasil Real, pouco lhe interessando que no Brasil Real
habitasse uma população cheia de necessidades, as mais primárias, esperando
pelos serviços que lhe havia sido dito que estariam a sua disposição, em troca
dos altos impostos que paga todos os dias.
A
frieza, a insensibilidade e uma aparente satisfação de ter feito o que fez,
comprando agentes públicos que passavam, de forma direta, a trabalhar segundo
os seus interesses, nos diversos ambientes, desde aquele onde as leis são
aprovadas até aqueles onde as ordens são dadas.
Para
alcançar os seus objetivos não importava os meios, os fins que lhes
interessavam é o que prevalecia, pouco importando as consequências e aqueles
que seriam afetados por elas.
Depois
de dominar as entranhas do Poder no Brasil, estendeu os seus tentáculos para
outros países, antes mapeando seus objetivos usando como escadas as
“conquistas” daqui, tendo como degrau os personagens influentes sob seu domínio
no Brasil e, tendo como suporte, mais uma vez, o dinheiro que o contribuinte
brasileiro havia entregado para aqueles maus brasileiros administrarem.
A
Odebrecht crescia corrompendo as autoridades brasileiras, enquanto o Brasil
apequenava-se pelas decisões das autoridades corruptas, que não demonstravam,
claramente, não confiar no Brasil, tanto que preferiam contas nos exterior para
agasalhar o que recebiam da corrupção.
A
Odebrecht funcionou como um imã e atraiu outras empresas que adotaram o mesmo
sistema, “para crescer” como dizem seus donos.
A
criação do departamento da “roubalheira estruturada” na Odebrecht é a
constatação da realidade dos objetivos da empresa, para administrar o Brasil
que lhes interessava e deixar o Brasil da população para ser conduzido por
agentes seus, encarregados de acobertar tudo o que sabiam, a priori, que estava
fora da Lei.
O povo
passou a ser manipulado, direta e indiretamente, nos eventos que chamavam de
eleição. Faziam o que queriam. Elegiam quem queriam.
O Poder
Executivo e o Poder Legislativo era a parte do Poder Geral que mais lhe
interessava. Elegiam presidentes, senadores, governadores, deputados federais,
prefeitos, deputados estaduais e até vereadores de municípios que entravam para
a sua lista de interesse. Objetivavam certeza de cem por cento, tanto que
financiavam candidatos que definiam como viáveis, independentemente dos
partidos.
Sob a
forma de contribuição, várias delas criminosas, dominavam os dirigentes
partidários e, em consequência, os partidos políticos. Os dirigentes, também de
forma criminosa, aceitavam a contribuição e internavam boa parte do dinheiro em
suas contas com a desculpa de que seriam usadas em campanhas políticas.
A
corrupção, roubalheira, o caixa 2, serviam para destruir o resultado das
eleições e diplomar corruptos e empossar pessoas que se deixaram castrar pelo
poder do dinheiro, pela incapacidade da fiscalização das eleições e,
principalmente, pela forma como enganaram o eleitor.
O riso
de Emílio Odebrecht, o corruptor mor, é o desafio para cada brasileiro. O
herdeiro Marcelo Odebrecht, o príncipe dos corruptores, usou a sua capacidade
para estruturar o Poder e saquear o que pudesse saquear.
As
outras empresas, que se alinharam conforme a ordem tácita daquele
comportamento, agiram e “pescaram” homens sem caráter, que iludiram a
população, conquistaram a confiança dela, venceram eleições, foram diplomados e
tomaram posse daquilo que não lhes pertencia e aderiram à corrupção, à lavagem
do dinheiro, ao caixa 2 e tantas outros crimes para saquear o Brasil, ofender o
seu povo e prejudicar a cada brasileiro.
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