A SEMANA SANTA PASSOU E A PÁSCOA CHEGOU
Rodolfo Juarez
A
Semana Santa passou, a Páscoa chegou e, deste ponto em diante, as chuvas
começam a deixar de cair com a frequência que vem caindo desde o início do ano.
Noutros
tempos, esse era o momento de colocar em prática tudo o que se havia planejado
e aprovado nas diferentes etapas da Administração. Começava o período dos
investimentos, da oferta de emprego em abundância e de resultados que seriam,
até outubro ou novembro, visto sob a forma de prédios, atualizações
profissionais, busca permanente da eficiência, tendo sob a luz de cada um dos
programas ou projetos, a população.
O tempo
se encarregou de mostrar para essa mesma população outra maneira de tratar as
necessidades das pessoas dos núcleos urbanos e das comunidades rurais, sem
compromisso com o que dizem e pouco se importando com o que fazem.
O
resultado são esses esqueletos de obras que estão por todo o Estado, com o
governante de plantão pouco se importando com essa situação ou com a situação
daqueles que seriam os destinatários das obras ou serviços.
Em
todos os municípios tem uma representação significativa desse desleixo, da
irresponsabilidade com o dinheiro resultante da cobrança dos tributos do
contribuinte e, até mesmo, com a importância que tem esses prejuízos no freio
que é imposto na consecução das soluções sociais.
Hoje se
tem a Capital do Estado com vias internas que se mostram sem condições de dar
vazão ao trânsito de veículos, sem identificação de sistemas viários que permita
ao condutor, e à própria fiscalização, dar satisfação em se deslocar neste
núcleo urbano que não tem 500 mil habitantes.
Sem
zoneamento, sem identificação de propostas que aproxime o trabalhador do seu
local de trabalho, desafia a inteligência daqueles que precisam dar lógica, por
exemplo, ao transporte coletivo, que segue sem as suas unidades complementares
e de apoio, como sinalização, abrigos e terminais, deixando os condutores dos
ônibus responsáveis em encontrar o melhor local para poder recepcionar os
passageiros que, neste momento, se debate para não ver aumentada a tarifa do
transporte que pode levar a inviabilizar o seu uso.
A
mobilidade urbana, necessidade de todos e que pouco vem sendo estudada, deixa
um espaço muito grande entre a identificação da necessidade de intervenção e a
mostra do projeto que possa conter a solução daquela necessidade. A secretaria
de Estado, criada para esse fim, só aumentou a despesa do Governo, pois, até
agora, não produziu os resultados que motivaram a sua criação.
Macapá
continua sendo a capital brasileira com menor índice de coleta de esgoto
sanitário e que, a cada ano, diminui ainda mais, devido não ter qualquer
iniciativa que possa garantir o contrário. O sistema existente que atende à 3%
da população, está a cada ano encolhendo uma vez que a população cresce e o
sistema de coleta de esgoto permanece como está, inclusive na unidade de
tratamento, localizado no Araxá, que precisa, urgentemente, de modernização
para melhorar a eficiência.
A
Companhia de Eletricidade do Amapá viu a caducidade de sua concessão devido ao
funil que serviu de esgoto para as suas economias e a Companhia de Água e
Esgoto do Amapá valeu a promessa de cessão de poucos segundo que um partido
político dispõe no rádio e na televisão para a propaganda eleitoral.
As
rodovias locais, pouco importa se do sistema federal, do sistema estadual ou
municipal, não serve de exemplo para nenhum outro estado.
As duas
rodovias federais, até agora, não foram concluídas, apesar dos insistentes
anúncios feitos a cada ano, por diferentes políticos. As rodovias estaduais,
incompletas e com erros graves de construção, precisam melhorar, e as
municipais simplesmente deixaram de ser cuidadas e, algumas delas, voltaram a
ser caminho de serviço.
Os
serviços ofertados pelo Estado e que seriam de saúde pública, a cada dia se
apresenta com mais problemas e com dificuldades, algumas delas intransponíveis
pela administração e limitantes acabados para a população.
O
Princípio da Eficiência, uma ordem constitucional desde 1988, não tem sido
respeitado pelos administradores que continuam sacrificando a sua credibilidade
perante o decepcionado contribuinte.
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