sexta-feira, 14 de abril de 2017

A Semana Santa passou e a Páscoa chegou

A SEMANA SANTA PASSOU E A PÁSCOA CHEGOU
Rodolfo Juarez
A Semana Santa passou, a Páscoa chegou e, deste ponto em diante, as chuvas começam a deixar de cair com a frequência que vem caindo desde o início do ano.
Noutros tempos, esse era o momento de colocar em prática tudo o que se havia planejado e aprovado nas diferentes etapas da Administração. Começava o período dos investimentos, da oferta de emprego em abundância e de resultados que seriam, até outubro ou novembro, visto sob a forma de prédios, atualizações profissionais, busca permanente da eficiência, tendo sob a luz de cada um dos programas ou projetos, a população.
O tempo se encarregou de mostrar para essa mesma população outra maneira de tratar as necessidades das pessoas dos núcleos urbanos e das comunidades rurais, sem compromisso com o que dizem e pouco se importando com o que fazem.
O resultado são esses esqueletos de obras que estão por todo o Estado, com o governante de plantão pouco se importando com essa situação ou com a situação daqueles que seriam os destinatários das obras ou serviços.
Em todos os municípios tem uma representação significativa desse desleixo, da irresponsabilidade com o dinheiro resultante da cobrança dos tributos do contribuinte e, até mesmo, com a importância que tem esses prejuízos no freio que é imposto na consecução das soluções sociais.
Hoje se tem a Capital do Estado com vias internas que se mostram sem condições de dar vazão ao trânsito de veículos, sem identificação de sistemas viários que permita ao condutor, e à própria fiscalização, dar satisfação em se deslocar neste núcleo urbano que não tem 500 mil habitantes.
Sem zoneamento, sem identificação de propostas que aproxime o trabalhador do seu local de trabalho, desafia a inteligência daqueles que precisam dar lógica, por exemplo, ao transporte coletivo, que segue sem as suas unidades complementares e de apoio, como sinalização, abrigos e terminais, deixando os condutores dos ônibus responsáveis em encontrar o melhor local para poder recepcionar os passageiros que, neste momento, se debate para não ver aumentada a tarifa do transporte que pode levar a inviabilizar o seu uso.
A mobilidade urbana, necessidade de todos e que pouco vem sendo estudada, deixa um espaço muito grande entre a identificação da necessidade de intervenção e a mostra do projeto que possa conter a solução daquela necessidade. A secretaria de Estado, criada para esse fim, só aumentou a despesa do Governo, pois, até agora, não produziu os resultados que motivaram a sua criação.
Macapá continua sendo a capital brasileira com menor índice de coleta de esgoto sanitário e que, a cada ano, diminui ainda mais, devido não ter qualquer iniciativa que possa garantir o contrário. O sistema existente que atende à 3% da população, está a cada ano encolhendo uma vez que a população cresce e o sistema de coleta de esgoto permanece como está, inclusive na unidade de tratamento, localizado no Araxá, que precisa, urgentemente, de modernização para melhorar a eficiência.
A Companhia de Eletricidade do Amapá viu a caducidade de sua concessão devido ao funil que serviu de esgoto para as suas economias e a Companhia de Água e Esgoto do Amapá valeu a promessa de cessão de poucos segundo que um partido político dispõe no rádio e na televisão para a propaganda eleitoral.
As rodovias locais, pouco importa se do sistema federal, do sistema estadual ou municipal, não serve de exemplo para nenhum outro estado.
As duas rodovias federais, até agora, não foram concluídas, apesar dos insistentes anúncios feitos a cada ano, por diferentes políticos. As rodovias estaduais, incompletas e com erros graves de construção, precisam melhorar, e as municipais simplesmente deixaram de ser cuidadas e, algumas delas, voltaram a ser caminho de serviço.
Os serviços ofertados pelo Estado e que seriam de saúde pública, a cada dia se apresenta com mais problemas e com dificuldades, algumas delas intransponíveis pela administração e limitantes acabados para a população.

O Princípio da Eficiência, uma ordem constitucional desde 1988, não tem sido respeitado pelos administradores que continuam sacrificando a sua credibilidade perante o decepcionado contribuinte.

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